Depois de atingir
500 mil apoios no início de junho, a Rede Sustentabilidade, sigla que a
ex-senadora Marina Silva tenta criar havia determinado 7 de julho como
prazo para chegar às 800 mil assinaturas. Para que a criação da Rede
seja oficializada pela Justiça Eleitora, são necessárias 495 mil
assinaturas validadas por cartórios. Como parte das fichas entregues
acabam invalidadas por problemas em informações fornecidas ou por
assinaturas que não correspondem à do título eleitoral, por exemplo, o
grupo estabeleceu a meta.
Segundo números atualizados até ontem, no entanto, a coleta atingiu “apenas” 706 mil apoios.
O partido aguarda o
envio pelo correio de assinaturas de cidades que não têm postos, além
da contabilização de fichas dos últimos dias, na expectativa que o
número aumente.
Para que Marina entre na disputa à Presidência no ano que vem, o partido precisa ser formalizado até outubro.
Segundo pesquisa
Datafolha, a ex-senadora foi a maior beneficiada pela onda de protestos
entre os candidatos. No cenário hoje mais provável, com candidaturas de
Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Dilma Rousseff (PT), ela
disputaria o segundo turno com a petista.
Marina Silva já está à frente de Dilma no Sudeste e entre jovens
Eleitores do Nordeste, mais velhos, menos instruídos, pobres e do interior sustentam Dilma Rousseff
No blog de Fernando Rodrigues
Quando se faz um recorte na taxa de intenção de voto de Dilma Rousseff para presidente (29% a 30%, segundo o Datafolha),
nota-se que a presidente se sustenta com base em eleitores do Nordeste,
mais velhos, menos instruídos e os que vivem no interior.
O cenário ainda mais provável para a sucessão de 2014 inclui Dilma,
Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Eles
pontuam 30%, 23%, 17% e 7%, respectivamente.
Mas veja o que acontece com os 30% Dilma Rousseff quando se estratifica o resultado:
- Região: a presidente tem 45% no Nordeste contra apenas 22% no Sudeste, 27% no Sul e 28% no Norte/Centro-Oeste;
- Natureza do município: Dilma tem 24% em capitais e regiões metropolitanas e 34% em cidades do interior;
- Idade: a petista tem 33% entre os eleitores de 60 anos ou mais e 27% na faixa de 16 a 24 anos; - Escolaridade: Dilma tem 38% dos votos dos eleitores com ensino fundamental, mas só 19% daqueles que têm curso superior;
- Renda familiar mensal: a presidente recebe o apoio de 36% da faixa até 2 salários mínimos e 19% no grupo que ganha mais de 10 salários mínimos.
O que tudo isso significa? Que o voto de Dilma Rousseff é bem menos
homogêneo do que foi em levantamentos passados. E que os apoios estão no
estrato do eleitorado que até hoje mais se beneficiou das políticas
sociais petistas.
Nesse cenário (a petista contra Marina, Aécio e Campos), Dilma Rousseff já perde numericamente para Marina Silva no Sudeste (24% a 22%) e no Norte/Centro-Oeste (30% a 28%).
A diferença percentual nesses casos está dentro da margem de erro, mas
ainda assim é um sinal inédito para a presidente no atual ciclo
eleitoral.
Entre os jovens de 16 a 24 anos, Marina Silva tem 31% contra 27% de Dilma.
No caso dos eleitores com nível superior, a diferença é grande: Marina vaia 33% contra apenas 19% de Dilma.
O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por : http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/
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Alerta - Artigo de senadores defendem, desde a semana passada, uma Constituinte Exclusiva.
24 Junho 2013
Acessos: 849
Vale a Pena Ler
Em artigo, os senadoresCristovam
Buarque, Jarbas Vasconcelos, Aloysio Nunes, Pedro Simon, Pedro Taques e
Randolfe Rodrigues defendem, desde a semana passada, uma Constituinte
Exclusiva agora anunciada pela presidenta Dilma Rousseff.
Alerta
Nos
últimos meses têm aparecido sinais de riscos ameaçando às instituições
democráticas. A democracia ainda não está ameaçada, mas instituições
cambaleantes podem ameaçar seu futuro se não despertarmos.
A
aprovação da Medida Provisória dos Portos sem o Senado cumprir seu
papel de revisor transmitiu ao vivo para todo o País a idéia de que os
parlamentares votavam uma lei que não conheciam plenamente. O fato de
votar por imposição do Poder Executivo, colocando o Congresso de
joelhos, é prova da fragilidade das instituições. Da mesma forma é
desmoralizante o Congresso ter três mil vetos não votados e tentar
votá-los, todos, em 24 horas.
Intervenções
repetidas do sistema judiciário no processo parlamentar, seja por erros
do Congresso, seja por vazio legal de leis mal feitas que levam a
interpretações “ad hoc” dadas pelos STF ou STE, ou por provocações
originadas por parlamentares até mesmo para impedir o debate de um
projeto de lei são provas da fragilidade das instituições democráticas;
como também são as tentativas do Legislativo de criar restrições à
liberdade de imprensa, ao pleno funcionamento de novos partidos e ao funcionamento do Ministério Público e até mesmo do Supremo Tribunal Federal.
O
uso de recursos públicos ou privados do tipo mensalão ou a liberação de
emendas para conseguir apoio de parlamentares a favor de propostas do
governo submetem e desmoralizam o Congresso e, em conseqüência, as
instituições democráticas.
Igualmente
prova de degradação das instituições é a falta de nitidez nos contornos
ideológicos e nos propósitos dos partidos, o que abre à possibilidade
de alianças espúrias e até desavergonhadas, incompatíveis com uma
democracia sólida. Ainda mais grave, o governo federal usa força
avassaladora, algumas vezes chantageando os dependentes de verba
publica, para submeter governos estaduais e municipais à vontade do
Governo Federal. Prova dessa tutela é como governadores, prefeitos e
ministros se afastam de candidatos à Presidência da Republica de seus
próprios partidos para não enfrentar o governo federal.
O
uso de publicidade governamental com recursos públicos para promover os
partidos e o governo no poder, criando uma dependência de setores da
mídia aos recursos e à vontade dos governos, reduz a plena liberdade de
imprensa, fragilizando as instituições.
Até mesmo projetos de nítido interesse social, como as transferências de renda
para camadas pobres, comprometem as instituições ao serem usadas sem
condicionantes e sem contrapartidas, parecendo um favor governamental,
destruindo a impessoalidade necessária ao bom funcionamento da
democracia.
É
preocupante também a maneira como as entidades da sociedade civil, ONGs
e sindicatos, de empresários e trabalhadores, são cooptadas ou mesmo
corrompidas pelos governos.
Estes
indicadores são suficientes para alertar os parlamentares e a opinião
pública. A democracia ainda não está ameaçada, mas é necessário
defendê-la antecipando-se aos riscos que sofrem suas frágeis
instituições.
*Por Cristovam Buarque, Jarbas Vasconcelos, Aloysio Nunes, Pedro Simon, Pedro Taques, Randolfe Rodrigues, Senadores.
O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por :http://cristovam.org.br/portal3/index.php?option=com_content&view=article&id=5428:alerta-artigo-de-senadores-defendem-desde-a-semana-passada-uma-constituinte-exclusiva&catid=170:super-manchete&Itemid=100003
Protestos mostram descompasso entre ‘sociedade 3.0’ e ‘governo 1.0’
Bruno Garcez
Da BBC Brasil em Londres
Redes sociais revelaram descompasso entre governo e aspirações sociais, diz Lemos
O papel das redes sociais na
articulação dos protestos de rua ─ na promoção de diferentes temas da
agenda das manifestações e no ato de convocar os jovens ─ mostrou que o
Brasil conta com "uma sociedade 3.0, mas com um governo 1.0". Essa é a
opinião de Ronaldo Lemos, representante do MIT Media Lab e coordenador
do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas.
Em entrevista à BBC Brasil, o escritor e
acadêmico afirmou que os protestos populares mostaram que "as demandas
que surgem na internet são legítimas, que elas deveriam influenciar o
Congresso e o Executivo da mesma forma que a mídia exerce influência
sobre pautas de políticas públicas".
Mas os protestos e a indiferença das autoridades em relação às redes
sociais, comenta, também mostraram um grande descompasso entre as
demandas da sociedade brasileira e as respostas das autoridades
brasileiras.
"O momento atual oferece uma oportunidade muito
grande para o governo entrar nesse diálogo, mas governo e sociedade
estão divorciados nesse momento."
Leia a seguir a entrevista.
BBC Brasil - Durante a Primavera Árabe,
países como o Egito chegaram a bloquear o acesso à internet, o que
dificultou a mobilização de manifestantes. Mas, no Brasil, a internet é
livre, e as redes sociais tiveram um papel importante na convocação de
protestos. O movimento no Brasil teria sido mais resultado das redes
sociais do que a Primavera Árabe?
Ronaldo Lemos - As redes
sociais tiveram um papel importante em todos esses movimentos. No
Brasil, ficou claríssimo que a internet virou o fórum de discussão sobre
o que está acontecendo. Não só isso. Ela é o fórum de articulação dos
encontros e das manifestações que estão ocorrendo. Ela está cumprindo
uma expectativa que já existia há algum tempo, de ser um canal onde as
pessoas procuram manifestar frustrações que elas não conseguem há anos
expressar na esfera política, expressar uma vontade de participar na
esfera pública que o sistema político há anos deixou de conseguir
canalizar. Isso é o mais importante que está acontecendo.
BBC Brasil - Foi graças às redes sociais que essas manifestações passaram do mundo virtual para o mundo real?
RL - Exatamente. Esse modelo de
manifestação circula como se fosse um meme (como são conhecidos os
links, imagens, vídeos ou hashtags que se tornam virais ao serem
amplamente compartilhados nas redes sociais). Meme é a peça de
informação que circula um pouco por imitação (...), é uma forma de
comunicação por excelência da rede. Agora, a influência (das
manifestações) veio da Turquia, e antes, o que aconteceu, da Espanha. No
Brasil, essas foram influências muito importantes na ideia desse modelo
de como se manifestar, de como ir para as ruas. Ele acabou sendo muito
importante para o que está acontecendo agora. O estopim veio do
Movimento Passe Livre, até porque, a meu ver, a agenda do transporte
público materializa toda a questão da falta de gestão pública, a vontade
de ocupar a cidade, a possibilidade de se deslocar de uma ponta a outra
sem o sacrifício de tempo ou de dinheiro. Esse movimento foi percebido
como uma síntese de todas as coisas que o país vive, de todas as crises
de governabilidade que o país vive, e aí escalonou para uma dimensão
maior, justamente graças ao debate que começou nas redes sociais.
BBC Brasil - No começo, muitos expressavam entusiasmo e
vontade de ir para as ruas. Mas, mais recentemente, surgiu o receio de
que o movimento poderia estar perdendo o rumo, pregando o autoritarismo
ou enveredando pela violência. O fato de as redes sociais serem uma
Torre de Babel em que cada um prega uma mensagem não pode contribuir
para uma tensão?
RL - Contribui, sim. Caminhei
pela Presidente Vargas (avenida no Centro do Rio que foi palco de
manifestações na semana passada). As manifestações, que começaram na
segunda-feira, tinham uma agenda clara ou ao menos uma agenda principal,
que era o transporte urbano. Depois dessa manifestação, essa agenda foi
bem-sucedida e conseguiu baixar as tarifas em várias cidades do Brasil,
mas não conseguiu promover uma discussão maior sobre a reorganização
mais abrangente do transporte público. Mas ao menos conseguiu cumprir o
resultado de curto prazo. É um momento em que existe muita energia no
Brasil, uma energia de mudança. Mas, depois do transporte público, ainda
não surgiu uma plataforma de destaque entre as outras plataformas
difusas. Nenhuma entrou em primeiro plano. Surge uma frustração por
haver tanta energia, mas sem o surgimento de uma agenda.
BBC Brasil - Falando em frustração,
existe o risco de as redes sociais passarem de uma posição de
protagonismo e vetor para um instrumento inócuo quando o movimento fica
difuso demais?
RL - Eu acho que não. As redes
sociais se tornaram o principal fórum para esse debate. As pessoas que
participaram das manifestações ligam a TV e veem os mesmos comentaristas
falando sobre o que aconteceu. Daí, vão para a internet e passam três,
quatro horas checando o que seus amigos estão falando sobre a mesma
questão no Twitter e no Facebook. As pessoas agora estão se dedicando a
discutir e a analisar o que está acontecendo. Há um momento de reflexão.
As pessoas estão fazendo um balanço sobre quais os limites e quais as
garantias democráticas que não podem ser abaladas. Há uma busca por
outras agendas que podem se tornar centrais. As pessoas estão buscando
novas agendas que podem gerar consenso. Não acho que o papel das redes
sociais se enfraquece. Pelo contrário. Hoje está havendo um debate sobre
o que aconteceu e quais os próximos passos.
Lemos acredita que governo precisa participar do debate que está vindo à tona nas redes sociais
BBC Brasil - Os governantes não souberam interpretar os sinais de insatisfação que já se percebiam nas redes sociais?
RL - Existe desde sempre um
temor sobre o papel das redes sociais no Brasil. Um elemento objetivo
desse temor é que a lei sempre tem sido extremamente restritiva no que
diz respeito ao uso da internet e das redes sociais na campanha
eleitoral. Até meados da década passada, o uso da internet na campanha
eleitoral era praticamente proibido. Tudo que acontecesse fora do site
do candidato era considerado pela lei eleitoral como propaganda
irregular. Quando você olha a lei, dá para enxergar o temor que a rede
gera na esfera pública. Demorou anos para que a rede ganhasse a
liberdade necessária. O que aconteceu foi um descompasso cada vez maior
entre a agenda governamental e as demandas de diversos setores da
sociedade, que estavam difusos, não tinham identidade ideológica clara,
mas vinham sentindo uma insatisfação crescente. Tudo isso agora estourou
com a questão do transporte público e com a Copa das Confederações e a
sensação de que o governo investiu demais em coisas não-essenciais. O
sentimento que o governo ficou preso demais em barganhas internas, nesse
toma lá dá cá entre Executivo e Congresso para aprovar qualquer coisa. E
as agendas brasileiras ficaram totralmente paradas. E a sociedade
brasileira ficou profundamente incomodada com isso. As pessoas estão
cansadas do "mais do mesmo" e querem agendas maiores e mais
significativas para o país. E isso está sendo extravasado para as redes
sociais.
BBC Brasil - Consta que dentro do
governo se comentou que houve uma falha da Abin (a Agência Brasileira de
Inteligência) pela não-antecipação dos protestos, e que, para saber de
antemão que manifestações aconteceriam, bastaria ter acompanhado a
movimentação no Facebook e no Twitter. Não seria esse um sinal de que o
mundo é "digital", mas o governo ainda é "analógico"?
RL - A rede gerou um outro canal de expressão
democrática, onde se expressam demandas, visões, agendas para o país. O
problema é que o canal está lá, mas é totalmente ignorado pelo sistema
político. O poder público age como se essas demandas que surgem na
internet não fazem parte da agenda, mas as demandas extravasadas pela
internet são demandas reais, fundamentadas no descontetamento de
cidadãos. O poder público age como se a internet fosse um mundo à parte,
que só o que aparece na mídia (tradicional) é que tem relevândia. A
internet seria perfumaria, algo acessório. Mas as manifestações
mostraram o contrário, inclusive por cartazes com dizeres como ''Saímos
do Facebook". Os protestos mostraram que as agendas que estão na
internet são agendas legítimas, que deveriam influenciar o Congresso e o
Executivo, da mesma forma que a mídia exerce influência sobre pautas de
políticas públicas. Houve sim falha do governo em identificar essas
frustrações. O governo ainda é 1.0. A sociedade brasileira é 3.0. Era
2.0, mas depois das manifestações, ela subiu para 3.0 porque se misturou
a rua com a rede. E o recado que a gente está discutindo é que o que se
passa no online precisa ser levado a sério.
BBC Brasil - Qual deverá ser o papel das redes sociais daqui para frente à luz desse movimento?
RL - Está havendo uma megarreflexão, as pessoas
estão debatendo. Há uma grande produção de informações. Há um debate que
não tem como não ser construtivo, mas é muitas vezes doloroso. Muitos
estão preocupados - e é uma preocupação totalmente legítima - com a
energia que está nas ruas e com quais serão os próximos passos desse
movimento. Há uma grande oportunidade para o governo entrar nesse
diálogo. Mas governo e sociedade estão divorciados nesse momento. O
governo está vivendo num planeta e a sociedade, em outro. Do governo se
espera uma agenda positiva que incluiria desde a reforma política,
passando pela PEC 37, a lei partidária, até o marco civil da internet,
até para reforçar a proteção e a liberdade dos usuários. O Brasil vem
atravessando um regime de crescente vigilantismo na net, com resoluções
da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que não passam pelo
Congresso.
O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por:http://www.bbc.co.uk/portuguese
Legado de colaboração em protestos inspira novas empresas no Egito
Jonathan Kalan
A internet teve papel fundamental para manter os protestos no Egito
Das manifestações de protesto
como as que se tem visto no Brasil e em outros países, pode-se tirar
algumas lições importantes. A primeira delas é que o povo, aglutinado em
uma multidão, pode conseguir qualquer coisa que deseja. A segunda é que
é necessário haver redes de comunicação e colaboração capazes de
convocar, reunir e ativar essa multidão.
No Egito, os protestos que acabaram levando à
queda de um regime que se mantinha no poder há 30 anos, causaram também
um impacto menos aparente - acabaram se tornando o catalisador da
criação de um enorme número de novas empresas de tecnologia em todo o
país, as chamadas start-ups.
Agora, um grande número de jovens egípcios se dedica a reconstruir o país, não tijolo por tijolo, mas byte por byte.
Inspirados pelos princípios das manifestações de
rua que acabaram levando à revolução que destronou o governo, inúmeras
dessas novas empresas de informática se utilizam da noção de colaboração
mútua e poder da multidão que orientaram os protestos.
Chamadas de graça
Para uma destas start-ups, a ideia do negócio
nasceu entre os milhares de manifestantes que se comprimiam na Praça
Tahrir, no centro da cidade do Cairo, para protestar contra o governo do
então presidente, Hosni Mubarak.
A tecnologia Bluetooth permitiu a criação de uma rede independente na Praça Tahrir
"O governo tinha cortado a internet e todas as
redes de comunicação em todo o país," relembra Mohammad Omara, um
designer de chips semicondutores.
A ação do governo ameaçava a espinha dorsal do
movimento, à medida que tirava dos manifestantes a capacidade de
disseminar suas ideias rapidamente.
Omara conta que começou a pensar numa forma de manter as pessoas conectadas.
Sua conclusão foi apelar para a tecnologia
Bluetooth, disponível em praticamente todos os telefones celulares,
computadores e outros aparelhos que se comunicam remotamente a curta
distância.
"Com Bluetooth, eu posso conectar meu celular
com o seu, onde quer que você esteja, e imediatamente estabelecer uma
linha de comunicação" diz ele.
O desafio de usar Bluetooth para conectar a
multidão era imenso. O alcance é limitado a apenas uns 20 metros - e é
idealizado para conectar apenas dois aparelhos de cada vez. Ele
precisava encontrar um jeito de ao mesmo tempo cobrir toda a área da
Praça Tahrir e construir uma rede efetiva.
Dois anos após as manifestações, a empresa
criada por Omara oferece um aplicativo que ulitiza algorítimos
inteligentes e permite que dispositivos Bluetooth recebam e façam
ligações sem a necessidade de decodificá-las.
O aplicativo pode ser adquirido por US$5 (cerca de 11 reais) e fornece uma cobertura de até 300 metros quadrados.
Me liga: O novo aplicativo vai permitir que usuários façam ligações de graça de seus celulares
A empresa está desenvolvendo um aplicativo que
vai permitir que os usuários façam ligações de graça pela rede,
transformando os celulares numa espécie de walkie-talkie, conectando com
outros celulares num raio limitado.
E poderá também acabar com o problema de
sobrecarga enfrentado pelas operadoras de redes em situações de
superlotação que provocam um nível elevado de acessos simultâneos.
Cerca de 4% de todas as ligações de celulares são feitas por usuários
que estão geograficamente perto uns dos outros, como aconteceu na Praça
Tahrir, por exemplo, lembra Omara.
Mente aberta
A empresa de Omara é apenas um dos muitos
exemplos que mostram uma nova cultura empresarial criada no país quase
que como um subproduto das manifestações.
Ahmed Alfi, presidente da Sawari Ventures
acredita que "o talento tecnológico disponível no Egito agora conta
também com gente com mente aberta, capaz de criar um produto, e com um
mercado pronto para absorvê-lo". E isso, segundo ele, foi graças à
instauração dessa mentalidade de cooperação a partir das manifestações.
Criada por dois jovens de 22 anos,
recém-formados em Engenharia Eletrônica pela Univerisdade do Cairo, a
empresa Instabug é outra start-up que exemplifica esse espírito de
colaboração.
Os fundadores da Instabug, Omar Gabr (à esquerda) e Moataz Soliman
Observando que durante os protestos, os
manifestantes sacudiam seus celulares com raiva sempre que perdiam o
sinal de contato, eles resolveram desenvolver um programa para estimular
os usuários a comunicar às empresas criadoras de apps sempre que houver
um mal funcionamento do aplicativo.
"Basta sacudir o celular", diz Moataz Soliman,
um dos fundadores da empresa. Ele acredita que quando o usuário fica
irritado por não obter o que espera do aplicativo a primeira coisa que
faz é balançar o aparelho com raiva. "É uma reação natural!", diz ele.
Agitar o aparelho faz com que uma mensagem
escrita na tela pelo próprio usuário seja automaticamente enviada à
empresa indicando a ocorrência do mal funcionamento no programa
utilizado o que permite que os programadores comecem a corrigir o
aplicativo imeditamente.
O aplicativo permite que o usuário indique o erro escrevendo na própria tela do celular
"É muito difícil para as empresas obter esse tipo de informação, que é
muito valiosa", acrescenta Soliman. Ele diz que os usuários
dificilmente se sentem motivados a preencher formulários comunicando o
erro.
Participação coletiva
Mas o espírito de colaboração presente nas
start-ups egípcias vai além de conectar a massa de manifestantes e de
consertar erros de programação.
Para tentar combater a crescente disparidade
educacional existente no país, Mostafa Farahat, um dos fundadores da
start-up Nafham, quer construir a maior plataforma educacional em vídeo
online do mundo árabe.
"Temos 18 milhões de estudantes. Já estamos superlotados, mas em 2017 teremos um deficit de 700,000 cadeiras", diz Farahat.
Cada vez mais comum nos países ocidentais, os
cursos online ainda estão pouco disponíveis na língua árabe. Apenas 1%
do conteúdo existente se encontra disponível em árabe, um idioma usado
por mais de 300 milhões de pessoas.
A Nafham, que em árabe significa "nós
compreendemos", criou um modelo pioneiro chamado de ensino de massa, que
incentiva os estudantes a filmar e carregar na rede, eles próprios, as
lições em formato de vídeo.
"Não queremos que o aprendizado ocorra numa via
de mão única," diz Farahat. "Queremos estimular as pessoas a fazerem os
próprios vídeos."
Depois de avaliados, os vídeos passam a integrar o currículo da rede de ensino público do Egito.
A menina Lara Hossam, de 14 anos ,criou um vídeo para uma aula de geografia
Os alunos competem mensalmente por prêmios que
incluem computadores, tabletes, câmeras fotográficas e filmadoras
digitais, que por sua vez vão colaborar para melhorar a qualidade do
material que produzem.
Farahat acrescenta que a plataforma vai ajudar a
eliminar a necessidade dos pais de contratarem professores particulares
para seus filhos, o que atualmente representa um gasto anual de US$ 2
bilhões a US$ 3 bilhões às famílias egípcias.
Em apenas três meses, os estudantes já fizeram upload de mil vídeos no site.
Lara Hossam, de 14 anos, fez o upload de um
gráfico que explica as características demográficas do deserto egípcio,
para ser usado por quem tiver perdido a aula de geografia.
É essa mentalidade de participação coletiva e
colaboração que está por trás deste boom das start-ups no Egito, e que
tem se destacado mundialmente.
Agora, muitos jovens revolucionários egípcios
estão buscando forma~s de mudança para o país que vão além de
simplesmente tirar os políticos de sua confortável acomodação. Eles
querem também acabar com a "mesmice" no mundo dos negócios.
"Temos que pensar de modo diferente, encontrar soluções alternativas," acrescenta Farahat.
O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por: http://www.bbc.co.uk/portuguese
VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE A LUTA (A NOVA POLÍTICA)
O terremoto que teve seu epicentro nas ruas do Pais, no peso dos passos dos Brasileiros, fez muitos estragos em Brasília.
No entanto o tremor que atingiu o senado deixou claro quem esta lutando com os Brasileiros.
Alguns senadores desidiran fazer uma vigília e debaterão a situação do pais até as 24 Horas.(20)
Hoje(21) os mesmos senadores,"Rodrigo Rollemberg,Pedro Taques,Pedro Simon,Cristovam Buarque,Paulo Pain,Magno Malta,Ana Amélia"(talvez tenha esquecido de um ou dois)continuam de vigília.
Eles aguardam ansiosos o pronunciamento da Presidenta Dilma com uma proposta a altura das manifestações populares dos ultimas dias.
O Senador Cristovam Buaque agradeceu os manifestante por ter despertado os poderes e afirmou que "eles não deixarão as ruas se não forem atendidos. Que a maneira de fazer política esta velha e não cabe mais uma consulta popular de 4 em 4 anos mas sim de 4 em 4 minutos."
O Senador Cristovam Buarque disse que se a Presidenta Dilma não tomasse as providencias necessárias, o senado deveria a partir de terça feira "CONVOCAR UMA ASEMBLEIA CONSTITUINTE e fazer a REFORMA POLÍTICA.
Luis Carlos Heldt
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20/Junho/2013 As vozes das Ruas que Mudaram o BRASIL
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GREVE GERAL:
‘Dia 01/07/2013
o Brasil vai parar’, dizem manifestantes
Convite para a paralisação em todo país é feito através do Facebook. Mais 900 mil pessoas já foram convocadas
O convite para deflagrar uma greve geral a partir do dia 1º
de julho tem circulado nas redes sociais. Mais de 41 mil pessoas já
confirmaram adesão à proposta. Tudo é feito através do facebook, o
pedido é para que quem receba enviei para sua lista de contatos. Cerca
de 900 mil usuários já receberam o convite.
Na página é exibida a seguinte mensagem: “Dia 01/07/2013 o Brasil
vai parar. Vamos mostrar ao governo que quem faz um país é o povo, e não
os políticos. Unidos podemos fazer esse país mudar. Ou o governo nos
respeita, ou paramos de jogar”.
Foto: Reprodução/ Facebook
O movimento reivindica “auditoria no caixa do governo”, “melhoria
no transporte público com um preço justo”, “melhoria na saúde e
educação”, melhorias na condição de trabalho e salário para “lixeiros,
professores, médicos, enfermeiros, bombeiros e policiais”, além de
“liberdade de expressão” e “liberdade de imprensa”.
O texto ainda diz: “Estamos no limite, cuidado, somos Brasileiros”. Os participantes também são convocados à “pintar a cara e ir pras ruas”.
Um milhão esperado nas ruas de 80 cidades do Brasil
Para o protesto em São Paulo foram registradas mais de 150 mil
confirmações. Entretanto, Pelé foi criticado nas redes sociais por
ter defendido que os protestos no Brasil deviam ser "esquecidos"
Um milhão de pessoas, quatro vezes mais que o total das manifestações de segunda-feira em todo o país, deve
Este número refere-se apenas às pessoas que já tinham
confirmado presença nos protestos até ao início da noite desta
quarta-feira, através das redes sociais. Se todos os que confirmaram a
sua presença realmente forem para as ruas, o Rio de Janeiro deve ter uma
das maiores manifestações de protesto da sua história recente. Até
quarta-feira, mais de 230 mil utilizadores das redes sociais tinham
confirmado a sua participação no protesto de hoje.
Para
o protesto em São Paulo foram contabilizadas mais de 150 mil
confirmações. A manifestação está marcada para as 17h00 locais (21h00 em
Lisboa), na Avenida Paulista. Em Recife, capital do estado de
Pernambuco, são esperadas 97 mil pessoas e em Campinas, no interior do
estado de São Paulo, 67 mil.
Os
protestos desta quinta-feira, confirmados pelos seus organizadores mesmo
depois de várias cidades onde decorrerão terem reduzido o preço dos
bilhetes dos autocarros, reivindicação inicial dos manifestantes, vão
parar as capitais de 17 dos 27 estados brasileiros, incluindo a
cidade-estado de Brasília.
Na convocatória, os
organizadores, ligados a diversos movimentos sociais, pediam aos
manifestantes que não participassem em atos de vandalismo e que
tentassem evitar que outras pessoas os cometessem.
Também foram pedidas
sugestões de slogans para serem gritados naquela que se pretende que
venha a ser a maior jornada de protesto dos últimos anos no país.
PELÉ CRITICADO NAS REDES SOCIAIS
Entretanto, o
antigo futebolista Pelé está a ser alvo de muitas críticas nas redes
sociais depois de ter defendido, num programa televisivo, que os
protestos que estão a acontecer no Brasil deviam ser "esquecidos".
"Vamos esquecer toda esta comoção no Brasil, todos estes protestos, e
lembrarmo-nos que a seleção brasileira é o nosso país e nosso sangue",
disse Pelé.
O
apelo do ‘Rei do Futebol’ foi mal recebido pela população brasileira,
que já respondeu ao ex-jogador através das redes sociais, criticando as
suas palavras.
Um dos comentários que pode ser lido na página oficial do jogador no Facebook refere: “Você
não depende da saúde pública, não acorda cedo para enfrentar o ônibus e o metro lotados. Agora me diga meu querido, o que nós
brasileiros vamos ganhar se a seleção vencer essa copa? (…) Estão sendo
gastos bilhões nessa copa, dinheiro
que sai de nosso suado trabalho, dinheiro que poderia ser investido em
muita coisa para melhorar esse Brasil. Mas a única coisa que vocês
pensam é em melhorar as vossas vidas”,
“Pele, agora você marcou gol contra! Infelizmente, você está a ser um pau mandado da FIFA”, lê-se noutro comentário.
"Pelé
calado é um poeta", foi uma das críticas mais repetidas. Esta frase foi
proferida por Romário há já alguns anos, numa das suas polêmicas
precisamente com Pelé, com quem mantém uma rivalidade pessoal de longa
data.
Foram também criadas várias
‘hashtag’ -- uma hiperligação com o símbolo do cardinal (#) que serve
para criar e encontrar todos os comentários sobre um determinado tema
--, dedicadas a este tema. #Pelenaorepresentaopovobrasileiro e
#CalaABocaPelé são alguns desses links.
Os
protestos no Brasil continuam, principalmente junto aos estádios onde
se disputa a Taça das Confederações, e têm causado bastante impacto no
país, com a população a exigir melhores condições depois de o governo
ter anunciado o aumento do preço dos transportes públicos.
Lincoln Secco: Manifestantes serão enjaulados no discurso dos donos da Grande Imprensa?
publicado em 18 de junho de 2013 às 10:22
Virada Política
por Lincoln Secco, especial para o Viomundo
O Brasil mudou. Excetuadas as passeatas festivas ou marchas
evangélicas, desde a Campanha pelo impeachment em 1992 não havia
manifestações de rua com tantas pessoas simultaneamente em várias
cidades do país. É verdade que as atuais não se comparam em número,
finalidade e abrangência com as Diretas Já, que ainda continuam sendo o
maior movimento de massas da história do Brasil (embora ainda não
saibamos a amplitude que os protestos atuais poderão tomar). Mas elas
são o quarto movimento de politização em massa dos últimos trinta anos.
No primeiro deles, as greves do ABC em 1978-1980 permitiram a criação
do novo sindicalismo, do MST, do PT e da CUT. O PT questionou a
estrutura tradicional dos partidos comunistas e foi em seus primeiros
anos uma verdadeira federação de núcleos e movimentos com grande
autonomia em seu interior. As greves foram derrotadas, mas o PT
sobreviveu e cresceu.
O segundo momento foi uma Revolução Democrática que pôs fim ao
Governo Militar. O processo começou pela campanha das diretas, mas foi
filtrado pela lógica eleitoral que deu ao PMDB um papel proeminente na
vida política. A última tentativa de se opor àquela reação conservadora
do PMDB foi a campanha da Frente Brasil Popular em 1989. O saldo
organizativo foi a constituição do PT como alternativa eleitoral radical
de poder.
O terceiro momento (o Impeachment) devolveu à UNE seu papel de
liderança dos movimentos estudantis, mas as lideranças se contentaram
com a simples troca do presidente Collor pelo seu vice Itamar Franco, o
que acabaria permitindo ao seu Ministro da Fazenda Fernando Henrique
Cardoso se tornar depois presidente.
Vimos que nos três momentos houve saldos de organização, mas logo
encapsulados pelas forças conservadoras. Durante a década neoliberal dos
anos noventa houve um esvaziamento das ruas e o declínio da militância
partidária, como se pode constatar pela História do PT. Ainda assim,
aquele partido manteve o controle das principais organizações sindicais e
movimentos sociais surgidos nos anos 1980.
Quando o PT foi jogado no canto do ringue durante os escândalos de
2005 a Direita midiática esperava manifestações populares que nunca
aconteceram. Lula governou oito anos sem enfrentar uma situação como a
atual.
Mas agora a política mudou. Fatores internacionais (crise de 2008,
Primavera Árabe, movimento dos indignados), aliados a transformações
tecnológicas que permitem a ação em rede e a comunicação em tempo real
por telefones móveis também respondem pelas mudanças. Mas nada disso
aconteceria se o PT houvesse mantido sua hegemonia nos protestos de rua
como acontecia antes.
Burocratizado, governista, ele não demonstrou capacidade de se inovar
e voltar às ruas. Mantém uma estrutura invejável, um líder carismático e
o sólido controle de sindicatos e movimentos sociais, mas não são estes
que convocam as manifestações. E por mais que tentem, seus concorrentes
de extrema esquerda também não controlam nada.
Na Cidade de São Paulo a tomada espontânea das ruas em diferentes
pontos da cidade não se compara a nada antes ocorrido. As pessoas
simplesmente se apropriaram do que deveria ser delas: o leito
carroçável, o direito de se manifestar e de andar
à noite com os amigos em segurança. Afinal, não há melhor segurança do
que multidões nos espaços púbicos. O que elas fizeram ainda não tem
caráter de permanência, mas decerto a tarifa zero permitiria um pouco de
trabalho, diversão e arte todos os dias. A forma fez-me lembrar a
virada cultural paulistana. Só que agora se trata de uma virada
política.
A história nos ensina que cada movimento destes politiza de uma só
vez milhares de pessoas. Elas não aprendem com teorias, mas com ações.
Só que depois as teorizações, o aprendizado em coletivos permanentes é
que consolida o movimento. Daí a pergunta essencial que não se põe
agora, mas se colocará num futuro próximo: qual o saldo organizativo
destas manifestações?
Se elas terão influência eleitoral futura é o que menos importa. A
Direita Midiática já começou vasta operação para se apossar do movimento
de massas. Mas ela não terá sucesso porque nada tem a oferecer. As
pessoas sabem que ela não apóia nenhuma das reivindicações do Movimento
Passe Livre. Mas a vigilância do MPL deve ser redobrada e ele não pode
permitir que a massificação dos atos seja submergida na oposição oficial
partidária.
O PT também se vê pela primeira vez em sua história confrontado por
um movimento de massas. Por mais que militantes petistas e até políticos
estabelecidos apóiem, ainda que tarde, as manifestações, é inegável que
em São Paulo o aumento de tarifas de transporte determinado por
administração do partido foi o estopim do movimento. O PT não é mais o
dono das ruas, mas ninguém é.
Os partidos de ultra-esquerda cometeram o erro de nascer cedo demais
como rachas internos e sem o batismo que só agora as ruas poderiam
ter-lhe oferecido. O perigo é uma manifestação como a atual ter sua voz
(como já acontece) ser canalizada pela mídia conservadora que
rapidamente percebeu que podia virar o jogo para não perder mercado.
Que os partidos continuam importantes na rotina eleitoral e que haja
diferenças entre PT e PSDB pode não ser a crença de vários partidos de
esquerda, mas é a de milhões de beneficiários das políticas sociais, do
aumento do emprego e do salário mínimo que o PT implantou no Brasil.
O PT é melhor do que o PSDB evidentemente. Só que este partido não
pode contar mais com apoio militante que não seja profissionalizado.
Suas políticas sociais já dormem sob um cobertor curto que ao se puxar
para cobrir a cabeça, os pés ficam de fora. É que quando as pessoas
conquistam direitos, elas querem mais. Se a ousadia (ou mesmo o cálculo
eleitoral que, afinal de contas, tem sido a única coisa de interesse
para seus dirigentes) fizesse o PT defender a tarifa zero, ele criaria o
seu segundo bolsa família no Brasil.
Mas o futuro dessa geração nova que vai às ruas diz respeito a outra
coisa. Se os partidos saberão interpretar o seu desejo é problema deles.
O que o Movimento do Passe Livre apontou é uma questão maior: poderá a
autonomia das ruas se expressar em novas formas de organização ou será
enjaulada no discurso dos donos da Grande Imprensa? Lincoln Secco é professor de História Contemporânea na USP
Repórteres da Globo não usam cubo; JN noticia palavras de ordem
publicado em 17 de junho de 2013 às 21:20
dica do Gustavo Costa
O Jornal Nacional noticiou nesta segunda-feira que os manifestantes
gritaram palavras de ordem contra a TV Globo ao longo da marcha.
Eles se concentraram na ponte estaiada, sobre a marginal do rio
Pinheiros, frequentemente mostrada nos estúdios da Globo localizados nas
proximidades.
Aparentemente por precaução, repórteres da emissora não usaram o cubo
que identifica a TV quando estavam próximos dos manifestantes.
A transmissão ao vivo foi feita a partir de um helicóptero.
Aqui, o texto do mini editorial da Globo lido durante o Jornal Nacional:
“A TV Globo vem fazendo reportagens sobre as manifestações desde o
seu início, sem nada esconder: os excessos da polícia, as reivindicações
do Movimento do Passe Livre, o caráter pacífico dos protestos e, quando
houve, depredações e destruição de ônibus. É nossa obrigação e dela não
nos afastaremos. O direito de protestar e se manifestar pacificamente é
um direito dos cidadãos”. Clique aqui para ver.
Depois da cobertura distorcida do famoso debate entre Fernando Collor
e Lula, em 1989, o comentarista Alexandre Garcia também apareceu
fazendo elogios à cobertura da própria Globo.
Repórter de jornal que pregou repressão agora é musa dos globais
publicado em 17 de junho de 2013 às 15:03
A GLOBO RELANÇA A MODA CARA-PINTADA E EU FICO DE CARA COM ESSA PINTURA
por Lelê Teles
Jabor chamou os manifestantes de burgueses que não valem 20 centavos.
A Globo os chamou de vândalos. A Folha pediu em editorial que a polícia
descesse o cacete na moçada.
Agora, Arnaldo Jabor, que serve ao Instituto Millenium, uma
organização que conspira contra os governos progressistas no Brasil e na
América Latina, pede desculpas por ter sido mal educado com a
juventude; veja você. Você acha que isso saiu espontaneamente da boca do
humilde colunista ou de dentro de uma reunião com os patrões dele?
As revistonas, que antes criminalizavam os “vândalos” rebeldes sem
causa, agora colocam os garotos nas capas, como se fossem os
revisionistas de maio de 68.
E a Globo velha de guerra usa os seus atores mais galantes e jovens,
porque os feios e velhos não protestam e nem seduzem, e relança os
caras-pintadas.
E, veja você, a imagem símbolo do manifesto não é um trabalhador
espremido em pé dentro de um ônibus, ou um jovem da periferia sendo
agredido por um policial (algo banal); a imagem síntese, para a Rede
Globo, é a da repórter da Folha, que foi lá cobrir a violência que o seu
jornal incitou pra vender uma capa bonita.
Não duvido nada que essa semana assistamos a marcha de uns zumbis com
os olhos pintados. Meu medo é que os manifestantes virem, sem querer,
atores a serviço da mídia velha.
Já ocorreu antes.
(esses são os meus 20 centavos) Leia também: O editorial em que a Folha pediu a repressão dos “vândalos” ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Quando a Folha incitou Alckmin a bater no “grupelho”
publicado em 16 de junho de 2013 às 8:08
13/06/2013 – 03h30
Editorial: Retomar a Paulista da Folha de S. Paulo
Oito policiais militares e um número desconhecido de manifestantes
feridos, 87 ônibus danificados, R$ 100 mil de prejuízos em estações de
metrô e milhões de paulistanos reféns do trânsito. Eis o saldo do
terceiro protesto do Movimento Passe Livre (MPL), que se vangloria de
parar São Paulo — e chega perto demais de consegui-lo.
Sua reivindicação de reverter o aumento da tarifa de ônibus e metrô
de R$ 3 para R$ 3,20 — abaixo da inflação, é útil assinalar — não passa
de pretexto, e dos mais vis. São jovens predispostos à violência por uma
ideologia pseudorrevolucionária, que buscam tirar proveito da
compreensível irritação geral com o preço pago para viajar em ônibus e
trens superlotados.
Pior que isso, só o declarado objetivo central do grupelho:
transporte público de graça. O irrealismo da bandeira já trai a intenção
oculta de vandalizar equipamentos públicos e o que se toma por símbolos
do poder capitalista. O que vidraças de agências bancárias têm a ver
com ônibus?
Os poucos manifestantes que parecem ter algo na cabeça além de
capuzes justificam a violência como reação à suposta brutalidade da
polícia, que acusam de reprimir o direito constitucional de
manifestação.
Demonstram, com isso, a ignorância de um preceito básico do convívio
democrático: cabe ao poder público impor regras e limites ao exercício de direitos por grupos e pessoas quando há conflito entre prerrogativas.
O direito de manifestação é sagrado, mas não está acima da liberdade
de ir e vir — menos ainda quando o primeiro é reclamado por poucos
milhares de manifestantes e a segunda é negada a milhões.
Cientes de sua condição marginal e sectária, os militantes lançam mão
de expediente consagrado pelo oportunismo corporativista: marcar
protestos em horário de pico de trânsito na avenida Paulista, artéria
vital da cidade. Sua estratégia para atrair a atenção pública é
prejudicar o número máximo de pessoas.
É hora de pôr um ponto final nisso. Prefeitura e Polícia Militar
precisam fazer valer as restrições já existentes para protestos na
avenida Paulista, em cujas imediações estão sete grandes hospitais.
Não basta, porém, exigir que organizadores informem à Companhia de
Engenharia de Tráfego (CET), 30 dias antes, o local da manifestação. A
depender de horário e número previsto de participantes, o poder público
deveria vetar as potencialmente mais perturbadoras e indicar locais
alternativos.
No que toca ao vandalismo, só há um meio de combatê-lo: a força da
lei. Cumpre investigar, identificar e processar os responsáveis. Como em
toda forma de criminalidade, aqui também a impunidade é o maior
incentivo à reincidência. PS do Viomundo: Como observou um internauta, parece coisa da Folha da Tarde dos tempos em que os Frias colocaram o vespertino para propagar as mentiras da ditadura militar. Leia também: Lino Bocchini: Editoriais de Estadão e Folha pediram violência da PM
Lino Bocchini: Editoriais de Estadão e Folha pediram violência da PM
publicado em 14 de junho de 2013 às 2:49
Seis repórteres do grupo Folha
foram feridos por estilhaços de bala de borracha da PM, entre os quais
Giuliana Vallone (foto: Diego Zanchetta/Estadão), via blog Feridos no protesto Jornalistas são presos e feridos em protestos de SP
O repórter Piero Locatelli, de CartaCapital, foi
detido e depois solto. Seis jornalistas da Folha ficaram feridos. De
forma irresponsável, Estadão e Folha incitaram a violência da PM em
editorial
por Lino Bocchini, em CartaCapital
publicado 13/06/2013 23:08, última modificação 14/06/2013 00:05
Durante o quarto protesto por conta do aumento da tarifa de ônibus hoje em São Paulo, seis repórteres do grupo Folha
foram alvejados à queima-roupa por um policial da Rota, na rua Augusta,
em São Paulo. A bala era de borracha, mas os estilhaços feriram 6
profissionais. Dois deles, nos olhos. Essa foi apenas uma das dezenas de
cenas de violência protagonizadas pela Polícia Militar do Estado de São
Paulo nesta quinta-feira na capital paulista.
As prisões, muitas com indícios de arbitrariedade, contam-se às
dezenas. Poucas horas antes, pela manhã, os dois maiores jornais do
Estado chegavam às bancas e às casas dos assinantes com editoriais
defendendo uma ação mais dura da PM. O Estadão incitou a violência dos policiais claramente. A Folha, por sua vez, colocou a desocupação da avenida Paulista como ponto de honra, desde o título. Ambos foram atendidos: “Chegou a hora do basta”, O Estado de S. Paulo:
“A PM agiu com moderação, ao contrário do que disseram os
manifestantes, que a acusaram de truculência para justificar os seus
atos de vandalismo (…) A atitude excessivamente moderada do governador
já cansava a população. Não importa se ele estava convencido de que a
moderação era a atitude mais adequada, ou se, por cálculo político,
evitou parecer truculento. O fato é que a população quer o fim da
baderna – e isso depende do rigor das autoridades (…) De Paris, onde se
encontra para defender a candidatura de São Paulo à sede da Exposição
Universal de 2020, o governador disse que “é intolerável a ação de
baderneiros e vândalos. Isso extrapola o direito de expressão. É
absoluta violência, inaceitável”. Espera-se que ele passe dessas
palavras aos atos e determine que a PM aja com o máximo rigor para
conter a fúria dos manifestantes, antes que ela tome conta da cidade.” “Retomar a Paulista”, Folha de S. Paulo:
“É hora de pôr um ponto final nisso. Prefeitura e Polícia Militar
precisam fazer valer as restrições já existentes para protestos na
avenida Paulista (…) No que toca ao vandalismo, só há um meio de
combatê-lo: a força da lei”. Leia também:
Mais de 5 mil protestam no DF e invadem o Congresso Nacional
Manifestantes romperam o bloqueio policial e
subiram no teto do Senado; após corre-corre, acesso foi liberado e os
jovens permaneceram no local
Nivaldo Souza- iG Brasília |
- Atualizada às
Em Brasília, mais de 5 mil pessoas, na sua maioria
estudantes, deram início nesta segunda-feira por volta das 17h a partir
do Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios, a um protesto convocado
nas redes sociais. O grupo seguiu para a frente do Congresso Nacional e
a polícia perdeu o controle pouco depois das 19h, quando eles
conseguiram subir no teto do Senado. Foi um corre-corre, mas o protesto
se manteve pacífico e, meia hora depois, os manifestantes começaram a
descer a rampa do Congresso.
Em seguida, com o acesso liberado, os jovens
passaram a subir e descer a rampa, tranquilamente, ao lado dos
policiais, e alguns ficaram sentados no teto do Senado.
Leia mais sobre os protestos do fim de semana no DF:
Manifestantes furam o bloqueio da polícia e chegam ao topo do Congresso Nacional
Às 18h, quando chegaram em frente ao Congresso, os
manifestantes ocuparam o canteiro central e gritavam: "E aí, Dilma, cadê
você?." Às 18h30, a manifestação começou a ficar tensa. Alguns furaram a
barreira policial e subiram a rampa do Congresso, de onde foram tirados
à força. Os manifestantes entraram no espelho d’água e, atingidos por
spray de pimenta, revidaram com água.
Por ordem da Polícia Legislativa, as luzes internas do
Congresso Nacional foram desligadas e jornalistas e servidores passaram a
trabalhar às escuras. Segundo informações de funcionários da Câmara, o
objetivo é dificultar a ação dos manifestantes, que quebraram o vidro de
uma das janelas da sala da primeira vice-presidência e podem invadir o
interior do prédio.
A Marcha do Vinagre, como ficou conhecido o
ato, também protesta contra a PEC 37, que retira o poder de
investigação do Ministério Público, contra o projeto de lei sobre
terrorismo, contra a construção do estádio de Brasília e contra a
deterioração do transporte público e da saúde no Distrito Federal. A
página no Facebook tinha mais de 14 mil confirmações.
Quem fez a convocação foi Jimmy Lima, de 17
anos, estudante do 3º ano do Ensino Médio. “A gente começou por conta da
Copa e cresceu por causa do que a gente viu em São Paulo”, disse o
estudante ao se referir à repressão policial na capital paulista durante
o quarto protesto do Movimento Passe Livre.
Segundo o coronel Gouveia, da PM do DF, 400 homens entre
policiais, cavalaria e Tropa de Choque acompanham o protesto. Ele disse
que acertou com os manifestantes que não haverá fechamento de via e que a
marcha seguirá até o Congresso Nacional. Segundo a polícia, a marcha
reuniu cerca de 1.500 pessoas.
Um dos participantes do protesto é o veterinário Rodrigo
Montezuma, de 44 anos, também estudante de direito. Ele disse que
acompanha a filha, de 21 anos, e foi com ela esta tarde a uma reunião
com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Ele disse ainda que conversou com a OAB do DF, que
prometeu dar um respaldo jurídico caso os manifestantes precisem. No
último sábado, foram realizadas 29 detenções e, entre os presos, estavam
dez menores de idade. “É um absurdo num país democrático como o Brasil
tratar manifestante na bala de borracha. Eu fui falar com o ministro e
com a OAB como pai que também participa das manifestações e incentiva a
filha a participar”, disse Montezuma.
Manifestações na Irlanda declaram apoio ao Brasil e repúdio à corrupção
Manifestação na O'Connel Street.
Imagem: Enviada por Antonio Galdino
Neste domingo, centenas de manifestantes organizaram-se pelas redes sociais e compareceram ao Spire, em Dublin. Houve apoio de mídias locais e da Garda, polícia local.
A manifestação
foi marcada pelo apoio aos brasileiros, sobretudo em decorrência da
violência estatal contra manifestantes, ocorrida em recentes protestos.
Nos cartazes, lia-se: "Policiais, vocês têm o dever de prender os
políticos que estão te roubando", "Brasil contra corrupção em tudo.
Prioridade a saúde, educação e infra-estrutura", "A Ditadura acabou, só
faltou avisar a polícia", "Sorria, você está sendo explorado", "Police
violence against the people in Brazil", "Verás que um filho teu não foge
à luta", "Brasil, entre outras mil, é tu Brasil, a mais roubada", "São
Paulo, tamo junto", "No PEC 37", "Corrupção Mata!", "Não: PEC 33 e PEC
37", "Tired of corruption", "Viemos para a Rua", "This is not a crime,
it's your right", "Down with this sort of thing, Brazil", "Cadê o
dinheiro?", "Não parem de lutar!", "Estude, essa é a sua única arma
contra eles e eles têm medo disso", "Estamos com vocês", "Hey, reclamão,
o que você faz para mudar o governo do Brasil?", entre outros.
Há, também,
atos sendo organizados nos EUA e em outros países europeus, como França,
Alemanha, Espanha, Itália, Portugal e outros.
Abaixo, algumas imagens de Angelo Brandes:
Abaixo, imagens enviadas por Simone Lopes:
Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos.
Agradecimentos a Antonio Galdino, Angelo Brandes, Dublin para Brasileiros, Simone Lopes e Movimento Contra Corrupção.
Manifestantes invadem cobertura do Congresso Nacional, em Brasília
Brasília - Centenas de manifestantes ocuparam a rampa do Congresso
Nacional e uma das cúpulas do prédio na noite desta segunda (17). O
episódio foi mais um da série de protestos que tomaram conta não apenas
do Distrito Federal, mas também do Rio de Janeiro, São Paulo e de Minas
Gerais.
Um grupo de manifestantes de Brasília ainda permanece no
gramado em frente ao Congresso Nacional pedindo aos demais que deixem o
prédio. Os policiais estão posicionados, em fileira, em frente à uma das
entradas da sede do Legislativo para impedir o ingresso dos
manifestantes. Duas pessoas foram detidas, mais cedo, ao burlar o
bloqueio feito pela polícia, informou a Polícia Militar.
O
estudante Wellington Fontenelle, um dos organizadores do protesto, disse
que a intenção da manifestação não é invadir a sede do Legislativo e
ficar concentrada apenas no gramado em frente ao Congresso. Ele disse
que ainda que o movimento não representa o grupo que ocupa da rampa e a
cúpula. O protesto foi organizado pelas redes sociais, principalmente
pelo Facebook.
>> Para conter manifestantes, luz da Câmara é desligada
>> Manifestação se divide em três e chega à Avenida Paulista
>> Estudante do Rio: "Manifestação é movimento de gente oprimida"
>> Presidente da Alerj confirma: PMs foram feridos e encurralados dentro de prédio
Grupo tomou rampa e cúpula do Congresso NacionalO
protesto tem demandas diversas, como aplicação de recursos na educação,
saúde, passe livre no transporte público e criticam os gastos públicos
nas obras das copas das Confederações e do Mundo (2014). A manifestação
ocorre simultaneamente em várias outras cidades do país, como em Belo
Horizonte, São Paulo, Natal, Belém, Campinas, no Rio de Janeiro e em
Florianópolis.
Com cartazes, faixas e bandeiras do país, o
protesto começou, às 17 horas, no Museu da República, no início da
Esplanada dos Ministérios, na capital federal. Durante a caminhada, mais
pessoas foram aderindo à manifestação, que ocupou todas as faixas da
via.
Com Portal Terra e Agência Brasil.
Manifestantes se reuniram aos milhares. Outras causas se juntaram às manifestações
por Redação
—
publicado
17/06/2013 22:34,
última modificação
17/06/2013 22:36
Mídia NINJA
Em Brasília (DF), aproximadamente 20
mil manifestantes participam do ato intitulado "Marcha do Vinagre" -
pedindo mais Investimento no Transporte Público, obras no Metrô, não
aprovação do PL 728/2011, entre outras pautas
Diversas cidades brasileiras registraram nesta segunda-feira 17
uma série de manifestações que tiveram início como forma de reclamar dos
preços do transporte público, mas que em diversas cidades abarcaram
outras causas, como reclamações contra a Copa do Mundo e a falta de
investimentos em áreas como saúde e educação.
A maior das manifestações parece ter sido a do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 100 mil pessoas compareceram ao
protesto, que começou na Candelária, centro da cidade. Em São Paulo, a
manifestação teve início também às 17 horas, juntando cerca de 65 mil
pessoas. Na capital paulista, a manifestação começou no Largo da Batata,
região do bairro de Pinheiros, mas se dispersou por diversos pontos da
cidade, como a Ponte Estaiada, o Parque do Ibirapuera, a Assembleia
Legislativa e o Palácio do governo.
Em Belo Horizonte, a PM estimou em 20 mil pessoas o número de
manifestantes. A Praça Sete, no centro da cidade, foi tomada e muitos
manifestantes chegaram próximos ao estádio do Mineirão, uma das sedes da
Copa das Confederações. Em Brasília, o prédio do Congresso foi alvo dos
manifestantes - alguns deles conseguiram chegar ao topo do prédio.
Houve também manifestações em Porto Alegre e Curitiba, com cerca de
10 mil pessoas cada uma, Belém, e cidades do interior, como Bauru (SP) e
Juiz de Fora (MG).
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