REFORMAS

Um milhão nas ruas pela Educação

Um milhão nas ruas de novo! Contra a política de educação dos governos Paes e Cabral! Diante da intransigência e da truculência dos governos do Estado e do município em relação a legítima proposta feita pelos professores e profissionais da educação sobre melhorias na educação, o povo do Rio deve voltar às ruas para protestar!
Nos encontraremos em frente à Candelária e partiremos para a Cinelândia, local onde a polícia massacrou os professores municipais do Rio.
Sobre datas: vamos fazer como Junho. Toda segunda e quinta, cada vez com mais gente, cada vez chamando mais amigos. Até, tal qual junho, conseguirmos o que queremos.
Esse ato é em apoio à luta dos profissionais de educação e do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação - SEPE. Eles são os protagonistas dessa luta e nos ajudarão a formular a pauta. Se você é contra a greve dos professores, não entende sua função na luta por uma educação de qualidade e não entende o direito dos professores de fazerem greve, talvez esse ato não seja para você.
Pauta da educação (retirada de documentos do SEPE):
1 - Pelo cancelamento imediato da votação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários votado no dia 1º de outubro, à portas fechadas e sem diálogo com a categoria..
2 - Pelo direito a manifestação dos profissionais de educação!
3 - Contra o Projeto meritocrático e neoliberal de Eduardo Paes para a educação.
4 - Por um Plano de Cargos discutido com a categoria e que represente TODOS os profissionais da educação.
ATENÇÃO: 
1 - São proibidas postagens ofensivas e racistas, machistas, homofóbicas ou preconceituosas.
2 - A passeata será democrática e será plenamente tolerada a presença de bandeiras de partidos e causas que apoiem a luta dos professores. Da mesma forma, serão permitidas as máscaras, qualquer tipo de vestimenta e cartaz.
3 - Isso aqui não é ponto de venda. Qualquer comentário para divulgar página comercial ou evento comercial, será apagado.
4 - Toleraremos qualquer discurso, menos a intolerância. Assim, postagens que desrespeitarem essas questões, serão apagadas. Aqui é para lutar por mais direitos e pela educação e não por mais repressão.
Fontes: 

Informações adicionais

  • Campo de paginas:
 O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por: http://www.rededemocratica.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=5227:um-milh%C3%A3o-nas-ruas-pela-educa%C3%A7%C3%A3o
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Tucanonymous, Peteninjas e os Aliados do Eixo

São nove famílias que comandam a chamada “grande mídia” no Brasil. Hereditária, patriarcal, patronal, servos da elite financista, manipuladores da opinião pública. Um quarto poder com muito poder. Monopolista e muito influente. 

O PT chegando ao poder traçou uma estratégia para democratizar a mídia. E se passaram 12 anos e nada.

Bombar a Record foi um fracasso do Governo Lula, mesmo com os bilhões aplicados na concessão pública do bispo Edir Macedo. O Governo então viu na Internet um terreno fértil e em crescimento para trazer um antagonismo (chapa-branca e com ar “não oficial”) à visão predominante da grande mídia.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência publicou os gastos do governo com propaganda na Internet.
O principal critério norteador da programação publicitária não foi a audiência. Ao comparar a verba por page views, percebe-se que os sites chamados”progressistas” (leia-se governistas-pró-PT) estão entre aqueles mais beneficiados.

Partido da Imprensa Golpista (PiG), ganhou uma contraparte mais moderna, dinâmica, jovem. Assim criou-se um segundo PiG: Partido da Imprensa Governista. 

No início das manifestações, ambos os PiGs levantaram semelhantes discursos. Como defensores do status quo (essencialmente adversários eleitorais e não necessariamente ideológicos), ambos concordaram que as manifestações não eram interessantes. No início era desconfiança total. Com uma multidão crescendo a cada dia, eles temeram.
O PiG(olpista) chamou os manifestantes de “mauricinhos”. O outro os chamou de “coxinhas”. O primeiro  chamou-os ainda de “baderneiros”. O outro, de trotskystas. Um PiG os acusou de ser do outro PiG, e vice-versa! Óinc, óinc!
O Conversa Afiada é o blogue de Paulo Henrique Amorim, jornalista da Record. Com uma verba estatal de 700 mil reais por ano, é a página inicial no navegador de muitos militantes do PT.
Neste blogue, “tucano” e “direita” são sinônimos de “canalha”, “racista” e “subserviente” ao império ianque.
Os governistas viam nas manifestações uma manobra golpista. A Internet, como principal promotor das manifestações na figura do Anonymous (descentralizado e espontâneo) foi taxado como “direita”.
A grande mídia logo percebeu que as manifestações poderiam desestabilizar o Governo e num passe de mágica começaram a apoiá-las tentando inserir pautas e reinvindicações de seu interesse.
Na década de 90, o PT  foi o protagonista das passeatas: Passe Livre, Abaixo as Privatizações, Fora FHC… em 2013, no entanto, assistia a tudo impassível.

O Fantasma de 92

Em 1992, os Caras Pintadas foram às ruas (impulsionados por uma novela global, diga-se). No Inverno Brasileiro, o Fantasma de 92 ligou o “Alerta Vermelho” dos Vermelhos.
Em uma reunião emergencial, foi definido: o PT iria participar das manifestações sim.
A violência inicial gerada por uma polícia despreparada, mal paga e sem comando, impulsionou as manifestações. De milhares agora eram milhões.
Mas a mesma violência policial crescente foi esvaziando o movimento.
Quanto mais gente, mais violência policial. Perseguições em becos, bombas de gás lacrimogênio jogadas dentro de estabelecimentos… um terror com recado claro: “Não saiam de casa!”
A maior parte da população parece não estar disposta a ir para as ruas apanhar, se arrebentar ou até ser preso por nada.
Quando o PT finalmente levou suas bandeiras para as ruas, foi hostilizado pela própria população.
Promovendo — por vias sindicais – sua própria manifestação, foi a vez dos jovens com máscaras de Guy Fawkes, black blocs e anarquistas serem agredidos pelos sindicalistas.
No Conversa Afiada, o Anonymous se tornou Tucanonymous. O PT precisava de seus próprios mascarados, não uma massa anônima, incontrolável e com um ideal, mas sim bem identificáveis, confiáveis. Aliados e afinados. Talvez também com máscaras, mas saídos das entranhas do financiamento público cultural. Os “NINJAS”.

Aliados do (Fora do) Eixo.

Cria do Ministério da Cultura, o Fora do Eixo arrecadou milhões em incentivos fiscais ao longo dos anos.
Uma rede política abastecida por recursos públicos, calcada em algo mais próximo a um “marxismo cultural” do que em prestação de contas. Seria injusto eu não dizer ao menos uma ou duas boas iniciativas criadas por eles. Mas digamos que eu seja injusto.
Em seus mais de 10 anos de existência nenhum artista ou grupo musical conseguiu qualquer tipo de projeção ou relevância através dos serviços do Fora do Eixo. Conseguiram sim, que associações de produtores, selos e festivais fossem fechados, dessem prejuízo ou chegassem a bancarrota.

Neste caso não importa a competência administrativa nem a qualidade artística. Apenas e unicamente a afinidade política e o apoio eleitoral.

E foi em São Paulo (no Eixo) que o Fora do Eixo descobriu a sua casa. Presente na campanha de Haddad “EXISTE AMOR EM SP“, que tem como finalidade ser um instrumento político-eleitoral, demonstrou a sua verdadeira face nas ruas.
Quando o PT decidiu que deveria fazer parte das manifestações, não foi uma medida desesperada. Enxergaram um interesse político e eleitoral. Uma oportunidade.
Paulo Henrique Amorim, que mais uma vez chamava o Anonymous de “tucanonymous”, colocou um link ao vivo da Mídia Ninja em seu Conversa Afiada. A distinção estava clara: a dicotomia maniqueísta mais uma vez estabelecida.
No Rio de Janeiro, o PT consolidou o poder aliando-se com o PMDB. Sérgio Cabral e Eduardo Paes eram dois tucanos que, vendo o inevitável naufrágio do PSDB, ajoelharam-se, pediram perdão e foram abençoados por Lula.

Blindados por uma corrupta associação com a grande mídia, endossada pela bênção de Luiz Inácio, cometeram todo tipo de corrupção: roubo, formação de quadrilha, crimes ambientais, privatizações com leilões de cartas marcadas, envolvimento com jogo do bicho, tráfico, milícia… um desfile do mais torpe e vil. Após reeleger-se no primeiro turno, Sérgio Cabral apertou o “botão do foda-se.”

No segundo mandato de Cabral, todas estas nefastas atividades aumentaram, não só pelas gordas verbas da Copa do Mundo. Como não pode mais concorrer a Governador e não tem pretensões eleitorais, Cabral tem, reservado, um convite para embaixador em Paris (seu verdadeiro domicílio), ao fim do mandato.
Injusto com Eduardo Paes, ainda na metade de seu segundo mandato. Paes anda de bicicleta no Leblon, compra jornal no Leblon, caminha pela praia no Leblon. É atencioso! Um mauricinho que possui a simpatia da classe média reacionária carioca. Quando um bueiro explode ou um prédio desaba, ele é o primeiro a chegar.
Injusto também com o petista Lindberg Farias. Este sim, foi um dos Caras Pintadas. Queria e quer ser governador. Mas em troca da aliança nacional, o PT cedeu a cabeça de chapa para o PMDB.
Lindberg não gostou. Mas… acatou! Teria que esperar mais pela sua vez, pois o acordo com o PMDB continua, e o vice de Cabral, Pezão, do mesmo partido, é o próximo candidato.
Vieram as manifestações. O cenário mudou! A Mídia Ninja, gerida pelo Fora do Eixo com simplórios — porém eficazes — recursos, mostra semanalmente a falta de comando da PM nos (já esvaziados) protestos contra o Governador, contra a homofobia, contra isso, contra aquilo e contra tudo! E hoje, 22, veio a glória: detenção (totalmente insólita), por alguns minutos, dos ninjornalistas. Com Cabral descendo aos incríveis 20% de aprovação e arrastando Pezão consigo, Lindberg e o PT retornaram ao páreo para a cadeira de Governador.

O pobre Dudu Paes (cujo vice é do PT), não foi esquecido pelos seus aliados. O PT logo arranjou para a Mídia Ninja uma exclusiva com o prefeito, garantindo que tudo saísse bem. Na entrevista, com muita água e açúcar, Paes se distanciou de Cabral, criticou a polícia e elogiou os manifestantes. Mostrou-se um político jovem, antenado com o digital.

Paes é Ninja!  Lindberg Cara Pintada também.

Pacote da Câmara reduz rigor para desvios das campanhas


RANIER BRAGON
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

Ao mesmo tempo em que freou uma reforma do sistema político para valer já em 2014, a Câmara dos Deputados prepara um "pacote" de alterações na legislação eleitoral que diminui punições a partidos e candidatos, derruba restrições às doações e coloca amarras no Judiciário e no Ministério Público.

O projeto está pronto para ser votado no plenário na semana que vem, quando o Congresso retoma as votações após o recesso.



 (Análise: Mudanças frequentes na lei eleitoral pioram o que já não é bom
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CLÁUDIO GONÇALVES COUTO
ESPECIAL PARA A FOLHA
 
 
Já se tornou hábito termos a cada eleição regras distintas das do pleito precedente, ora graças ao Legislativo, ora por iniciativa do Judiciário. O TSE verticalizou as coligações, uma emenda constitucional a derrubou; o Congresso instituiu a cláusula de desempenho partidário, o STF a derrogou; a Lei da Ficha Limpa começou a valer, mas foi suspensa por ferir o princípio da anualidade. E assim vai.

Em parte, tais alterações são normais, já que numa democracia nada é imutável. Em parte, contudo, tal fluidez institucional decorre de ainda experimentarmos no Brasil um ajustamento de nossa democracia, relativamente jovem e passível de seguidos aprimoramentos.

Petista diz que projeto proposto vai dificultar a 'malandragem'
Dilma afirma que reforma é pedido de 'todo mundo'
 
Sem contar a crescente interferência judicial na disputa político-partidária, que sob a razão aparente de fazer o que o Congresso não faz, mas a opinião pública demanda, remenda a normatização eleitoral sem dar-lhe coerência.

O problema de mudanças frequentes é que partidos e eleitores têm de reorientar-se a cada novo pleito, no concernente tanto às estratégias eleitorais como à decisão do voto. Para os partidos, formados por profissionais da política, o ajuste pode ser penoso, mas é contornável. Já os eleitores correm o risco de terem mudados os efeitos de seu voto sem sequer se darem conta do que ocorre.

A "reforma política" pela qual tanto se clama, sem que contudo se defina seu conteúdo, pode não só manter a volatilidade institucional, mas piorar o que já não é bom, reduzindo a transparência, barateando transgressões, cartelizando ainda mais a competição e aumentando a importância do dinheiro (venha de onde venha) na política.

Decerto há muito o que melhorar em nossa democracia, mas o mero clamor pela "reforma política" abre uma caixa de Pandora da qual podem sair as piores maldades institucionais. A proposta hoje em consideração na Câmara evidencia esse fato, pois ao mesmo tempo em que introduz mudanças razoáveis, traz em seu bojo alterações cujo condão é reduzir a qualidade do sistema político.

Isentar candidatos de uma prestação de contas detalhada, apenas com base na declaração de que seus gastos foram modestos, ou reduzir o tempo de campanha (já muito curto), dificultando a vida de competidores neófitos, são exemplos de diminuição da transparência e reforço da cartelização, respectivamente. Porém, algo é inegável: tais mudanças seriam reformas. Propostas indecorosas como essas mostram que, mais prudente do que clamar pelo cavalo de Troia da "reforma política", seria exigir mudanças especificas.) 
Chamada de "minirreforma eleitoral", a proposta foi elaborada pelos líderes das principais bancadas e é comandada pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara e coordenador da comissão que discute a reforma política.

O texto altera quase todo o sistema eleitoral. No trecho que aborda a fiscalização das campanhas, por exemplo, a minirreforma prevê que a Justiça só fará o "exame formal" dos documentos apresentados pelas campanhas e pelas legendas, sendo vedada a análise das atividades "ou qualquer interferência na autonomia dos partidos".

A punição também é esvaziada. Uma dos artigos diz que o candidato não será responsabilizado por crime praticado por integrante de sua campanha, salvo se provada sua participação intencional.
A multa a empresas que doarem acima do limite de 2% do faturamento bruto do ano anterior também cai de até dez vezes o valor doado a mais para até uma vez.

Outra mudança sugerida tem impacto nas contas da União. Até maio, a AGU (Advocacia-Geral da União) já tinha cobrado judicialmente de políticos "fichas-sujas" R$ 2,7 milhões gastos pela Justiça Eleitoral com novas eleições geradas por cassação de prefeitos. O projeto proíbe essa cobrança.

A proposta restringe ainda a possibilidade de suspensão do Fundo Partidário, verba pública rateada entre todas as siglas registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Caso o texto seja aprovado e sancionado pela presidente Dilma Rousseff, os candidatos a presidente e governador em 2014 estarão dispensados de protocolar na Justiça os seus planos de governo.
De acordo com o deputado Vaccarezza, o projeto ainda pode ser alterado e tem por objetivo diminuir a burocracia das eleições e torná-las mais "democráticas" e "transparentes".

Entre os pontos citados por ele, há mudanças que limitam ações adotadas por candidatos ficha-suja, a que prevê nova eleição no caso de cassação do vencedor, o fim da exigência de recibos nas doações eleitorais e a diminuição em cerca de 20 dias do período de campanha, hoje estipulado em três meses.

DOAÇÕES
O texto dos deputados também flexibiliza as regras para o financiamento das candidaturas.
É liberada a doação de "autoridades" e abre-se brecha para que dinheiro de concessionários e permissionários de serviços públicos vá parar na conta dos partidos.

Hoje eles são proibidos de doar. Pelo texto, a doação não resultará em punição caso o dinheiro seja destinado ao Fundo Partidário, que abastece as próprias legendas.

A minirreforma também permite a propaganda paga na internet, hoje vedada.

  O Blog:    Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública,    reproduz artigo    postado por:  http://www1.folha.uol.com.br

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PT exclui PMDB de 'aliança programática'

 

 Apesar da exclusão, texto é um recuo, pois inicialmente era proposto o rompimento com partidos "conservadores"

Um texto de seis páginas que serviu de base para a resolução política aprovada nesta segunda-feira (29) pelo diretório nacional do PT exclui o PMDB e outros partidos da base aliada do arco de alianças que poderiam ajudar na implementação do "programa democrático" petista. Segundo o PT, as alianças para implantação do programa petista vão além dos "acordos parlamentares necessários".

Leia também:
Dirigentes petistas vão pedir que Vaccarezza renuncie à comissão
PT rejeita moção contra Vaccarezza
O texto ao qual o iG teve acesso foi escrito pelo ex-presidente do PT e deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) e aprovado pelo diretório com emendas. A íntegra da resolução, cujo debate já dura mais de ma semana, ainda não foi disponibilizada.

"As alianças para efetivação desse programa democrático vão além dos acordos parlamentares necessários. Englobam todos os partidos de esquerda, movimentos sociais e coletivos autônomos que estejam dispostos a cerrar fileiras para defender uma pauta de reformas populares", diz o documento.



AE
Texto que exclui PMDB, do vice Michel Temer (esq.), foi escrito por Ricardo Berzoini (dir.)

Em alguns pontos o texto fala em redefinir estratégias e pactos políticos e adequar partido e governo a uma nova etapa da democracia brasileira explicitada pelos protestos de junho.Em outro trecho o documento impõe condições aos partidos que integrariam este novo pacto político.

Temer trabalha contra presidente Dilma na reforma política
"O PT, que nasceu nas ruas e nos locais de trabalho, foi desafiado a reformular sua análise e propor novos desafios à nação. Propor um novo pacto político programático, democrático e popular, que possa unificar os partidos da base que dialoguem com essa nova conjuntura e movimentos sociais, inclusive os novos modos de organização, debate e mobilização".

O documento reafirma ainda o papel de protagonistado partido no governo. "O PT, no curso da conjuntura aberta após junho, além de principal base de apoio ao governo da presidente Dilma, debe se firmar como representante dos setores populares e seus interesses no interior do governo de coalizão", continua o texto.

Mais:

PMDB vai apresentar projeto para reduzir em 14 o número de ministérios
A base do governo Dilma conta com 22 partidos dos quais somente PT, PC do B, PSB (que deve lançar Eduardo Campos como adversário de Dilma em 2014) e PDT são computados como de "esquerda". Ficam de fora da aliança proposta pelo partido, portanto, aliados preferenciais como o PMDB, PSD, PR, PRB e PTB.

Apesar da exclusão, o texto é um recuo em relação ao documento inicial apresentado na semana passada, em Brasília, no qual era proposto o rompimento com partidos "conservadores".
"Vitoriosos nas eleições de 2002, mas sem condições de formar uma maioria parlamentar de esquerda, o PT e o governo tiveram de executar uma política de reformas baseada em alianças cujos parceiros não se dispunham, nem se dispõem, a romper com os limites da institucionalidade conservadora", dizia a versão anterior da resolução.

Em conversas reservadas, no entanto, a insatisfação dos petistas em relação ao PMDB é crescente. Correntes minoritárias do partido chegaram a propor explicitamente que o PT rompesse a aliança com o PMDB, mas foram derrotadas.

No Congresso, petistas reputam ao PMDB parte da culpa pela derrota de dois dos cinco pontos do pacto nacional proposto por Dilma: a constituinte exclusiva para reforma política e a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação.

Outra diferença em relação ao documento da semana passada é que agora o PT não pede mudanças no ministério. O texto de Berzoini, porém, convoca a militância a se juntar à "voz das ruas" pressionar os poderes instituídos. "O diretório convoca o partido a se empenhar para a construção da pressão social, de fora para dentro das instituições, no sentido de defender as reivindicações dos trabalhadores, a implementação das reformas democráticas e a continuidade do processo de mudança".

Para isso o partido vai mobilizar sua militância em uma Segunda Jornada de Lutas da Juventude entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro.

 O Blog:    Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública,    reproduz artigo    postado por:http://ultimosegundo.ig.com.br

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Pesquisa Ibope aponta que 89% Aprovam manifestações

Avaliação da resposta dos governantes aos protestos é negativa.
Reações da presidente frente aos protestos recebeu nota média 4.

Nathalia Passarinho e Mariana Oliveira Do G1, em Brasília
 
A maioria dos eleitores, 89%, aprova as manifestações populares que se espalharam pelo país a partir do mês de junho, aponta pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quinta-feira (25). Também de acordo com o levantamento, a avaliação da resposta dos governos e do Congresso Nacional aos protestos é negativa.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores com mais de 16 anos em 434 municípios entre os últimos dias 9 e 12 deste mês.

Mais de 30% da população desaprova totalmente as ações tomadas pelos três níveis de governo (presidente, governador e prefeito) e pelo Congresso em resposta às reivindicações feitas nos protestos.
 Os entrevistados deram notas de zero a 10 para a atuação dos governantes frente às manifestações.
 De acordo com a pesquisa, a presidente Dilma Rousseff recebeu nota média 4.

 O Senado obteve nota média 3 e a Câmara, nota média 2,8. Já os governadores receberam nota média 3,6 e os prefeitos, 3,7.

Levando em conta as notas, a pesquisa afirma que 31% dos entrevistados desaprovam totalmente as ações de Dilma em resposta aos protestos, outros 49% consideram as ações medianas e 14% aprovam totalmente.
 O restante não quis ou não soube responder.

As ações dos governos estaduais em resposta às aos protestos são bem avaliadas por somente 9% da população, contra 32% que as desaprovam totalmente. Desaprovam totalmente a resposta da Câmara 39% dos entrevistados, contra 7% que aprovam totalmente.

A ação do Senado é desaprovada totalmente por 37%, contra 7% que aprovam totalmente. Já a reposta dos prefeitos é mal avaliada por 31% contra 10% que as aprovam totalmente.

Novas manifestações
A pesquisa mostra ainda que 34% dos eleitores pretendem participar de novas manifestações caso elas sejam realizadas. O principal motivo que faria os entrevistados saírem às ruas é pedir mais investimentos em saúde (43%).

Além disso, 35% pediriam o fim da corrupção, 20% protestariam contra a falta de segurança pública, 16% questionariam a inflação e 14% pediriam mais investimentos em educação, melhoria nos serviços públicos e protestariam contra políticos de modo geral.

Avaliação por áreas
De acordo com o levantamento, a área do governo federal com pior desempenho na visão da população é a saúde. Essa opção foi assinalada por 71% dos entrevistados como o setor com pior desempenho.

A área da segurança pública foi citada por 40% da população, seguida pela educação (37), o combate às drogas (24%), o combate à corrupção (21%), os salários (15%), os impostos (14%), o custo de vida (12%), a geração de empregos (10%), o transporte (9%), a fome (6%) e a habitação (5%).

Conforme a pesquisa, para a população, as áreas em que o governo tem apresentado melhor desempenho são: habitação (citada por 28% dos entrevistados), combate à fome (23%), capacitação profissional (22%), energia elétrica (21%), cultura e lazer (21%), geração de empregos (18) e agricultura (16%).

Serviços públicos
De acordo com a pesquisa, dos 13 tipos de serviços públicos avaliados, apenas quatro foram considerados “adequados” pela maioria da população: correios, fornecimento de energia elétrica, fornecimento de água e iluminação pública.

Os serviços com pior avaliação são: segurança pública, postos de saúde e hospitais, que são  considerados de baixa ou muito baixa qualidade por 87% dos entrevistados. Em seguida, aparece o transporte público, com avaliação ruim de 73% da população, e a educação fundamental e ensino médio, com 67%.


Recrutamento de médicos estrangeiros é criado por medida provisória

Por iG São Paulo | - Atualizada às


Presidente Dilma Rousseff lançou o Programa Mais Médico, para a contratação de médicos, nesta segunda (8)

O governo lançou nesta segunda-feira (8) o Programa Mais Médicos, que prevê a contratação de médicos para atuar na saúde básica em municípios do interior e na periferia das grandes cidades. O programa será criado por medida provisória assinada também nesta segunda pela presidente Dilma Rousseff e regulamentado por portaria conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde.

Leia mais:  Médicos estrangeiros devem chegar ao País a partir do mês de agosto





ALAN SAMPAIO/iG BRASILIA
 
Presidente Dilma Roussef assina medida provisória que cria Programa Mais Médicos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou a afirmar que os médicos estão mal distribuídos no território brasileiro. Durante cerimônia de lançamento do programa Mais Médicos, que ocorre na tarde desta segunda-feira no Palácio do Planalto, Padilha disse que para o Brasil se equiparar à Inglaterra na quantidade de médicos por habitantes, o País precisaria de mais 170 mil médicos.

Ele defendeu que o programa lançado nesta segunda permite que as vagas de profissionais de saúde sigam as necessidades da população.

Leia mais:  Médicos contam como é trabalhar onde falta tudo, até esparadrapo
Para preencher as vagas, o governo vai lançar três editais: um para atração de médicos, outro para os municípios que desejam receber os profissionais e um terceiro para selecionar as instituições supervisoras.
A quantidade de vagas só será conhecida depois que os municípios apresentarem suas demandas, mas o governo estima que o número chegue a 10 mil.

Médicos brasileiros foram às ruas protestar contra programa: 
 
Em São Paulo, o protesto dos médicos aconteceu na avenida Paulista e reuniu 5 mil pessoas, de acordo com a PM. Foto: Paula Pacheco/iG

O programa vai ofertar bolsa federal de R$ 10 mil (por jornada de 40 horas semanais) a médicos que atuarão na atenção básica da rede pública de saúde, sob supervisão de instituições públicas de ensino. As vagas serão ocupadas prioritariamente por médicos brasileiros, e os estrangeiros terão de comprovar conhecimento em língua portuguesa e passar por um curso de especialização em atenção básica. 

Os médicos estrangeiros ficarão isentos de participar do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida) e terão apenas registro temporário, para trabalhar no Brasil por período máximo de três anos e nos municípios para os quais forem designados. Os profissionais serão supervisionados por médicos brasileiros.

Os municípios terão que oferecer moradia e alimentação aos médicos, brasileiros ou estrangeiros, além de investir na construção, reforma e ampliação de unidades básicas.


"Todos os profissionais vindos de outros países cursarão especialização em atenção básica e serão acompanhados por uma instituição de ensino", informou o governo.

A contratação de médicos integra o pacote de medidas para a saúde, lançado por Dilma no fim de junho em resposta às manifestações que pediam melhoria nos serviços públicos do país. O pacto pela saúde também prevê investimentos de R$15,8 bilhõe para construção e melhoria de hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs) e unidades básicas.
O Blog:    Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública,    reproduz artigo    postado por: http://ultimosegundo.ig.com.br/noticias
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Duas visões: A resposta de Dilma à crise política

Atualizado em  8 de julho, 2013 - 04:51 (Brasília) 07:51 GMT
Dilma Rousseff (Ag Brasil)
Questionamentos à viabilidade do plebiscito proposto por Dilma Rousseff lançam duvidas quanto à resposta dada pela presidente para a crise política criada pela onda de protestos nas ruas do país.

Na última semana, até aliados governistas colocaram em xeque a viabilidade do plebiscito para a reforma política; isso depois de a proposta inicial levantada pelo governo, de uma Assembleia Constituinte, ter sido descartada por razões constitucionais.

A reação da presidente foi adequada para aplacar a crise? Qual o ônus político desses empecilhos? A oposição conseguirá capitalizar em cima do atual clima político?

A BBC Brasil entrevistou dois analistas com visões diferentes sobre esses temas.

Professor titular do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo, José Álvaro Moisés avalia de maneira bastante crítica as respostas de Dilma às manifestações e as ações tomadas pelo governo com relação à proposta de reforma política.

Diretor científico do Núcleo de Pesquisas de Políticas Públicas da USP e secretário Nacional de Apoio à Cultura durante o governo Fernando Henrique Cardoso, Moisés avalia que o Executivo agiu com "incompetência" ao propor a constituinte sobre reforma política e o plebiscito.

Já a historiadora Maria Aparecida de Aquino, professora da USP e do Mackenzie, acredita que o atual desgaste vivenciado pelo governo será compartilhado com o Congresso, que ela vê como ineficiente em um momento de "extrema gravidade para o país".

Ela defende a proposta do plebiscito, argumentando que a consulta popular permitiria ao Brasil "ter uma experiência de democracia direta" até maior do que em um referendo (caso em que o Congresso definiria regras da reforma e só depois a população as aprovaria ou não).
Confira as duas entrevistas:

Confira as duas entrevistas:
José Álvaro Moisés
Maria Aparecida de Aquino

'Consulta popular deveria envolver preparação', opina Moisés

BBC Brasil - O vice-presidente Michel Temer anunciou na última quinta-feira que o plebiscito a respeito da reforma política poderia não ser realizado a tempo de ter efeito para as eleições de 2014, mas depois recuou. Antes, a presidente já havia voltado atrás da ideia de se fazer uma Constituinte exclusiva sobre a reforma política. Na avaliação do senhor, a presidente pode ter ônus eleitorais e políticos com estas idas e vindas?


José Álvaro Moisés – Eu acho que, em primeiro lugar, ela teve inúmeros ônus eleitorais com os movimentos que ocorreram no mês de junho. Primeiro, foi uma coisa inesperada para o governo. Nem o setor de inteligência foi capaz de prever.

O governo reagiu de maneira extremamente ruim, a meu juízo, demonstrou uma enorme incompetência. Primeiro propondo uma constituinte que a Constituição não permite. Depois propôs esse plebiscito.
Consulta popular, na experiência internacional, não é só o fato em si. Consulta popular é um pacote que envolve a consulta e meses de preparação.

Por exemplo, o Estado americano da Califórnia adota muito a consulta, inclusive a partir de solicitação dos próprios eleitores. Quando as pessoas pedem a consulta, a regra é que deve haver no mínimo 150 dias para fazer a campanha e esclarecer os objetos da consulta. Ela (a presidente Dilma Rousseff) fez um negócio inicial imaginando que poderia resolver em um mês e meio.

Então eu acho que vai ter ônus sim. Tudo isso vai ter ônus, porque ficou muito focado nela, ela reagiu mal, reagiu que nem barata tonta. Se é para fazer com mais tempo, na experiência internacional, o mecanismo adequado é não é plebiscito, é referendo.


BBC Brasil - Alguns analistas veem algo positivo nesta ideia da presidente de consultar a população diretamente, já que as recentes manifestações demonstraram que existe uma grande desconfiança da população com as instituições políticas, como partidos e o Congresso. Qual a avaliação do senhor?

José Álvaro Moisés – Eu acho que é negativo. A população tem razões fortes para ter uma desconfiança do Congresso. Conduzi várias pesquisas sobre isso no Brasil, (em que) 82% desconfiam dos partidos e 79% desconfiam do Congresso Nacional. A população tem razões para isso, as instituições estão funcionando mal.

Mas quem tem liderança, principalmente no regime democrático, ao invés de acentuar a crise, tem que adotar medidas para revalorizar os partidos e o Congresso.

Uma maneira de Dilma mostrar que o Congresso e os partidos poderiam estar recuperando as suas funções, portanto corrigindo as suas distorções e déficits, seria dizer: "Cabe ao Congresso tomar essas decisões e nós vamos pedir que ele rapidamente examine essa questão".

O Brasil tem uma tradição de cultura política em que tudo é muito concentrado no Executivo. Há uma tradição que dá pouca importância às instituições de representação, principalmente os partidos e o Parlamento.

No processo de construção da democracia, quem tem liderança democrática, ao invés de agravar essa cultura política deficitária, tem que, pelo contrário, chamar a atenção para o outro lado.
Uma maneira de você renovar é dar responsabilidade, se você retira responsabilidade do Congresso e dos partidos, você diminui ainda mais o prestígio dessas instituições.


BBC Brasil – Há pouco mais de um mês, nós tínhamos um quadro aparentemente bastante definido para as eleições de 2014. Essa crise toda terá um impacto nas eleições do ano que vem?

José Álvaro Moisés – Sem dúvida. Na verdade, todas as demonstrações e os movimentos trouxeram à tona uma insatisfação muito grande de um segmento da população com o funcionamento da democracia.
Não é que as pessoas não gostem da democracia ou não queiram a democracia, elas estão criticando o funcionamento, principalmente das instituições de representação e, nesse contexto, o governo está sendo contestado.

O governo foi contestado fundamentalmente no que diz respeito à sua capacidade de gestão de alguns serviços públicos fundamentais, principalmente saúde, educação e segurança pública.

Vai ter repercussões. Como vão ser essas repercussões, é difícil, é muito cedo ainda para prognosticar. Os movimentos terminaram recentemente e podem voltar em curto espaço de tempo se não sentirem que as suas reivindicações e suas pressões tiveram resultado. Mas que vai ter impacto, vai.

Em um certo sentido já afetou. Veja que o Datafolha fez uma pesquisa com participantes de manifestação (e) a Dilma Rousseff aparece lá em baixo na lista de candidatáveis à Presidência. Apareceu em primeiro lugar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e, em segundo lugar, a (ex-senadora) Marina Silva. Esse deslocamento mostra que aquilo que três meses atrás parecia estar absolutamente certo, a reeleição, está completamente incerto neste momento.


BBC Brasil – Na avaliação do senhor, a oposição soube capitalizar de alguma forma esses protestos?

José Álvaro Moisés - Não soube. Eu acho que a oposição, com exceção da Rede, de Marina Silva, que desde o começo se manifestou solidária com os movimentos, também está bastante burocratizada no Brasil.
O presidencialismo de coalizão, de uma maneira geral, burocratiza a política. Burocratiza tanto os partidos que fazem parte da coalizão como burocratiza a oposição.

Não podemos dizer que de uma maneira consistente nós temos oposição no Brasil. A oposição foi progressivamente perdendo identidade e perdendo força. Pode ser que venha a se recuperar agora, com uma maior atividade do PSDB e com uma presença maior, em escala nacional, do possível candidato Aécio Neves. Pode ser, mas isso não está garantido. Nada garante que efetivamente a oposição vai ocupar esse espaço, pelo menos essa oposição, do PSDB.

E veja que um dos nomes que tinha surgido e estava muito ativo na mídia, que era o (governador de Pernambuco) Eduardo Campos, eu não ouvi uma palavra do Campos sobre a crise.

Quer dizer, a oposição aparentemente não tem o que dizer, está dentro do mesmo barco no qual o governo está envolvido, que é, a meu juízo, a estrutura do presidencialismo de coalizão.

O Executivo tem muitas prerrogativas no Brasil, o Legislativo tem poucas prerrogativas. Há um desequilíbrio nessas relações e isso se reflete sobre a importância dos partidos, que progressivamente entraram em uma lógica exclusiva de fazer política burocrática para se manter no poder, mas perderam completamente o contato com a população.

Você não vê os partidos nem da oposição nem da situação dialogando com os estudantes nas universidades, com os cientistas, com os intelectuais, com as mulheres...

Ou seja, os partidos estão desligados. A única lógica que está presidindo a ação dos partidos é chegar ao poder e se manter no poder, fazer qualquer coisa para se manter no poder, inclusive se afastar da população. Receberam o troco nos movimentos, nos protestos.
 O Blog:    Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública,    reproduz artigo    postado por: http://www.bbc.co.uk/portuguese
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Os interesses dos partidos que travam a reforma política

Projetos que podem mudar o modelo eleitoral estão engavetados há anos no Congresso porque os principais partidos do país não chegam a um consenso

Laryssa Borges, de Brasília
Dilma Rousseff, na cerimônia de lançamento dos Planos Setoriais na reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, em Brasília
NÃO COLOU - Manobra do governo para tentar aprovar um plebiscito para a reforma política e mudar as regras do jogo já em 2014 fracassou (Ueslei Marcelino/Reuters)
 
O plebiscito oportunista proposto pelo governo para realizar a reforma política neste ano dificilmente sobreviverá. O que pouco se discute, porém, em relação a essa tentativa rasteira do PT e do Palácio do Planalto, é que projetos para mudar o modelo eleitoral brasileiro estão parados no Congresso há anos. A dificuldade em fazer o tema avançar no Legislativo vai além da inoperância dos articuladores políticos de Dilma Rousseff: os principais partidos do país têm posições (e interesses) distintos na reforma política.

Não é exagero afirmar que cada partido tem sua própria versão da reforma política ideal. O PT, por exemplo, que detém a maior bancada de deputados federais do país, insiste na ideia bolivariana de convocar uma Constituinte exclusiva para tratar do assunto e tentar mudar as regras eleitorais já em 2014 – ainda que isso atropele princípios constitucionais. Nesse caso, a manobra visa aprovar antigos sonhos da sigla, como o financiamento público de campanha e a institucionalização do voto de cabresto (voto em lista fechada).


O prejuízo para a Rede, nova sigla de Marina Silva 
Financiamento público de campanha
Pela proposta defendida pelo PT, pessoas e empresas farão doações para um fundo, e os recursos serão distribuídos para as campanhas de acordo com a votação do partido na eleição anterior. Como a Rede ainda está em formação, a legenda teria apenas verba residual para aplicar na campanha. Mesmo tendo 20 milhões de votos em 2010, a ex-senadora teria direito a somente 0,16% do dinheiro público.

Cláusula de barreira
A proposta de se criar uma cláusula de desempenho poderia afetar diretamente a sobrevida da Rede porque exigiria do partido, ainda em formação e pouco conhecido, a conquista de um mínimo de votos para ter representatividade.

Distritão
Desconhecida, a Rede teria dificuldade em derrotar grandes puxadores de voto nos rincões do Brasil.
“Nunca houve um debate no Brasil sobre os pontos da reforma política. Agora vai ser no convencimento. A população há de ser convencida da tese de cada partido, mas essa mesma população, a rigor, não domina com profundidade cada um dos temas da reforma política”, admite o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PT-PI). “O PT não quer ficar isolado e já estamos debatendo nossas ideias com outros partidos”, completa.

O PMDB, a segunda maior bancada na Câmara, tem outras pretensões. Com capilaridade nos rincões do país, a legenda que mais elegeu prefeitos em 2012 – foram 1.024 prefeituras das 5.568 disputadas – defende a adoção do chamado "distritão", sistema que promoveria a eleição dos candidatos a deputado mais votados em seus estados, independentemente das siglas pelas quais concorreram. O modelo, entretanto, tem o grave risco de institucionalizar o “sistema eleitoral Tiririca” – deputado que, por ter obtido cerca de 1,3 milhão de votos, acabou elegendo também outros parlamentares.

O "distritão" substituiria o sistema proporcional com coligação, que leva em conta o quociente eleitoral (divisão do número de votos pelo número de vagas do estado na Câmara), e poderia provocar no Congresso a ascensão de diversos “Tiriricas” ou puxadores de voto que não necessariamente tenham afinidade ou interesse em um mandato político.
O "distritão" favorece os grandes partidos, que têm boa inserção nos grotões e são conhecidos até pelo eleitor menos politizado. Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta que, com base nas eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados em 2010, PT, PMDB, PP e DEM poderiam ter bancadas maiores do que as que conseguiram eleger se a regra do "distritão" já estivesse em vigor.

Com uma crise deflagrada em sua base no Congresso, tudo indica que a presidente Dilma Rousseff dificilmente conseguirá salvar seu plebiscito improvisado para mudar as regras do jogo em 2014. Mas o debate sobre a necessidade de uma reforma política no Brasil seguirá em pauta, legislatura após legislatura. “O governo está completamente amador nas discussões sobre reforma política”, avalia o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). “Precisamos dar uma resposta concreta e real para a sociedade, e não uma resposta com uma consulta popular feita às pressas”, diz o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO).

Veja abaixo o que pretendem os principais partidos do país.

Os interesses por trás da reforma política


PT


Financiamento público de campanha: Os petistas pretendem encampar a proposta de que pessoas e empresas possam fazer doações de campanha para um fundo, sem escolher destinatários. Depois, o bolo de recursos é repartido segundo a votação que os partidos tiveram na eleição anterior. Se consolidada nas eleições de 2014, por exemplo, a medida beneficiaria diretamente o PT e garantiria 67,59% dos recursos ao caixa petista.
Voto em lista fechada: O partido defende a adoção do voto em lista fechada para o Legislativo. O sistema impõe que o eleitor vote não no candidato, mas na legenda, que define previamente qual cacique estará no topo da lista de preferências.
Reforma política já em 2014: A sigla quer que as novas regras eleitorais possam valer já em 2014. Porém, o artigo 16 da Constituição prevê que leis que alterarem o processo eleitoral não podem ser aplicadas na eleição que ocorra no período de menos de um ano. O Supremo Tribunal Federal (STF) considera que este ponto é uma cláusula pétrea, pois preserva o direito individual do eleitor, além de blindar o processo eleitoral de influências casuísticas.

PMDB


Distritão: Autointitulado o maior partido do Brasil, o PMDB quer o chamado distritão, que consiste em eleger os deputados mais votados, independentemente da legenda. O distritão favorece os grandes partidos, que têm maior capilaridade em pequenos municípios e que, sem grandes bandeiras ideológicas, sempre aceitam mais um candidato, principalmente se for um puxador de votos aclamado pela multidão.
Parlamentarismo: Nas discussões sobre reforma política, o PMDB defende a tese do parlamentarismo, que, se em vigor, permitiria a ele, como integrante da coligação majoritária, atuar na indicação do primeiro-ministro.
Plebiscito junto com a eleição: O PMDB propõe que o eventual plebiscito sobre temas da reforma política ocorra junto com as eleições de 2014. Nos bastidores, o vice-presidente da República, Michel Temer, trabalha para que as mudanças no sistema político-eleitoral possam valer em 2016.

PSDB


Voto distrital misto: O PSDB defende uma combinação entre o voto proporcional e o majoritário. Pela regra, o eleitor teria dois votos: um para candidatos no distrito e outro voto no partido político, utilizando o quociente eleitoral, regra prevista atualmente no sistema proporcional.
Cláusula de barreira: Os tucanos pretendem defender nas discussões sobre reforma polícia a instituição de uma cláusula de desempenho para que partidos políticos sem representatividade e que não atingiram um número mínimo de votos na eleição sejam impedidos de ter acesso ao fundo partidário e ao tempo de televisão. A medida afeta diretamente partidos nanicos, como PTC, PRP, PSTU e PCB, e diminui o poder de barganha deles em período eleitoral.
Fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais: O PSDB quer acabar com as coligações nas disputas para cargos de vereador e deputado. A medida beneficiaria partidos com grande representatividade e poderia varrer legendas menores, que se aproveitam da votação de puxadores de voto para conquistar cadeiras no Legislativo. Se consolidado, o fim das coligações transformaria o quociente eleitoral em uma espécie de cláusula de barreira, especificando o número mínimo de votos que os partidos precisariam atingir para conquistar representação.

PSB


Fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais: O PSB, que tem o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como pré-candidato ao Palácio do Planalto, defende a aprovação imediata de uma lei para inibir que partidos pequenos ou sem viés ideológico possam se beneficiar das grandes votações da principal legenda da coligação.
Fim da reeleição e mandato de cinco anos: O partido defende acabar com a reeleição para todos os cargos eletivos e estabelece que os atuais mandatos de quatro anos passem a ter cinco anos. Os pessebistas consideram que a regra bate de frente com o gestor que está no poder, independentemente da filiação partidária, e ajuda a minimizar o uso da máquina pública para fins eleitorais. Para o PSB, se aprovada, essa regra deve valer para as eleição seguinte à de 2014.

PP


Distritão: O PP defende historicamente a adoção do sistema conhecido como distritão nas eleições para deputados. 
Referendo: O partido foi um dos primeiros a se manifestar contra a possibilidade de se convocar um plebiscito para discutir temas da reforma política. Para a legenda, como as discussões sobre o sistema político-eleitoral são complexas, não seria possível fazer uma consulta plebiscitária com poucas perguntas. De acordo com o PP, o plebiscito, por natureza, deveria estar restrito a poucos temas.
 O Blog:    Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública,    reproduz artigo    postado por: http://veja.abril.com.br

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Dilma diz que 'gostaria' de ter reforma política em vigor em 2014

Mensagem de plebiscito será enviada nesta terça ao Congresso, afirmou.
Segundo ela, prazo para aprovar novas regras depende de parlamentares.

Priscilla Mendes e Renan Ramalho Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (1º) que "gostaria" que a reforma política preparada pelo governo já valesse nas eleições de 2014. Ela confirmou que enviará ao Congresso nesta terça (2) a mensagem na qual sugerirá a convocação de um plebiscito sobre a reforma política.

A presidente ressalvou, no entanto, que a aplicação das novas regras eleitorais dependerá do tempo de aprovação das mudanças pelo Congresso Nacional.

"Do nosso ponto de vista, seria de todo oportuno, mas não temos como definir isso, depende do prazo que der o Tribunal Superior Eleitoral e, em função desse prazo, que eu não sei qual será, depende do Senado e da Câmara", afirmou a presidente.

"Eu não tenho governabilidade sobre essa questão. Eu gostaria muito, para levar em conta toda essa energia que vimos nas mobilizações, que tivesse efeito sobre a eleição", disse, em entrevista à imprensa na Granja do Torto, durante intervalo da reunião ministerial que convocou nesta segunda.

"Eu gostaria muito, para levar em conta toda essa energia que vimos nas mobilizações, que [a reforma política] tivesse efeito sobre a eleição."
(Dilma Rousseff, presidente da República)
Pela Constituição, qualquer alteração no processo eleitoral deve entrar em vigor ao menos 12 meses antes de ser aplicada. As eleições do ano que vem estão marcadas para 5 de outubro; para valer em 2014, portanto, qualquer reforma deveria ser aprovada até 5 de outubro deste ano.

O presidente do PT, Rui Falcão, e parlamentares da base aliada, no entanto, defendem que no plebiscito, o eleitor decida se as novas regras, mesmo se aprovadas depois de outubro, possam valer para as eleições do ano que vem, em que Dilma deve disputar a reeleição.

A presidente disse que, na mensagem ao Congresso, não vai fazer sugestão de perguntas para o plebiscito, mas de temas a serem abordados. Ela mencionou a forma de financiamento das campanhas eleitorais e o sistema de votação para a escolha de membros do Legislativo entre os temas a serem propostos.

"Basicamente, [a sugestão] diz respeito ao financiamento das campanhas e ao padrão eleitoral, ou melhor dizendo, ao padrão de voto vigente, se é proporcional, se é distrital, se é misto, enfim. Aí vai ser formulado e amanhã vocês vão ver bem direitinho quais vão ser as sugestões. É óbvio que não vamos dar sugestão de pergunta porque não somos nós que fazemos as perguntas. As perguntas ficam entre o Senado e Câmara de um lado, e o próprio Tribunal Superior Eleitoral de outro", declarou.

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Barão de Itararé convoca assembleia temática da democratização da mídia para a porta da Globo no Rio de Janeiro

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Debater na rua a democratização da mídia. Este é o mote da assembleia popular temática que o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé está convocando para a próxima quarta-feira (03/07) na porta da Rede Globo no Rio de Janeiro.

A atividade do Barão de Itararé ocorre num momento em que a Rede Globo passa por diversas acusações de sonegação fiscal. O blogueiro Miguel do Rosário – que também é coordenador do Barão de Itararé – publicou em seu blog na última sexta-feira uma bombástica matéria em que aponta documentos oficiais da Receita Federal sobre o milionário desfalque fiscal da empresa de comunicação.

A denúncia do blogueiro será efetivada na quarta-feira. Logo no início do ato de quarta-feira os manifestantes pretendem protocolar na Rede Globo uma carta denúncia exigindo a devolução da concessão pública e que as denúncias da Receita Federal sejam apresentadas pelo canal para a população.

Um dos coordenadores do Barão de Itararé, o jornalista Marcos Pereira, explica um dos motivos pelos quais é necessário levar o debate para as ruas. “Assim como já vem ocorrendo em São Paulo, precisamos levar o tema da democratização da mídia para a população, para a juventude nas ruas, em contraposição ao silêncio da grande mídia hegemônica”, argumenta Pereira.

Ato será pacífico e de caráter cultural
A assembleia contará ainda com pontos de recolhimento de assinaturas do Projeto de lei de iniciativa popular da mídia democrática. Para que o PL entre em tramitação no Congresso Nacional são necessárias cerca de 1.500.000 assinaturas até o fim do ano. Encenações teatrais também serão apresentadas durante a assembleia, mostrando o lado lúdico e cultural do movimento.

De acordo com o cientista político Theófilo Rodrigues, que também é coordenador do Barão de Itararé no Rio de Janeiro, o ato será pacífico. “Queremos apenas de forma pacífica reivindicar uma mídia mais plural e democrática para o Brasil. Queremos apenas que nossa Constituição seja respeitada”, finalizou Rodrigues.

Assembleia Temática Democratização da Mídia

Local: Rua Von Martius, Jardim Botânico. Porta da Rede Globo.
Data: Quarta-feira (03/07) – 17:00

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Mais um protesto será realizado nesta segunda-feira em Três Passos

A população está sendo mobilizada a participar de mais uma manifestação em Três Passos. Será a terceira em dez dias e é organizada pelo movimento #VemPraRuaTrêsPassos, com o apoio de diversos segmentos do município, entre eles, Sindilojas, Cacis e sindicatos.

O ato público está marcado para acontecer hoje, segunda-feira, 1º de julho, na Praça da Bandeira, a partir das 16h30, quando será elaborada a “Carta Trespassense", que será entregue a vários destinatários com demandas federais, estaduais e municipais. O 7º BPM fará a segurança de todos os participantes do evento e da comunidade.

No decorrer da última semana, as exigências feitas pelos manifestantes em todo o país começaram a ter resultados. A presidente da República, Dilma Rousseff, em pronunciamento oficial, no último dia 21, anunciou o chamado Cinco Pactos pelo Brasil. Os acordos são referentes à responsabilidade fiscal, reforma política e combate à corrupção, melhorias da saúde, qualidade no transporte público e propostas para a educação. A presidente também propôs um debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política no país.

Além disso, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada de quarta-feira, 26, projeto que destina 75% dos recursos dos royalties do petróleo à educação e 25% à saúde. Já o Senado Federal aprovou, também na quarta-feira, o projeto de lei que altera o Código Penal e torna corrupção um crime hediondo. Essa mudança aumenta a punição para os crimes de corrupção ativa e passiva, que passam ter pena de quatro a 12 anos de reclusão, além de multa.

Outra reivindicação atendida pelos governantes foi a rejeição da Proposta de Emenda Parlamentar 37 (PEC/37), arquivada na última terça-feira, 25. A não-aprovação da PEC 37 foi uma das demandas levantadas por diversos manifestantes, inclusive aqui da região. Entre outras mudanças, se aprovada, o poder de investigação criminal seria exclusivo das polícias federal e civis, retirando esta atribuição de alguns órgãos e, sobretudo, do Ministério Público (MP)
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Reforma política vira discurso padrão em tempos de crise

Por Luciana Lima (iG São Paulo) |


Para enfrentar escândalos e vencer situações conflituosas, necessidade de reformar o sistema político é evocada

De tanto entrar na pauta de discussão política e não ser votada, a reforma política já é conhecida como a clássica “boia de salvação” dos políticos em apuros, sejam eles atingidos por escândalos ou por crises provocadas pelos mais diversos fatores. Nesta semana, o assunto voltou à tona pelas mãos da presidente Dilma Rousseff, na tentativa de dar uma resposta às manifestações que se formaram nas principais cidades brasileiras.











Agência Brasil
A presidente Dilma em reunião que discutiu com aliados a proposta de plebiscito para a reforma


Trata-se de um assunto que há quase duas décadas é evocado como “fundamental” por presidentes da República, ministros e parlamentares. No entanto, poucos itens chegaram realmente a ser apreciados pelo Congresso Nacional.

O tema sempre volta à tona precedido de turbulências. Foi assim em 2005, quando eclodiu o escândalo do mensalão, maior crise política sofrida pelo governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alimentada pelas denúncias de compra de votos de parlamentares.

Leia também : Lula reafirma apoio a Dilma
 
“Eu me lembro de uma entrevista do então presidente do PT, José Genoino, na qual ele respondia a todos os questionamentos com o argumento de que era necessário se fazer uma reforma política. Ele repetia isso como mantra para justificar os problemas do mensalão”, argumentou o cientista político Leonardo Barreto, pesquisador da Universidade de Brasília (UNB).

“Era como se ele dissesse que nós tivemos que agir daquela forma porque o nosso sistema político nos induzia, ou mesmo, nos exigia”, exemplificou.

Minirreforma
 
Na esteira do mensalão, o assunto ganhou corpo no Congresso até as denúncias esfriarem. O resultado, no entanto, não ultrapassou o que os próprios parlamentares apelidaram de minirreforma eleitoral.
Entre as regras aprovadas em decorrência dessas discussões estão a proibição dos showmícios, da distribuição de brindes como canetas, camisetas, bonés com propaganda política e regras um pouco mais rígidas para a prestação de contas das campanhas. Já a reforma política é bem mais ampla, embora inclua a reforma eleitoral que trata das regras somente no período de campanha.

Crise de imagem
 
O uso da reforma política para vencer situações embaraçosas não foi privilégio dos governos petistas. Na campanha de 1994, o PSDB elegeu Fernando Henrique Cardoso que, para se livrar das duras críticas de ter se coligado com o PFL, liderado na época por Antônio Carlos Magalhães, também usou a necessidade de reforma política como argumento.

Mais : Partidos aceitam plebiscito, mas Congresso terá palavra final
 
ACM mantinha a imagem do coronelismo nordestino e a aliança com seu partido rendeu aos tucanos uma crise de imagem e a fama de “em cima do muro”. “Foi nesse contexto que os tucanos evocaram a necessidade de uma reforma política. Eles explicaram que o sistema político vigente obrigava o partido a se a coligar, mesmo com as alas mais conservadoras da política, para chegar ao poder”, avalia Leonardo Barreto.

O único item aprovado do pacote que se discutiu na época foi a reeleição para a Presidência da República, governadores e prefeitos, que acabou beneficiando o próprio presidente, passando a valer a partir de 2008.

Plebiscito
 
A ideia de se reformar amplamente as regras da política, no entanto, continuou no governo tucano, tanto é que, em 1998, FHC propôs a convocação de uma constituinte “restrita” para votar a reforma política, ideia reeditada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e na última semana recuperada pela presidente Dilma Rousseff.

Desta vez, no entanto, Dilma colocou um ingrediente a mais na receita, sugerindo também a realização de um plebiscito com o objetivo de saber o que pensa a população sobre formas de financiamento de campanha e sistema para a definição de candidaturas. Esses dois pontos sempre circularam no Congresso, em inúmeras tentativas de se votar a reforma política.

O governo recuou da ideia de convocação da constituinte após ouvir reações da classe jurídica, mas já avisou que não abre mão de fazer a consulta popular. No Congresso, a reação a essa ideia também é forte, principalmente porque ao se transferir a discussão para a população, a sensação é de perda de controle.

Relatores
 
As propostas de reforma política passaram pelas mãos de relatores filiados a partidos de campos políticos distintos, no entanto, nenhum parecer conseguiu chegar à apreciação do Plenário da Câmara ou do Senado.

Na Câmara, o petista, Henrique Fontana (RS) foi o último a ver seu relatório retirado de pauta no mês passado. Ele ainda defende que a Câmara faça seu papel votando a proposta, principalmente depois que a presidente Dilma Rousseff evocou o assunto como primordial e insiste na realização do plebiscito. “Temos duas possibilidades. Ou votamos imediatamente, ou vai para o plebiscito”, disse Fontana.

Em 2006, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) relatou a proposta na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Seu parecer foi derrotado na comissão, mas como já havia sido lido em plenário, a tramitação seguiu, sem, no entanto, chegar a uma aprovação. “Não se faz a reforma política porque não há consenso sobre as regras. Temos que ter a humildade de reconhecer que houve várias tentativas sem um resultado”, analisa Caiado.
 
Em paralelo, o Senado também criou sua pauta de reforma política, no entanto, nenhuma das 11 propostas feitas pela comissão criada especialmente para analisar o assunto em 2011 chegou ao plenário.
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Manifestações embaralham disputa de 2014 

Um tempo nas articulações

As manifestações impuseram incertezas à classe política, quanto às eleições de 2014. Até então, não há como prever favoritismos ou alianças. É hora de repensar estratégias
 As peças do jogo eleitoral de 2014 já vinham se movimentando, com mais de um ano de antecedência. Os principais atores da disputa, pelo menos em nível nacional, já estavam definidos. Contudo, nas últimas semanas, o mundo político foi surpreendido por uma onda de manifestações. Os milhares de brasileiros que ocuparam e ocupam as ruas deram uma sacolejada no tabuleiro e puseram fim à sensação de instabilidade em todos que almejam se manter no Poder ou alcançá-lo.

O jogo se vê diante da necessidade de ser reiniciado e repensado. Há uma névoa em torno do que pode acontecer em um ano. O que dirão as pesquisas de opinião nos próximos dias? Não se sabe ainda o quanto as manifestações poderão desgastar a imagem dos nomes já colocados. Um ano é muito tempo para oscilar a popularidade dos possíveis candidatos ou os índices de aprovação do Governo. Por outro lado, é pouquíssimo tempo para alcançar ou recuperar o prestígio e saciar os desejos mais latentes dos brasileiros. Portanto, todos os postulantes estão em xeque. Além dos nomes já colocados, haveria margem para o surgimento de outros postulantes até então fora do menu apresentado?

Dilma se vê diante do desafio de dar resposta rápida aos protestos, num momento em que a economia brasileira precisa de impulso. Depende de apoio da maioria do Congresso Nacional, quando os ânimos se acirram com a aproximação do pleito de 2014. Já a oposição deve apostar no tensionamento até a eleição.

A população, por sua vez, demonstra que não quer mais esperar a campanha eleitoral para ouvir novas ou velhas promessas. A aversão aos conchavos políticos, ao modo tradicional de se fazer política, e a frustração de tantas promessas descumpridas são esbravejadas nos quatro cantos do País. Mas, se o debate sobre a reforma política ocorrer com agilidade, como o Governo Federal tem prometido, não se sabe sequer quais serão as regras para as eleições de 2014. Mais um elemento para ampliar o cenário de indefinições.

No Ceará, se o governador Cid Gomes (PSB) tem perfil de só falar sobre eleições no período eleitoral, com tantas incertezas sobre a conjuntura nacional, ele tende a adiar ainda mais a discussão. Alguns nomes já haviam sido cogitados como sucessores de Cid, mas, agora, os partidos estão em busca de entender qual perfil de candidato vai agradar os eleitores no ano que vem. Dilema que não é exclusivo de possíveis candidatos da situação.

O certo é que as bandeiras das manifestações pautarão as campanhas políticas. A população quer mais participação, quer ver qual legado será deixado pela Copa do Mundo, quer mais qualidade de vida, eficiência nos gastos públicos e investimento no que deve ser prioridade de fato: saúde e educação. Qual nome melhor personifica as demandas que vêm da rua? Pode ser que se apresente um novo perfil de candidato. Ou não. Em 2014, o povo dará sua resposta pelas urnas

ENTENDA A NOTÍCIA

A quase um ano das eleições de 2014, as manifestações Brasil afora impõem instabilidade a todos que desejam conquistar o Poder. O desempenho dos Governos e da oposição será determinante.

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MCCE, junto com a OAB (A elite quer mandar no Brasil!)

Sociedade civil organizada lança campanha pela reforma política

 

 Quando os políticos não representam mais os cidadãos eleitores, cabe às elites dos cidadãos mais conscientes a maior missão da cidadania política, qual seja o exercício do controle social sobre os mandatos dos governantes, a revisão das prioridades dos orçamentos público

 

 E ontem mesmo tivemos um excelente exemplo disso. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE, junto com a OAB federal, lançou a campanha “Eleições Limpas”,

 




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Sociedade civil organizada lança campanha pela reforma política
Quando os políticos não representam mais os cidadãos eleitores, cabe às elites dos cidadãos mais conscientes a maior missão da cidadania política, qual seja o exercício do controle social sobre os mandatos dos governantes, a revisão das prioridades dos orçamentos públicos e novas propostas de políticas públicas. E ontem mesmo tivemos um excelente exemplo disso. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE, junto com a OAB federal, lançou a campanha “Eleições Limpas”, que pretende levar ao Congresso Nacional um projeto de lei de iniciativa popular sobre a reforma política. 

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Movimentos de comunicação marcam ato na sede da Rede Globo em São Paulo

Protesto deve ser realizado na próxima quarta-feira (3); ideia é aproveitar efervescência política para pautar democratização da mídia
26/06/2013
Gisele Brito
da Rede Brasil Atual
Foto: Mídia Ninja

Movimentos que defendem a democratização dos meios de comunicação realizaram na noite de ontem (25) uma plenária no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, para traçar uma estratégia de atuação. A ideia é aproveitar o ambiente de efervescência política para pautar o assunto. Concretamente, cerca de 100 participantes, decidiram realizar uma manifestação diante da sede da Rede Globo na cidade, na próxima quarta-feira (3).

A insatisfação popular em relação à mídia foi marcante nas recentes manifestações populares em São Paulo. Jornalistas de vários veículos de comunicação, em especial da Globo, foram hostilizados durante os protestos. No caso mais grave, um carro da rede Record, adaptado para ser usado como estúdio, foi incendiado.

Na plenária de ontem, o professor de gestão de políticas públicas da Universidade de São Paulo, Pablo Ortellado, avaliou que os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, a revista Veja e a própria Globo, por meio de editoriais, incentivaram o uso da violência para reprimir os manifestantes. Mas em seguida passaram a colaborar para dispersar a pauta de reivindicações que originaram a onda de protestos, ao incentivar a adoção de bandeiras exteriores à proposta do MPL – até então restrita à revogação do aumento das tarifas de ônibus, trens e metrô de R$ 3 para R$ 3,20.

Os movimentos sociais, no entanto, ainda buscam uma agenda de pautas concretas para atender a diversas demandas, que incluem a democratização das concessões públicas de rádio e TV, liberdade de expressão e acesso irrestrito à internet.

“Devíamos beber da experiência do MPL (Movimento Passe Livre) aqui em São Paulo, que além de ter uma meta geral, o passe livre, conseguiu mover a conjuntura claramente R$ 0,20 para a esquerda”, exemplificou Pedro Ekman, coordenador do Coletivo Intervozes. “A gente tem que achar os 20 centavos da comunicação. Achar uma pauta concreta que obrigue o governo federal a tomar uma decisão à esquerda e não mais uma decisão de conciliação com o poder midiático que sempre moveu o poder nesse país”, defendeu.

"A questão é urgente. Todos os avanços democráticos estão sendo brecadas pelo poder da mídia, que tem feito todos os esforços para impedir as reformas progressistas e para impor uma agenda conservadora, de retrocesso e perda de direitos", afirmou Igor Felipe, da coordenação de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A avaliação é que apesar de outras conquistas sociais, não houve avanços na questão da democratização da mídia. "Nós temos dez anos de um processo que resolveu não enfrentar essa pauta. Nós temos um ministro que é advogado das empresas de comunicação do ponto de vista do enfrentamento do debate público", disse Ekman, referindo-se a Paulo Bernardo, da Comunicação.

Bernardo é criticado por ter, entre outras coisas, se posicionado contra mecanismos de controle social da mídia. "Eu não tenho dúvida que tudo isso passa pela saída dele. Fora, Paulo Bernardo!", enfatizou Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC e coordenador do programa Praças Digitais da prefeitura de São Paulo.

Amadeu acusa o ministro de estar "fazendo o jogo das operadoras que querem controlar a Internet" e trabalhar para impedir a aprovação do atual texto do Marco Civil do setor. "Temos uma tarefa. Lutar sim, para junto dessa linha da reforma política colocar a democratização", afirmou.
Rosane Bertotti, secretária nacional de comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, enfatizou a importância da campanha de coleta de assinaturas para a proposta de iniciativa popular de uma nova lei geral de comunicação.

O projeto trata da regulamentação da radiodifusão e pretende garantir mais pluralidade nos conteúdos, transparência nos processos de concessão e evitar os monopólios. "Vamos levá-lo para as ruas e recolher 1,6 milhão de assinaturas. Esse projeto não vem de quem tem de fazer – o governo brasileiro e o Congresso –, mas virá da mão do povo", disse.


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Dilma, a Assembleia

Constituinte, Vivinha da Silva

Diria o Serjão ao FHC: ‘”não se apequene !”


Como sem a Assembléia Constituinte não tem reforma, amigo navegante achou no fundo da gaveta, meio amassada, a forma de retirar a Constituição do Gilmar e devolver ao povo.

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Manifestantes espalham 594 bolas no gramado em frente ao Congresso

Cruzes nas bolas simbolizam mortes por falta de saúde e segurança.
Grupo pretende chutar bolas às 17h em direção ao prédio do Congresso.


Membros da ONG Rio da Paz distribuíram 594 bolas de futebol no gramado em frente ao Congresso Nacional (Foto: Vianey Bentes / TV Globo)Membros da ONG Rio da Paz distribuíram 594 bolas de futebol no gramado em frente ao Congresso Nacional (Foto: Vianey Bentes / TV Globo)
Dez manifestantes da ONG Rio da Paz colocaram, na manhã desta quarta-feira (26), 594 bolas de futebol no gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Segundo eles, as bolas representam cada um dos deputados e senadores e o objetivo do protesto é dizer aos parlamentares que “a bola está com eles”. Às 17h, o grupo pretende chutar as bolas  em direção ao Congresso para pedir atenção às recentes manifestações no país.

"Estamos passando a bola para o Congresso", disse Antônio Carlos Costa, um dos integrantes do movimento. "Para eles fazerem o gol."

Com tinta vermelha, membros da organização pintaram cruzes vermelhas nas bolas para representar as mortes por falta de segurança e saúde no país.

Costa afirma que a rejeição da PEC 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público ocorrida na noite desta terça-feira (24) na Câmara dos Deputados tem relação direta com os protestos. "Porque fizeram isso ontem e não fizeram isso antes, mas somente após as manifestações?" diz.

"O Congresso está pressionado com as manifestações e está atendendo ao pedido das ruas", disse Costa. "Todos estão com medo das ruas."

PEC 37
A Câmara dos Deputados derrubou por 430 votos a nove (e duas abstenções) a PEC que impedia o Ministério Público de promover investigações criminais por conta própria.

O texto da chamada PEC 37 (entenda) previa competência exclusiva da polícia nessas apurações. Com a decisão da Câmara, a proposta será arquivada.

Pela proposta de alteração na carta constitucional, promotores e procuradores não poderiam mais executar diligências e investigações próprias – apenas solicitar ações no curso do inquérito policial e supervisionar a atuação da polícia. A rejeição da proposta era uma das reivindicações dos protestos de rua que se espalharam em todo o país.

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Joaquim Barbosa defende reforma política que reduza peso de partidos

Presidente do STF disse que Brasil vive 'crise de representação política'.
Ele afirmou que país quer participar e não quer mais 'conchavo' de cúpulas.

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou nesta terça-feira (25) que o país precisa de uma reforma política que diminua a influência dos partidos na escolha dos candidatos e que aumente a participação popular. Segundo ele, a população não quer mais decisões tomadas por meio de "conchavos".

Durante entrevista coletiva no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do qual Barbosa também é presidente, ele relatou temas da conversa que manteve nesta terça com a presidente Dilma Rousseff durante audiência no Palácio do Planalto. Segundo Barbosa, os dois falaram sobre as manifestações de protesto que se espalharam pelo país.

"Eu disse que há sentimento difuso na sociedade brasileira e eu, como cidadão, penso assim, [que] há vontade do povo brasileiro, principalmente os mais esclarecidos, de diminuir ou mitigar o peso – volto a dizer, diminuir ou mitigar e não suprimir –, o peso dos partidos políticos sobre a vida política do país. Essa parece ser uma questão chave em tudo que vem ocorrendo no Brasil."

Barbosa ressalvou que não defendeu a "supressão" dos partidos, mas disse ser pessoalmente favorável a candidaturas avulsas, não atreladas a siglas partidárias.

"Por que não? Já que a nossa democracia peca pela falta de identificação entre eleito e eleitor, por que não permitir que o povo escolha diretamente em quem votar? Por que uma intermediação por partidos políticos desgastados, totalmente sem credibilidade? Existem algumas democracias que permitem o voto avulso, com sucesso", disse o presidente do STF.

"A sociedade brasileira está ansiosa de se ver livre desses grilhões partidários que pesam sobre o seu ombro. E isso é muito salutar", declarou Joaquim Barbosa.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de plebiscito para uma decisão sobre a reforma política, ele disse que é preciso ampliar a participação popular.

"O que temos que ter é a consciência clara de que há necessidade no Brasil de incluir o povo nas discussões sobre reformas. O Brasil está cansado de reformas de cúpula. [...] Temos sim que trazer o povo para a discussão e não continuarmos com essa tradição de conchavos de cúpula."

O presidente do STF disse que "se reservaria" a não responder sobre a necessidade de um processo constituinte para se fazer a reforma política, proposta apresentada nesta segunda em reunião com governadores e prefeitos pela presidente Dilma Rousseff.

Voto distrital, recall e suplentes
Joaquim Barbosa defendeu ainda o voto distrital, no qual as regiões são divididas em distritos, e os candidatos eleitos conforme os distritos que representam.

"Eu sou inteiramente favorável ao voto distrital, seja o voto distrital puro, em um turno, seja o voto distrital qualificado, ou seja, se faz um primeiro turno de votação e vão para o segundo turno apenas candidatos em cada distrito que obtiveram  um percentual, digamos, de 10%, 15%."

Para o presidente do STF, o sistema de representação política atual "mostra marcas profundas de esgotamento". Segundo ele, há uma "crise de representação política".

Outra sugestão apontada pelo magistrado é a possibilidade de "recall", ou seja, que o eleitor possa exigir que o mandato do político seja revogado se não corresponder às expectativas.

Ele classificou ainda a possibilidade de senadores suplentes assumirem a vaga dos titulares como uma "excrescência". "É uma excrescência injustificável. Temos percentual muito elevado de senadores que não foram eleitos. Pessoas que, de alguma forma, ingressaram na chapa da pessoa que era o candidato mais forte, e passado algum tempo, substituíram os titulares."

Mudanças na Constituição
Embora não tenha apoiado abertamente uma constituinte, que poderia ter poderes para reescrever a Constituição, o presidente do Supremo considerou que não se pode fazer uma reforma política sem mudar a lei maior do país. E acrescentou que Propostas de Emendas à Constituição (PEC) não têm se mostrado eficazes no debate no Congresso.

"Qualquer medida para alterar a sistemática na eleição exigirá mudança na Constituição. Portanto, está descartada mudança política eficaz por meio de lei ordinária. [...] O que indago é o seguinte: no momento de crise grave como o atual, a propositura de reformas via emenda constitucional seria viável? Essas propostas já não tramitam no Congresso Nacional há anos? Houve em algum momento demonstração de vontade política de levar adiante essas reformas?"

Candidatura à presidência e mensalão
Sobre a pesquisa do instituto Datafolha que o apontou como líder de intenção de votos entre manifestantes, o presidente do Supremo se disse "lisonjeado", mas negou intenção de concorrer.

"Me sinto extremamente lisonjeado. Apesar de não ser político, jamais ter relação política, é excelente para minha vida pessoal, meu histórico. Agora, sei muito bem que aquilo são manifestações espontâneas de uma certa ou de poucas camadas da população brasileira. [...] Eu não tenho a menor vontade de me lançar candidato à presidência da República. Tenho 41 anos de vida pública, acho que está bom."

Ao ser perguntado se o julgamento dos recursos do mensalão poderia ser impactado pelas manifestações populares, Joaquim Barbosa considerou que sim.

"Se os movimentos persistirem, vão interferir no sentido de buscar uma resposta rápida. Eu já tenho essa resposta há algum tempo", afirmou.

Barbosa defendeu penas duras aos 25 condenados no julgamento, afirmou não serem cabíveis os recursos que podem levar a novo julgamento. Ele levará os embargos de declaração, que podem reduzir penas, para julgamento do plenário em agosto.

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De 01/07/2013 Greve Geral o dia em que o Brasil vai parar.
GREVE GERAL: ‘Dia 01/07/2013 o Brasil vai parar’, dizem manifestantes
Convite para a paralisação em todo país é feito através do Facebook. Mais 900 mil pessoas já foram convocadas

O convite para deflagrar uma greve geral a partir do dia 1º de julho tem circulado nas redes sociais. Mais de 41 mil pessoas já confirmaram adesão à proposta. Tudo é feito através do facebook, o pedido é para que quem receba enviei para sua lista de contatos. Cerca de 900 mil usuários já receberam o convite.

Na página é exibida a seguinte mensagem: “Dia 01/07/2013 o Brasil vai parar. Vamos mostrar ao governo que quem faz um país é o povo, e não os políticos. Unidos podemos fazer esse país mudar. Ou o governo nos respeita, ou paramos de jogar”.



Foto: Reprodução/ Facebook

O movimento reivindica “auditoria no caixa do governo”, “melhoria no transporte público com um preço justo”, “melhoria na saúde e educação”, melhorias na condição de trabalho e salário para “lixeiros, professores, médicos, enfermeiros, bombeiros e policiais”, além de “liberdade de expressão” e “liberdade de imprensa”.

O texto ainda diz: “Estamos no limite, cuidado, somos Brasileiros”. Os participantes também são convocados à “pintar a cara e ir pras ruas”.
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Juristas questionam proposta de Constituinte para reforma política

Dilma sugeriu plebiscito para decidir sobre Constituinte exclusiva do tema.
Ministro do STF diz que reforma pode ser feita por emenda constitucional.

 Ministros e ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo G1 dizem que não há previsão legal para uma Assembleia Constituinte destinada a tratar exclusivamente da reforma política, como propõe a presidente Dilma Rousseff.

 

Na avaliação deles, se uma Constituinte é convocada, os integrantes têm liberdade para reformar toda a Constituição e não precisariam se restringir exclusivamente a um tema. Uma outra corrente de juristas defende que a reforma de uma parte da Constituição pode,sim, ser feita por uma Constituinte exclusiv
Neste caso, teria que ser aprovada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevendo a possibilidade. 

A proposta de um plebiscito sobre um processo constituinte específico para a reforma política foi apresentada nesta segunda-feira (27) pela presidente no discurso de abertura da reunião com os 27 governadores e os 26 prefeitos de capitais realizada no Palácio do Planalto. A convocação da reunião foi uma resposta às manifestações de protesto que desde a semana passada reúnem milhares nas ruas das principais cidades.

Na Constituição não há previsão de convocação de Constituinte. Para a formatação da Constituição de 1988, após a ditadura militar, os próprios deputados e senadores eleitos em 1986 tiveram o papel de elaborar a Carta Magna entre 1987 e 1988 e depois puderam cumprir o restante dos mandatos.

Há dúvida se ao definir os critérios do plebiscito, o Congresso poderia estipular as regras para a convocação da Constituinte, ou se primeiro teria que aprovar uma PEC para depois discutir o plebiscito.

A Constituição prevê como competência exclusiva do Congresso aprovar a convocação de plebiscitos, que devem ter temas de relevância nacional ou tratar de formação de estados.

Segundo alguns juristas ouvidos pelo G1, não há nenhuma restrição para que um plebiscito convoque uma Assembleia Constituinte.

Mas também, segundo eles, não há como delimitar um tema para uma nova Constituição porque os constituintes, como tais, teriam poder para deliberar sobre quaisquer assuntos.

Sem necessidade
O ministro Marco Aurélio Mello disse que uma nova Constituinte faria uma nova Constituição. Ele afirmou, porém, ver de forma positiva a ideia de reforma política proposta pela presidente Dilma.

"A ideia de uma Constituinte sugere um novo diploma, na totalidade. Agora, o que a presidente quis e é louvável a fala dela, foi escancarar a gravidade da situação e apontar que o Congresso está devendo à sociedade. Mas precisamos é observar um pouco mais a nossa ordem jurídica.
 Não precisamos de uma nova Constituição em si, precisamos reformar os pontos necessários", disse Marco Aurélio Mello.

Para o ministro, o plebiscito "é sempre possível porque vem do povo". "Talvez seja necessário o povo se pronunciar. Tecnicamente, não há necessidade de convocar Constituinte, mas [fazer a mudança] por emenda."

Proposta 'preocupante'
Para o ministro aposentado Carlos Ayres Britto, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, qualquer convocação de Constituinte seria feita à margem da Constituição.

"O Congresso não tem poderes constitucionais para convocar uma assembleia constituinte porque nenhuma Constituição tem vocação suicida. Nenhuma Constituição convoca o coveiro de si mesmo. Qualquer um que convoque a Constituinte vai fazer à margem da Constituição", declarou.

Segundo ele, não há possibilidade de delimitar tema para uma Constituinte. "Toda Constituinte é uma ruptura com a Constituição em vigor por definição porque nenhuma Constituição dispõe de Assembleia Constituinte. Toda convocação de Assembleia Constituinte implica atuar no plano dos fatos, não no plano do direito. É a insubmissão à Constituição."

Britto diz ainda que é "preocupante" a proposta de Dilma porque a população, por meio de plebiscito, não poderia deliberar sobre um tema que não é de competência do Congresso, a convocação de uma Assembleia Constituinte. "Não se pense que o povo pode ir além em plebiscito do que o Congresso pode por lei. O povo só pode decidir sobre aquilo que o Congresso pode legalmente", declarou.

'É um despropósito'
Na avaliação do ministro aposentado Carlos Velloso, não há necessidade de convocar plebiscito. "A reforma política poderia ser feita sem necessidade de convocar plebiscito. Isso é caro, vai demorar. Pode ser feito por  meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ou projeto de lei."

Segundo ele, não há possibilidade de que uma Constituinte seja específica. "Isso não passa, na verdade, de uma proposta para distrair a opinião pública. Não é plausível. [...] Uma Constituinte é convocada para mudar uma Constituição inteira. Isso é um despropósito. Não se tem Constituinte pela metade, não se tem poder constituinte originário só em alguns pontos. Mas não precisamos disso. Temos uma boa Constituição, democrática, que só precisa ser alterada em alguns pontos."

Voz dissonante
Ao Jornal Nacional, o constitucionalista Ives Gandra Martins afirmou que uma Constituinte exclusiva para um tema, como a reforma política, é possível, mas também é preciso a apresentação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que teria de ser aprovada em duas votações em cada uma das casas do Congresso (Câmara e Senado), com maioria de três quintos.

Segundo Ives Gandra, essa PEC teria que convocar um plebiscito e, por meio dele, a população aprovaria ou não a formação de uma Constituinte específica para tratar da reforma política.

Futuro ministro
Em entrevista disponível na internet de 2011 sobre o tema para o site jurídico Migalhas, o futuro ministro Luís Roberto Barroso, que tomará posse nesta quarta-feira (26), disse que não considera possível uma constituinte parcial.

"A ideia de Poder Constituinte é de um poder soberano, um poder que não deve o seu fundamento de legitimidade a nenhum poder que não a si próprio e à soberania popular que o impulsionou. De modo que ninguém pode convocar um Poder Constituinte e estabelecer previamente qual é a agenda desse Poder Constituinte. O Poder Constituinte não tem agenda pré-fixada", afirmou Barroso na ocasião.

Segundo ele, não haveria necessidade de Constituinte para a reforma política.

"A verdade é que não há necessidade, porque você precisaria de um Poder Constituinte originário se houvesse na própria Constituição uma coisa que impedisse a reforma política de que o país precisa. Não há absolutamente nada. A Constituição tem como cláusulas pétreas a separação de poderes e a federação. Acho que ninguém quer derrotar isso. [...] Eu não vi nenhuma ideia posta no debate sobre reforma política que não possa ser concretizada com a Constituição que nós temos ou, no máximo, com uma emenda à Constituição."

(Atualização: em entrevista na terça (25), Luís Roberto Barroso disse que o Congresso poderia criar um órgão constituinte com a finalidade específica para fazer a reforma política, em vez de convocar uma Assembleia Nacional Constituinte Originária, que teria poderes para modificar a Constituição como um todo.)

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Aécio sugere votação de PEC e referendo para reforma política

Presidente do PSDB disse que vê 'fato positivo' na iniciativa do governo.
Ele diz, no entanto, reforma deve ter participação de Congresso e oposição.

 

Felipe Néri e Renan Ramalho  Brasília
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) em entrevista à imprensa nesta terça (25) entrevista (Foto: Jane de Araújo/Agência Senado) 
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) em entrevista
à imprensa nesta terça (25) entrevista
(Foto: Jane de Araújo/Agência Senado)
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu nesta quinta-feira (25) um modo diferente do proposto pela presidente Dilma Rousseff para aprovar uma reforma política no país. Em vez de um "processo constituinte", como falou a presidente, o senador sugeriu a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição pelo próprio Executivo, que seria votada no Congresso para depois ser confirmada em referendo pela população.

Nesta segunda (24), ao reunir governadores e prefeitos, Dilma propôs um "um debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política". Nesta terça, o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, disse que a presidente passou a trabalhar com "outras alternativas" que não a convocação de uma Assembleia Constituinte para reformar o sistema político.

Em entrevista à imprensa, Aécio Neves disse ter "concordância absoluta" em torno da necessidade da reforma política, mas "uma discordância em relação ao procedimento".
"Cobraremos do governo federal sua proposta de reforma política, mas que venha através de uma emenda constitucional. Achamos que esse é o leito mais seguro, mais natural. Uma reforma que possa ser discutida pelo Congresso e, se aprovada, submetida a um referendo da população brasileira", disse o presidente do PSDB.

Ele ainda disse ver como "fato positivo" a iniciativa da presidente em conduzir a discussão sobre a reforma política, mas defendeu a participação do Congresso e mesmo da oposição para construir novas formas de escolher governantes e parlamentares.


 Quero dizer que quando se fala de pacto, se o pacto é real, efetivo, bem-intencionado, é fundamental que as oposições sejam convocadas para essa discussão. Não se faz um pacto efetivo no Brasil, em qualquer área, apenas ouvindo seus assessores mais próximos, que foi o que aconteceu até aqui", afirmou.
Após a declaração de Dilma nesta segunda, a Ordem dos Advogados do Brasil e vários juristas criticaram a formação de uma Assembleia Constituinte para alteração do texto constitucional. O entendimento é que a Assembleia poderia fazer mudanças na Constituição que fossem além da reforma política.

Após as críticas, nesta terça, o governo negou que tivesse proposto a formação de uma Assembleia, apenas ressaltou a proposta de convocar plebiscito, proposto e aprovado pelo Congresso, para autorizar um "processo constituinte", sem definir como isso funcionaria.

Na entrevista à imprensa, Aécio disse que quer "compreender melhor" o que propõe a presidente, mas criticou a falta de definição clara.

"O que vejo, na verdade, hoje, lamentavelmente, é um governo nas cordas, um governo sem estratégia, um governo sem a generosidade de ouvir todos os segmentos da sociedade, repito, inclusive a oposição", completou o senador.

Em outros trechos da entrevista, o presidente do PSDB reiterou a defesa de algumas mudanças no sistema político historicamente defendidas pelo partido, como o voto distrital misto, o fim das coligações proporcionais e o parlamentarismo.

Ao final da entrevista, fez uma provocação, dizendo que, se o Brasil adotasse esse sistema de governo, a atual administração já teria caído. "Aliás, uma crise desta dimensão se estivéssemos num regime parlamentarista, caía o gabinete inteiro e tínhamos aí outro governo já no Brasil", disse.


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"Será possível atender as necessidades que a população espera com uma campanha política em andamento? 
O Congresso e o Governo Federal conseguirão conciliar as Reformas com os compromissos feitos na última campanha política?"(luch)

Marina diz que propôs Constituinte para reforma política em 2010

Ex-senadora afirmou a emissora de rádio que fez proposta na campanha.
Para ela, momento atual é de 'quebrar monopólio dos partidos'.

Um dia após a presidente Dilma Rousseff propor um plebiscito para decidir sobre a criação de uma Assembleia Constituinte para elaborar a reforma política, a ex-senadora Marina Silva afirmou que também já havia sugerido uma Constituinte sobre o tema, quando fazia campanha presidencial em 2010.

"Na campanha de 2010 eu falava que era preciso uma convocação de uma Constituinte exclusiva para as reformas. Era isso que eu dizia. Alguns juristas me questionaram e eu dizia que se tiver respaldo jurídico , se tiver respaldo constitucional, a única forma de nessa crise política, nessa crise de representação é uma Constituinte exclusiva [...] Obviamente que não iria usar de dois pesos e duas medidas agora, só porque ela [Dilma] também propôs essa ideia. A reforma política é importante e necessária", afirmou Marina em entrevista na manhã desta terça (25) à Rádio CBN.

 A ex-senadora e atual líder da sigla em formação Rede Sustentabilidade disse na entrevista também que a reforma política "já deveria ter sido feita" no Brasil e que agora, depois da onda de manifestações pelo país a reforma tem mais "chão" para ser realizada. No entanto, disse que a reforma não deveria ser feita no sentido de dar "mais monopólio" para os partidos na política.

"Ela [a reforma] tem mais chão para fazer e para fazer de forma atualizada. Fazer no sentido de que é mais verticalização para os partidos, mais monopólio para os partidos em função da política, para que eles tenham cada vez mais o monopólio da política é não ter entendido nada do que está surgindo no mundo e no Brasil", disse.

"A ideia das candidaturas avulsas, independentes, é a melhor forma de termos a articulação dessas pessoas que legitimamente querem participar da política, mas não se sentem reconhecidas dentro dos partidos que têm o monopólio da política", concluiu.

Outras propostas
Em 2006, em campanha pela sua reeleição, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva falou sobre a reforma política em entrevista ao jornal "SBT Brasil" e disse entender que o Congresso Nacional não aprovaria uma reforma  sem considerar os interesses dos próprios parlamentares.

"Eu estou convencido que nós precisamos começar a discutir a reforma política assim que terminar a eleição. E se houver a possibilidade de a sociedade reivindicar uma Constituinte, com parlamentares eleitos exclusivamente para isto, ao presidente da República, pode ficar certo que encaminharei ao Congresso", disse o então presidente.

Em pesquisa ao site da Câmara, é possível localizar quatro propostas para convocação de uma Assembleia Constituinte para discutir reforma política. Duas estão arquivadas, uma está pronta para votação em plenário e outra foi proposta no dia 7 de junho deste mês pelo deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB) – coincidentemente, um dia após a primeira manifestação, articulada pelo Movimento Passe Livre em São Paulo.

No projeto mais recente, Gadelha afirma que a Constituinte seria "dedicada, exclusivamente, à revisão dos dispositivos constitucionais que tratam das regras de representação política". O texto ainda não tem relator designado e deve passar primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Gadelha cria a possibilidade de formar uma Constituinte específica para a reforma política com 256 integrantes eleitos pela população. A eleição ocorreria no dia da primeira eleição geral subsequente à promulgação da emenda.

O texto prevê que não sejam alteradas as cláusulas pétreas (que não podem ser mudadas), como o voto secreto e o princípio da separação de poderes.

Gadelha disse ao G1 que pensou na proposta diante da dificuldade da aprovação de uma reforma política. "Fiz isso sem imaginar que pudesse ganhar projeção e entrar na ordem do dia. O que me fez pensar foi a percepão de que se deixássemos como está dificilmente teríamos mudanças. [...] Para ter 308 votos favoráveis à PEC é dificuldade muito grande porque afeta a capacidade de reeleição. E como todos defendem a reforma percebi que a gente precisava fazer algo para sair do papel, chamar uma Constituinte."

O projeto prevê que os constituintes não participem da eleição pelos próximos oito anos depois do texto. A proposta de Gadelha prevê, porém, que haja referendo popular após a aprovação da PEC. Ele disse que pode alterar o projeto para que haja plebiscito antes.

"Eu pretendo conversar com André Moura, líder do partido, para ele apresentar a proposta na reunião de líderes e darmos prioridade. [...] É importante nesse momento em que se cobram ações mais diretas e concretas. Traz o que tem de mais legítimo. Vamos ver se consigo atenção do Congresso", disse Gadelha.

Há ainda uma PEC de 2009 semelhante proposta pelo ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) e outra proposta de decreto legislativo de 1997 de autoria do então presidente da Câmara Aécio Neves (PSDB-MG) e uma PEC de 1997 de Miro Teixeira (PDT-RJ).

Aécio, apesar de ter proposto um plebiscito para Constituinte, criticou nesta segunda a ação da presidente.
“Acho que as reformas eleitorais necessárias poderiam, como já ocorreu no passado, serem aqui votadas rápida e celeremente pelo Congresso Nacional, se houvesse o real empenho do governo federal”, ressaltou Aécio nesta segunda.


O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por: http://g1.globo.com


 

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