BRASIL


Críticas de fora repercutem mais no Brasil, diz editor da 'Economist'

Camilla Costa

Michael Reid | Foto: Divulgação
Jornalista diz que governo deve reconquistar a confiança dos empresários brasileiros
O editor de Américas da revista britânica The Economist, Michael Reid, diz em entrevista à BBC Brasil que as recentes críticas da publicação ao governo brasileiro tiveram uma repercussão maior no país porque vieram "de fora".
Reid está em São Paulo para o evento Brazil Summit 2013, organizado pela Economist, que reúne especialistas nesta quinta-feira para discutir os novos motores e desafios para o crescimento econômico do país.país.

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O jornalista, que morou em São Paulo entre 1996 e 1999, elogia a presidente Dilma Rousseff pelo caráter "democrata", mas diz que ela também foi motivo de decepção. "Ela é uma técnica, mas, neste momento, acho que o pais precisa de muita habilidade política."
Na entrevista à BBC Brasil, Reid fala ainda de um livro que está escrevendo sobre o país e deve ser lançado em 2014 com o provável título de Brazil: The Troubled Rise of a Global Power ("Brasil: A Ascensão Problemática de uma Potência Global", em tradução livre).
Mas o autor revela ainda ter dúvidas sobre o título: "Não quero que soe pessimista". Leia abaixo a entrevista à BBC Brasil.
BBC Brasil - Há quatro anos, em sua reportagem de capa, a Economist disse que o Brasil estava "decolando", mas agora afirma que o país pode ter "estragado tudo". O que aconteceu?
Michael Reid - Temos acompanhado o Brasil de perto por muitos anos e achávamos - como os brasileiros - que o país estava bem encaminhado com o Plano Real, a abertura da economia e as reformas econômicas. E quando entrou, Lula optou por manter tudo isso e também fez políticas sociais mais ambiciosas e necessárias, além de algumas reformas microeconômicas importantes.
Então o Brasil passou bem pela crise financeira mundial, mas depois começou a sair um pouco dos trilhos. Em parte, porque em todo o mundo as forças por trás da onda de crescimento começaram a se esgotar. Mas acho também que o governo tirou a lição errada da crise, de que a solução está no capitalismo de Estado, como diz o Consenso de Pequim (apelido dado ao modelo chinês de crescimento, que envolve princípios de abertura econômica e bastante intervenção do Estado na economia). Por isso, há um ânimo empresarial bastante negativo neste momento.
BBC Brasil – O que o Brasil precisa fazer agora para deixar de ser "só uma promessa", como disse a revista?
Reid - É imprescindível voltar a confiar plenamente na política macroeconômica, nesse tripé de responsabilidade fiscal, superavit primário e política monetária independente com câmbio flutuante. Isso é o básico. Além disso, um sinal de que o governo reconhece que não é a solução de todos os problemas econômicos seria muito bem visto pelos empresários.
O Estado corporativo e regulador ainda está muito vivo no Brasil. Acho que um Estado moderno – que pode ser socialmente responsável e ter como meta vencer a desigualdade – também pode dar autonomia às agências reguladoras, e não intervir o tempo todo. Ele pode fixar as regras em diálogo com a sociedade e deixar as agências fazerem seu trabalho. E se concentrar em melhorar a educação, a saúde, o transporte público.
"Nunca dissemos que o Brasil é um desastre, nem a Argentina, nem a Venezuela. Mas acho que o Brasil ganhou nos últimos tempos o direito de ser julgado como um país sério, e isso é importante"
Também é preciso ter um programa sério de investimento em infraestrutura. O que existe atualmente (o Programa de Aceleração do Crescimento) parece sério no papel, mas tem que ser sério na prática. Para mim, ainda é uma interrogação se este programa vai dar certo ou não. Até agora, temos visto mais problemas do que soluções.
BBC Brasil – Como exatamente o país pode investir em produtividade?
Reid - O famoso "Custo Brasil" é um clichê, mas clichês existem porque são verdades. Acho que a forma de incrementar a produtividade, em termos mais simples, é fazendo mais investimento de capital em qualificação de mão de obra e em tecnologia.
Mas em termos de políticas públicas, pode-se dizer que não se investe aqui neste momento, porque os custos são muito altos e as perspectivas do mercado são muito incertas.
Os elementos do alto custo são muito conhecidos no Brasil, mas nem por isso deixam de ser importantes: a infraestrutura é muito ruim, especialmente as estradas. É um problema que vem desde o século 19, mas o custo de não resolver isso é cada vez maior.
A carga tributária também é difícil. Há uma demanda justificada dos brasileiros por melhor saúde, melhor educação, melhor transporte público, tudo isso. Mas de onde virá o dinheiro? Ele não pode vir de uma carga tributária ainda maior do que a atual. Você tem que reformar o Estado.
BBC Brasil - A Economist foi criticada por pedir a demissão de Guido Mantega, e a própria presidente Dilma disse em seu Twitter que a revista estava "desinformada" a respeito da economia brasileira. Como o senhor vê a repercussão das reportagens no Brasil?
Reid - Muitas vezes não dizemos nada que já não se tenha dito muito aqui, mas porque alguém está falando de fora, repercute mais. Ficamos contentes quando as pessoas leem o que dizemos, mas, na realidade, não foi uma coisa pessoal contra o Mantega.
Estávamos chamando a atenção para o fato de que a economia ia mal e que a equipe econômica havia perdido a confiança dos mercados e dos empresários. Mantega estava fazendo prognósticos nos quais ninguém acreditava, e eu acho isso perigoso para o país. E há empresários brasileiros que acreditaram em uma recuperação, investiram em ações e perderam dinheiro.
"Acho que um Estado moderno – que pode ser socialmente responsável e ter como meta vencer a desigualdade – também pode dar autonomia às agências reguladoras e não intervir o tempo todo."
Todo mundo erra, mas eles erraram repetidas vezes, e nosso argumento era que, para recuperar a confiança dos empresários e ter o investimento que o governo quer, era preciso uma equipe nova com um enfoque novo.
Nunca dissemos que o Brasil é um desastre, nem a Argentina, nem a Venezuela. Mas acho que o Brasil ganhou nos últimos tempos o direito de ser julgado como um país sério, e isso é importante.
Para o Brasil ser um país desenvolvido, ser um país sem pobreza e com menos desigualdade, ele precisa continuar crescendo entre 4 e 5% ao ano. E ele pode fazer isso, mas não está fazendo porque tem essa série de entraves que ainda não desmontou.
BBC Brasil – A revista também afirmou que a presidente tem pouca capacidade de manobra econômica e política. Por quê?
Reid - Porque uma coisa é fazer reformas quando a economia está crescendo, e outra coisa é fazer isso quando a economia está em crise. Mas se a economia está estagnada, com um "Pibinho", você não tem nem o dinheiro para lubrificar a reforma, nem o sentimento de crise que também mobiliza as reformas.
As circunstâncias atuais são difíceis, mas também é uma questão de que a presidente Dilma não tinha experiência do mundo político antes de chegar ao Planalto. Mesmo os líderes políticos brasileiros têm criticado bastante a atuação dela como política. Ela é uma técnica, mas, neste momento, acho que o país precisa de muita habilidade política.
BBC Brasil – Mas há quatro anos a Economist disse que Dilma, por ser uma tecnocrata, estava bem preparada para lidar com os desafios do Brasil pós-Lula.
Reid - Acho que ela foi uma decepção para muitos. Ela tem qualidades, merece o crédito por ser uma democrata, por ter realizado ações no início do governo contra a corrupção e por ter respeitado a liberdade de expressão. Todos esses aspectos são muito elogiáveis.
Mas o governo federal continua crescendo como um aparato burocrático e tem uma base de apoio imensa, que cobra cargos e verbas. E não parece que ela tem uma visão de como reformar o Estado para que ele faça melhor as coisas que os brasileiros querem. Isso é um trabalho técnico e político.
BBC Brasil - Fala-se muito sobre a dificuldade de governar um país como o Brasil sem fazer acordos e coalizões. Como o senhor avalia que isso seria possível?
Reid - Há 20 anos, muitos cientistas políticos, sobretudo os estrangeiros, falavam que o sistema político brasileiro era uma bagunça e, no fim, não era. Ele funcionou muito bem, apesar de tudo, por meio da criação de um "presidencialismo de coalizão".
O problema agora é que esse sistema está distorcido demais. E o custo disso é cada vez mais alto, porque você tem cada vez mais partidos, e muitos deles não têm ideologia visível e têm um apetite voraz para o fisiologismo. Uma reforma política é necessária para que o Brasil passe para a próxima etapa, tenha um crescimento de qualidade e um Estado de qualidade.
"A melhor política industrial do Brasil pode estar na educação, e não no BNDES."
Acho que este sistema herdado da ditadura, de ter uma Câmara de Deputados em que um voto de São Paulo vale o mesmo que um voto de Roraima é um problema básico. Outro problema é a falta de um limite que ajude a diminuir o número de partidos. As questões de financiamento são outro tema problemático, mas o básico, para mim, é esse.
O Chile está no mesmo processo, então acho que o Brasil deve ficar de olho. Há um projeto de reforma do sistema eleitoral que está avançando no Congresso (chileno), e a presidente Michelle Bachelet – que, ao que tudo indica, vai ganhar novamente – quer empurrar o projeto adiante.
BBC Brasil - Em 2009, a Economist disse que o pré-sal poderia se tornar uma "maldição" para o Brasil, a depender de como o país administrasse com o dinheiro. Como o senhor avalia as decisões do governo sobre os royalties?
Reid - Como muitos, eu fico preocupado com a ideia de dedicar 10% do PIB à educação. Porque é verdade que é preciso gastar mais com isso, mas não é o caso de escolher um número assim. O percentual médio de gastos com a educação no mundo é de cerca de 5,8% do PIB.
Também é um problema do país que os professores possam se aposentar aos 50, 55 anos porque eles vão viver até os 80 anos, e uma porcentagem importante dos gastos com a educação vai para aposentadorias. E outra vai para a corrupção.
É preciso colocar mais dinheiro, mas é preciso reformar o sistema e formar professores melhores. Você tem que pagar os professores melhor, é claro, mas eles também têm que trabalhar (por mais anos).
A janela demográfica está se fechando, e o número de alunos nas salas de aula no Brasil vai diminuir nas próximas décadas – e vai ter cada vez mais dinheiro. Então os prefeitos vão tirar esse dinheiro para outras coisas.
BBC Brasil – De que maneira as instituições públicas e privadas podem colaborar para aumentar a inovação e a competitividade da indústria brasileira?
Reid - O Brasil tem uma base científica interessante que está crescendo, mas os especialistas daqui me dizem que há uma dificuldade legal para transformar a pesquisa das universidades em produtos para empresas privadas. É importante para a sociedade solucionar esse 'divórcio'. Há essa ideia de que privatizar um produto público é ruim, mas você pode privatizar para o bem da sociedade.
Estou terminando um livro sobre o Brasil, que me fez olhar muito para a história do país. E vi que, por trás dos sucessos empresariais de que todo mundo fala, muitas vezes tem uma instituição educacional.
A primeira empresa siderúrgica do Brasil foi a Belgo-Mineira, cujas origens estão na Escola de Minas de Ouro Preto, que foi fundada por d. Pedro 2º. O exemplo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e da Embraer é muito conhecido.
Mas também há outros exemplos. Fui no ano passado a Santa Rita do Sapucaí (MG), que é o "Vale da Eletrônica" brasileiro, onde tem a Escola Técnica de Eletrônica. Isso é muito interessante. A melhor política industrial do Brasil pode estar na educação, e não no BNDES.
 

O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por:


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'Tesouro por pechincha', diz revista alemã sobre leilão do pré-sal


Representantes de empresas do consórcio vencedor. Foto: Reuters
Representantes de empresas do consórcio vencedor comemoram resultado do leilão
O leilão da concessão do campo de Libra recebeu ampla cobertura na imprensa internacional, com visões elogiosas e outras críticas ao resultado.
A revista alemã Der Spiegel diz que o Brasil leiloou um "tesouro por uma pechincha". Já o Wall Stret Journal diz que o país deu um passo rumo ao patamar das grandes nações produtoras de petróleo.
Libra foi leiloado para um consórcio formado por Petrobras, Shell, Total e as chinesas CNPC e CNOOC.
Em um artigo publicado no seu site, a revista afirma que para extrair o petróleo da camada pré-sal haverá riscos ambientais "enormes" para o mar, fauna e praias "em uma das mais bonitas e populosas regiões litorâneas do Brasil", mas que "a ganância por recursos naturais" foi maior.
Spiegel diz que, como apenas o consórcio vencedor apresentou proposta, "sem competidores, eles ganharam um tesouro por uma pechincha". A revista não aponta outras razões, além da ausência de ágio, para justificar por que classificaram como "pechincha" o resultado do leilão.
A revista diz que a exploração do petróleo catapulta o Brasil ao grupo dos grandes produtores do petróleo e sublinha o peso político global da "superpotência sul-americana".

'Wall Street Journal'

Uma reportagem do jornal americano de negócios Wall Street Journalafirma que o Brasil "deu um grande passo para frente" na segunda-feira ao leiloar o campo de Libra para um consórcio formado por multinacionais e pela Petrobras.
O texto, intitulado "Brasil se move para patamar de grandes nações de petróleo", assinado pelos jornalistas John Lyons e Jeff Fick, afirma que "a questão de como melhor desenvolver os novos campos se tornou altamente polêmica".
O jornal destaca que o Brasil ainda é um importador de petróleo, e que os campos do pré-sal são "cruciais para as aspirações do Brasil de se tornar exportador".
Wall Street Journal lembra que as autoridades traçaram uma estratégia para que a exploração do pré-sal desenvolva a indústria naval e mudaram as legislações para dar à Petrobras um papel proeminente na condução dos negócios.
O jornal diz ainda que, no passado, grandes negócios envolvendo empresas chinesas na América Latina "despertaram preocupações nos Estados Unidos sobre a presença crescente da China em uma região com grandes ligações econômicas com os Estados Unidos".
No entanto, o jornal cita uma especialista que diz que os interesses chineses são motivados mais por lógicas econômicas do que por ambições de poder político na região.

       O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131022_libra_press_dg.shtml
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Obama prometeu resposta sobre espionagem ao Brasil até quarta-feira, diz Dilma


Presidente afirmou que viagem de Estado aos EUA depende de condições a serem criadas por Obama

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (6) que o presidente dos EUA, Barack Obama, se comprometeu a responder ao governo brasileiro sobre as denúncias de espionagem até a próxima quarta-feira. Segundo o twitter do Palácio do Planalto, Dilma disse que Obama assumiu responsabilidade "direta e pessoal" pela investigação das ações.

 
Em meio a denúncias: Obama se encontra com Dilma no G20
 


AP


Presidente dos EUA, Barack Obama, cumprimenta presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em São Petersburgo, onde acontece reunião do G20

 
Segundo reportagem veiculada pela TV Globo, o programa de monitoramento da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, sigla em inglês) espionou emails, telefonemas e mensagens da presidente brasileira.
 As informações foram divulgadas com base em documentos fornecidos por Edward Snowden , ex-funcionário terceirizado da NSA.

As denúncias causaram  mal-estar nas relações entre Brasil e EUA  causaram mal-estar na relação bilateral e colocaram em dúvida a visita de Estado que Dilma deve fazer aos EUA em outubro. 

Nesta sexta-feira, a presidente afirmou que a realização da visita depende de condições políticas a serem criadas por Obama. 

Na quinta-feira, Dilma cancelou o envio a Washington da equipe formada por funcionários da Presidência, responsável por preparar a visita.

 
 
Em meio às denúncias,  Dilma e Obama se reuniram em São Petersburgo à margem da cúpula do G20 na quinta-feira. Nenhum detalhe foi divulgado pelo governo dos EUA, mas, anteriormente, Ben Rhodes, vice-assessor de segurança para comunicações estratégicas da presidência americana, havia dito que Obama buscaria no encontro "que os brasileiros tenham um melhor entendimento sobre o que fazemos e o que não fazemos, para entender melhor suas preocupações".

 
Após denúncias de espionagem: Dilma reavalia visita aos EUA em outubro
 
A presidente acrescentou que vai propor à ONU uma nova governança contra a invasão de privacidade.

 O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-09-06/obama-prometeu-resposta-sobre-espionagem-ao-brasil-ate-quarta-feira-diz-dilma.htm

 

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"Lula não vai voltar porque não saiu", afirma Dilma


A presidente Dilma Roussef afirmou, em entrevista exclusiva à "Folha de S. Paulo" que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não vai voltar porque ele não saiu". Na edição de domingo do jornal, a presidente afirma que não se incomoda "nem um pouquinho" com comparações com Lula.

Dilma afirmou também que o Guido Mantega vai permanecer à frente do ministério da Fazenda e que a inflação está sob controle. A presidente negou estar pensando em diminuir o número de ministérios, pois acredita que isso não vai significar redução de custos para a União.
Para Dilma, a reforma política é um pedido "de todo mundo". Na opinião dela, o plebiscito que ela sugeriu traria mais legitimidade às mudanças políticas.

A presidente disse, ainda, que não é centralizadora ou autoritária, como alguns dizem e que acompanha de perto o que considera prioritário em seu governo. "Não, eu não sou isso, não. Agora, eu sei, como toda mulher, que, se você não acompanha as coisas prioritárias, tem um risco grande de elas não saírem. É que nem filho. Você ajuda até um momento, depois deixa voar".

 O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por: http://www.diariodepernambuco.com.br

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Um mês depois, manifestantes avaliam legado de megaprotestos



Analista diz acreditar em um novo protagonismo surgindo dos protestos brasileiros

Denis se converteu em uma liderança comunitária depois de organizar uma caminhada pacífica; Bruno diz que as coisas estão mudando, mesmo sem saber se para melhor ou pior. E Lucio avalia que sua geração saiu da "sonolência" política.

Eles são alguns dos jovens que engrossaram as multidões que tomaram as ruas do país na onda de manifestações que se espalhou por todas as regiões do Brasil.
Exatamente um mês atrás, em 17 de junho, os protestos alcançaram diversas cidades brasileiras e culminaram com a tomada do teto do Congresso Nacional pelos manifestantes de Brasília; poucos dias depois, em 20 de junho, a multidão que saiu para protestar foi estimada em mais de 1 milhão de pessoas em todo o país.

Mas até onde vai o impacto da mobilização vista em junho na vida dos jovens do país? E qual é o papel que eles veem para si nos rumos da política do país?

"Essa geração, que já é a maior parcela da população brasileira, assumiu um novo tipo de protagonismo, e acho que isso é irreversível", opina à BBC Brasil o cientista político Paulo Baía, da UFRJ.
"Eles não têm a obrigação de serem gratos pelo fim da hiperinflação como a geração anterior. Demandam reconhecimento, respeito, participação no processo decisório", diz Baía.

"Mas as instituições comuns não os representam neste momento. São pessoas que sabem o que não querem e estão abertas a possibilidades" - mesmo que essas possibilidades ainda não estejam totalmente claras, acrescenta o acadêmico.

A BBC Brasil conversou com cinco jovens de diferentes perfis e graus de militância política, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, e perguntou como os protestos mudaram suas expectativas em relação ao país - bem como suas próprias vidas. Confira:

A onda de protestos acabou transformando Denis da Costa Neves, de 27 anos, em uma liderança na favela da Rocinha (RJ), onde mora.

"Fui nos dois primeiros protestos (de 17 e 18 de junho), no Centro do Rio, mas depois resolvi fazer algo diferente: um protesto com a pauta (das reivindicações) da Rocinha", diz o estudante de Design na PUC-RJ.
Da ideia saiu a caminhada que levou milhares de pessoas da Rocinha a um protesto diante da casa do governador Sérgio Cabral, no Leblon, em 25 de junho. "Com amigos, criei o evento no Facebook e fiquei surpreso quando 2 mil confirmaram presença. Quando a favela desce pro asfalto o pessoal acha que vai dar problema, mas a caminhada foi pacífica", conta.

O grupo conseguiu se reunir com Cabral e com o prefeito Eduardo Paes, levando demandas específicas: "O principal é o dinheiro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do qual um terço é previsto para ser gasto com um teleférico. A comunidade se divide quanto a se quer o teleférico, mas é unânime em uma coisa: temos outras prioridades, como saneamento, saúde", conta.

Denis conta que Cabral se comprometeu a finalizar obras do PAC 1, que ele diz estarem paralisadas, antes de debater o teleférico. Outro passo concreto foi a criação de uma comissão de fiscalização das obras, formada pelos próprios moradores da Rocinha.

"Valeu a pena protestar, porque estamos conseguindo ser consultados, mas estamos de olho", prossegue Denis, que se diz neófito no jogo da política.

"Passei a receber telefonema de deputados, sofri pressão política enorme, foi muita exposição e minha mãe ficou até preocupada. Mas quero me manter apartidário. Estamos aprendendo a quem recorrer (no caso de demandas populares), com quem conversar."

Denis diz que no momento tem "respirado política", mas não pensa em virar candidato e mantém seus planos de trabalhar na área de jogos eletrônicos. Ao mesmo tempo, suas perspectivas quanto ao Brasil mudaram.

"Antes dos protestos, não imaginava que isso pudesse acontecer. As pessoas veem os brasileiros como um povo acomodado, então dá orgulho de lutar pelos nossos direitos."


  O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por: http://www.bbc.co.uk/portuguese


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A QUEM QUEREM ENGANAR?

 O PÉSSIMO TEATRO DOS SINDICATOS E DO  Governo federal MOSTRA QUE  LULA E DILMA PERDERAM O RUMO 

 A ALIADA DO GOVERNO, A GLOBO DA ATENÇÃO ESPECIAL AO TEATRO

11/07/2013 11h02 - Atualizado em 11/07/2013 11h32

Governo federal quer desobstruir rodovias bloqueadas por protestos

PRF buscará, primeiro, desobstrução por diálogo, segundo ministro.
Para Cardozo, manifestações não podem impedir direito de ir e vir

 

Do G1, em Brasília
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou por telefone ao G1 que o governo federal vai tentar desbloquear rodovias federais interditadas por manifestantes na manhã desta quinta-feira (11). Segundo Cardozo, a Polícia Rodoviária Federal buscará a desobstrução "pelo diálogo" e, depois, "a força policial vai conseguindo a desobstrução pelas vias legais".
Segundo Cardozo, o governo reconhece a liberdade de manifestação, mas não concorda com o impedimento de "ir e vir das pessoas". Por volta das 11h30, manifestações atingiram ao menos 40 rodovias em 14 estados
PURA DEMAGOGIA

"O governo, embora reconheça a liberdade de manifestações, não pode concordar com o fechamento de estradas. O fechamento das estradas afeta o direito de ir e vir dos cidadãos, por esta razão, embora reconheçamos as manifestações, nós não concordamos com o fechamento das estradas e a Polícia Rodoviária Federal buscará atuar para desobstruir as estradas para garantir o direito de ir e vir", afirmou o ministro.
De acordo com Cardozo, "os policiais vão tentar mostrar aos líderes que não é assim que se faz manifestação".
"A atuação da polícia federal é sempre o mesmo padrão. Nós buscamos a desobstrução dialogando, pedindo que as pessoas desobstruam. Esperamos contar sempre com o entendimento das lideranças para desobstruir as estradas. Obviamente, aí, depois, a força policial vai conseguindo fazer a desobstrução dentro das vias legais", completou.
Cardozo também afirmou que a obstrução de rodovias atrapalha “a economia do país” e a “circulação”.

A polícia deu proteção e abriu caminho.

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STF manda prender deputado Natan Donadon 

É o primeiro caso em que um parlamentar no exercício do mandato deve ser preso por ordem da Corte; julgamento pode ter implicações para condenados no julgamento do mensalão

Laryssa Borges, de Brasília
Deputado Natan Donadon PMDB/RO
O deputado Natan Donadon (PMDB). Caso de parlamentar deve ter implicações para condenados no mensalão (Rodolfo Stuckert/Agência Câmara)
 
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu nesta quarta-feira que a condenação do deputado Natan Donadon (PMDB-RO) é definitiva e determinou a expedição do mandado de prisão contra o parlamentar. É o primeiro caso em que um parlamentar no exercício do mandato tem a prisão determinada pelo STF desde 1988, quando passou a valer a atual Constituição. 

Em 2010, o deputado foi condenado no STF à pena de 13 anos, quatro meses e dez dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, por ter praticado os crimes de formação de quadrilha e peculato. 
Apesar da condenação, o peemedebista recorria ao Supremo alegando supostas contradições na sentença. Nesta quarta, por 8 votos a 1, o tribunal considerou que os argumentos eram meramente protelatórios e determinou que a sentença seja cumprida de imediato.

Denúncia
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público, Natan Donadon é apontado como integrante de um esquema criminoso que desviou 8,4 milhões de reais dos cofres públicos. Como diretor financeiro da Assembleia Legislativa de Rondônia, o atual deputado federal atuava em conjunto com o ex-senador Mário Calixto e o ex-presidente do Legislativo local e seu irmão, Marcos Donadon, para emitir cheques com o pretexto de pagar por serviços publicitários nunca prestados. Os crimes ocorreram entre julho de 1995 e janeiro de 1998.

Apesar de ter sido condenado no STF em 2010, a defesa do deputado alegou, em uma nova rodada de recursos ao Supremo, que as investigações sobre o caso foram feitas por um promotor de primeira instância e por um delegado de polícia, o que violaria o direito de um dos suspeitos na época, Marcos Donadon, de ser processado exclusivamente no tribunal de justiça local. O STF não aceitou o argumento.

“Por considerar protelatórios, proponho o imediato reconhecimento do trânsito em julgado, determinando o lançamento do nome do réu no rol de culpados e a expedição de mandado de prisão”, afirmou a relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, em seu voto. Com exceção do ministro Marco Aurélio Mello, todos os demais magistrados acolheram a proposta da relatora.

Perda do mandato –
 O julgamento do caso de Natan Donadon é emblemático. Além de ser o primeiro caso em que um parlamentar no exercício do mandato é condenado a prisão por determinação do STF, o caso traz implicações diretas sobre o destino dos quatro deputados condenados no escândalo do mensalão

Na sessão plenária desta quarta, a ministra Cármen Lúcia rejeitou outro argumento apresentado pela defesa, segundo o qual Donadon sequer poderia ter sido julgado pelo STF porque havia renunciado ao mandato parlamentar às vésperas do julgamento na corte. Em 2010, como estratégia para se livrar de ser julgado no STF e tentar levar o caso de volta à primeira instância, o deputado chegou a renunciar ao mandato para perder o foro privilegiado. A manobra não surtiu efeito e ele foi condenado pelos ministros do Supremo. Enquadrado na Lei da Ficha Limpa, ele disputou as eleições no mesmo ano e foi eleito com 43.627 votos.

“A cassação dos direitos políticos impostas a réu condenado por crimes contra a administração pública basta para se determinar a suspensão ou perda do mandato, sendo irrelevante se o réu estava no exercício do mandato parlamentar [na data do julgamento]. Tanto a suspensão quanto a perda do cargo são exequíveis após o trânsito em julgado”, disse a relatora.

Embora o STF já tenha decidido que, no caso dos deputados mensaleiros João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP), José Genoino (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT), também não existe a hipótese de eles manterem os mandatos parlamentares quando a sentença se tornar definitiva, hoje o ministro Teori Zavascki, que não participou do julgamento de mérito do mensalão, deu as linhas gerais do que deve ser seu entendimento quando forem julgados os embargos declaratórios do caso.

“Não se pode atrelar necessariamente a suspensão dos direitos políticos à perda do mandato ou do cargo. Não há nenhuma incompatibilidade de manutenção de cargo de deputado e cumprimento de prisão, tanto que a Constituição Federal prevê a prisão em flagrante [para deputados]. A manutenção ou não do mandato nesses casos de condenação definitiva é uma questão que tem que ser resolvida pelo Congresso”, disse o ministro.



O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por:  http://veja.abril.com.br


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Crianças fazem protesto em frente ao Congresso Nacional
Usando as mãos como pincéis e vários potes de tinta verde, amarela e azul, as crianças pintaram uma grande bandeira nacional em papéis colocados no chão do gramado em frente ao Congresso, enquanto cantavam o hino nacional e outras músicas cívicas.
 
Crianças fazem protesto em frente ao Congresso Nacional
Usando as mãos como pincéis e vários potes de tinta verde, amarela e azul, as crianças pintaram uma grande bandeira nacional em papéis colocados no chão do gramado em frente ao Congresso, enquanto cantavam o hino nacional e outras músicas cívicas.


Mais de 200 crianças de várias idades se manifestaram na manhã deste domingo (23), em frente ao Congresso Nacional. Acompanhadas dos pais, muitas levaram cartazes confeccionados na véspera por elas mesmas com dizeres contra a corrupção e por educação e saúde de qualidade. Usando as mãos como pincéis e vários potes de tinta verde, amarela e azul, as crianças pintaram uma grande bandeira nacional em papéis colocados no chão do gramado em frente ao Congresso, enquanto cantavam o hino nacional e outras músicas cívicas.

Daniel Ribeiro, de 11 anos, fez um cartaz dizendo “Meu primeiro protesto - Brasil sem corrupção”, e falou dos motivos que o levaram à manifestação. “Eu acho que a gente está lutando para acabar com a corrupção, porque tem tanta corrupção que falta educação, transporte e saúde e não dão a importância que deveriam para isso. Não é pelos R$ 0,20 [da tarifa de ônibus] que nós estamos lutando, e sim pela mudança do país”.

Muitos pais aproveitaram o evento para ensinar aos filhos, na prática, o que são as mobilizações e para que servem. O bancário Rodrigo Pena de Andrade foi acordado esta manhã pela filha Maria Clara, de 6 anos, para ir ao ato. Por ser um movimento de crianças que acontece durante o dia, ele disse que foi a melhor oportunidade para que as filhas participassem do ato e pudessem assim formar uma consciência política do que acontece pelo país.

“Vendo o jornal todo dia, ela perguntava porque tanta gente estava na rua. Aí a gente parou para explicar um pouco a questão do público e do privado, que o pessoal está lutando para que aquilo que é público tenha o mesmo nível daquilo que é privado. Que ela estuda numa escola boa, mas que se só ela estudar numa escola boa, não vai mudar o país”, explicou Andrade, reforçando a importância da participação das famílias no processo político do país.

Os novos “brasileirinhos”, como estavam sendo chamados pelos pais, mostraram uma característica da nova geração e, perguntados pela reportagem da Agência Brasil, muitos responderam que souberam da manifestação pelas redes sociais e avisaram seus pais. A ideia surgiu com Raquel Fusaro, que criou uma página para o evento em uma rede social há quatro dias.

“A ideia foi criar um espaço para que as famílias pudessem mostrar a sua voz junto com suas crianças. É tanto um gesto das famílias estarem presentes, como ensinar para os nossos pequenos um ato cívico, que é uma manifestação pacífica. Mostrar a eles uma lição de que as ruas nos pertencem e temos que usá-las para fazer ouvir a nossa voz, nos fazer representar”, disse Raquel.

A manifestação começou por volta das 10h e durou até 12h. Às 11h, a Polícia Militar estimou que 400 pessoas estavam no gramado do Congresso, entre adultos e crianças, mas algumas que chegaram mais cedo já tinham ido embora e outras ainda chegavam. O céu de Brasília estava ensolarado e com poucas nuvens.
  O Blog: Brasil-com-Eficiência e Responsabilidade na Gestão Pública, reproduz artigo postado por: http://surgiu.com.br
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Agenda do país mudou e autoridades precisam se adequar, analisa pesquisador da PUC Rio

 Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O professor e pesquisador do departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro Ricardo Ismael avalia que as manifestações que ocorrem em várias partes do Brasil está provocando uma mudança na agenda nacional. Ele destacou que autoridades de diversas esferas do país, que não deram declarações nas primeiras manifestações, começam a se manifestar.
“Significa que, primeiro, a agenda mudou no pais. As ruas, com esse movimento todo, trouxeram novos pontos para a agenda. Os políticos, de uma forma geral, passaram os últimos dias calados e agora começam a falar o óbvio, o que está nas passeatas”, disse.

Para o pesquisador, houve uma adaptação à nova agenda, mas só isso não é suficiente. “Discurso não conta mais não. O que importa agora são fatos concretos. Quem sair dizendo que vai fazer isso ou aquilo, se não mostrar como vai fazer, não tem muita repercussão. Isso aí mudou. Hoje só tem uma coisa de concreta, recuaram nos aumentos das passagens. O resto não tem nenhuma repercussão”, avalia.
O professor lembra que em outros dois momentos da história do país os estudantes foram decisivos. O primeiro foi na Passeata dos 100 Mil, em junho de 1968, no centro do Rio. Naquele momento, segundo ele, apesar de sofrer certa influência do movimento de maio de 68 na França, havia a luta contra a ditadura pela qual o país atravessava. O outro evento, de acordo com o professor, foi o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. “A ditadura militar naquele momento era o elemento de mobilização. Esse é um evento marcante. O evento do impeachment do Collor também, pela dramaticidade. É eleito e perde o mandato acusado de corrupção. Lá os estudantes foram às ruas e não só eles, tinha a CUT [Central Única dos Trabalhadores], o PT, o Movimento de Ética na Política e os caras pintadas. Tem uma série de movimentos que nascem e têm repercussão forte. Esses dois são exemplos”, disse.

Na avaliação de Ricardo Ismael, com relação às manifestações atuais, agora é momento das polícias Militar e Civil analisarem as imagens para identificar os que estão participando apenas com a intenção de provocar depredações e atos de vandalismo. “A Polícia Civil e a Militar têm que tentar estabelecer alguma estratégia de identificar e prender essas pessoas. De fato não são manifestantes. Não estão ali para fortalecer a democracia. Então com esse tipo de atitude tem que se lidar de forma profissional. Tem que identificar”, defendeu.

Edição: Fernando Fraga

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Entidades criticam contratação de médicos estrangeiros



Em resposta ao pronunciamento feito ontem (21) pela presidenta Dilma Rousseff, diversas entidades ligadas à categoria de médicos do país divulgaram hoje (22) nota onde criticam a intenção do governo em trazer médicos estrangeiros para atender a regiões carentes desses profissionais, localizadas no interior do país.
Na carta, dirigida à população brasileira, as entidades lembram que a presidenta foi "vítima de grave problema de saúde", e que fez tratamentos em "centros de excelência do país e sob a supervisão de homens e mulheres capacitados em escolas médicas brasileiras". E acrescenta: "O povo quer acesso ao mesmo [tipo de tratamento] e não quer ser tratado como cidadão de segunda categoria, tratado por médicos com formação duvidosa e em instalações precárias".

Durante o pronunciamento, a presidenta disse que, entre as medidas estudadas pelo governo, está a de "trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS [Sistema Único de Saúde]".

Assinada pelas associações Médica Brasileira (AMB), Nacional de Médicos Residentes (ANMR), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a carta diz que as entidades usarão "todos os mecanismos possíveis para barrar a decisão, inclusive na Justiça".
Segundo as entidades, a "importação" de médicos simboliza uma "vergonha nacional". De acordo com as entidades, a medida submeteria a parcela mais vulnerável da população "à ação de pessoas cujos conhecimentos e competências não foram devidamente comprovados", escondendo "os reais problemas" que afetam o Sistema Único de Saúde (SUS).

Contatado pela Agência Brasil, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d'Ávila, se disse decepcionado com o anúncio feito pela presidenta. "Ela tinha prometido, em audiência que tivemos, que não tomaria qualquer medida sem antes conversar com as entidades, e que instituiria, antes, um GT [grupo de trabalho] para discutir assunto", disse o médico.



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Persidenta Dilma é hora de pôr na rua os incompetentes

O pronunciamento da presidenta Dilma

Dilma fez um pronunciamento bastante razoável para o atual momento. Não foi um discurso que se possa definir de esquerda , mas dá indícios de que ela de fato sentiu o bafo quente das ruas. Se vier a ser implementado, o seu governo se deslocará da tecnocracia absoluta para algo mais participativo e democrático. Isso acabará deslocando-o para a esquerda.

O fato é que a presidenta não estava ouvindo o movimento social e achava que os resultados de pesquisas demonstravam que o brasileiro entendia que era correto  fazer um governo que, na sua opinião, estava ajeitando o Estado e construindo alicerces para um desenvolvimento econômico mais agudo nos próximos anos. Enganaram-se ela e todos aqueles que a assessoram e vivem dizendo “sim senhora” para tudo que a presidenta fala.

Uma boa parte da sociedade brasileira quer que o governo avance. E ao mesmo tempo outra parte quer que Brasil “change”. Equilibrar-se entre essas duas vertentes é praticamente impossível. Há interesses absolutamente contraditórios. O Brasil do avance iniciou o movimento da redução das passagens, mas nas últimas manifestações o Brasil do “change” passou a ganhar a pauta dos atos. A pauta deste Brasil do “change” é a da Veja e a da Globo. É a dos veículos de comunicação que o governo Dilma tanto insiste em apoiar com volumosos recursos públicos.

Mas o que há de avanço no discurso de Dilma:

- Dilma reconheceu a legitimidade das ruas e disse que vai chamar os movimentos para conversar e ouvi-los. E destacou a juventude. Isso é bom, mas não basta. Dilma pode avançar nessa proposta e pensar em criar conselhos abertos de participação virtual com representes reais eleitos nas redes para reuniões frequentes tanto com ministros como com ela. Seria o início de um governo aberto.

- Dilma disse que vai chamar os principais prefeitos e governadores para um conversa sobre investimentos na área social e a respeito de pensar um pacto da mobilidade urbana. Isso é bom para a lógica federativa e para a construção de políticas públicas integradas.

- Dilma aproveitou para defender os 100% do Pré-Sal para a educação, o que também é um recado direto ao Congresso Nacional.

- Dilma falou da lei de acesso a informação, que é um avanço. Mas que ainda precisa de mais instrumentos para ser melhor utilizada.

- Dilma (e não o Padilha) disse que o governo vai trazer médicos do exterior para melhorar o atendimento do SUS.

- Dilma falou da reforma política, algo mais do que necessário, mas também bastante polêmico. Só teremos uma boa reforma com povo nas ruas.

- Mas, Dilma não falou (como sempre) uma linha sobre ampliar a democratização nas comunicações. Neste caso, os movimentos sociais têm a obrigação de incluir esta pauta como necessária para que o Brasil avance. Até porque, se Dilma ouviu a voz das ruas, também deve ter ouvido o ruído dos meios tradicionais de comunicação. Em especial, da Globo, que está travando uma luta para encher as ruas com as suas pautas. E, se possível, gritando fora Dilma.

Postado Por: http://revistaforum.com.br


Presidenta Dilma, depois do pronunciamento à Nação é hora de partir pros finalmente e pôr na rua os incompetentes
Agora que a presidenta Dilma colocou os pingos nos ii, falta passar da palavra à ação e por no olho da rua:
  • Helena Chagas, da Secom, que, além de não saber comunicar as ações do governo nem defendê-las, enche a mídia corporativa de dinheiro para que ela fale mal do governo que caberia a Helena defender;
  • José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça mais inoperante de todos os tempos.  Graças à sua incompetência, a presidenta se viu surpreendida pelas manifestações atuais, sem contar as questões indígenas, com assassinatos, demissão na Funai etc;
  • Paulo Bernardo, o exótico ministro das Comunicações, que, geralmente, em vez de defender os interesses dos consumidores sai em defesa das teles. Basta olhar o ranking do Procon de SP, por exemplo, para ver onde nos leva o apoio do ministro;
  • A ministra Gleise, casada com Paulo Bernardo (um dos maiores erros da 'gestora' Dilma esse de admitir um casal no ministério) e com interesse voltado a sua eleição ao governo do Paraná em 2014, e que trabalha não para Dilma ou o país, mas para suas conveniências paroquiais, atendendo aos ruralistas.
A demissão desses ministros vai sinalizar ao país que o discurso da presidenta é pra valer e que, ouvindo as manifestações dos últimos dias, ela vai trabalhar para que a base aliada detone uma figura nefasta e medíocre como Marcos Feliciano, apoie as reivindicações dos indígenas no Centro-oeste e no Norte, exija dos governos dos estados que receberam verbas públicas (como o meu Estado do Rio), que as utilize ou as devolva à União.

Dilma tem que rodar a baiana e fazer com que seus (supostos) aliados se portem como tal, atendendo às reivindicações populares e com foco, especialmente, naquilo que foi destacado no discurso de posse da presidenta: a eliminação da miséria. Um governo com esse objetivo só pode contar com o apoio de todos.

A partir daí, a presidenta pode voltar a merecer o que sempre teve e continua tendo, o apoio da maioria dos brasileiros, atingido agora por uma onda de manifestações que, se têm em grande parte uma motivação golpista, denunciam incoerências e fraquezas do governo popular que ajudamos a construir.
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Fifa recebeu proposta - 21/06/2013 às 09h59

Inglaterra se oferece para sediar a Copa 2014 no lugar do Brasil

Inglaterra, que tentou ser sede da Copa de 2018, e perdeu a disputa para a Rússia

A Fifa, comandada por Joseph Blatter, tem uma carta na manga, caso o Brasil se mostre incapaz de garantir padrões mínimos de segurança para as seleções internacionais e seus torcedores.

A Inglaterra, que tentou ser sede da Copa de 2018, e perdeu a disputa para a Rússia, se ofereceu como "plano B" para o Mundial de 2014. A proposta foi feita a Blatter, que, dias atrás, antes de sair prematuramente do Brasil, antes do fim da Copa das Confederações, lembrou que não foi a Fifa quem pediu ao Brasil para realizar a Copa – mas exatamente o contrário.

As imagens de violência e depredação de espaços públicos que se espalham pelo mundo, com ataques a prefeituras, ao Congresso, ao Itamaraty e cerco até ao Palácio do Planalto, correm o mundo, sinalizando um poder acuado e incapaz de responder aos desafios do momento – numa primeira reação, a presidente Dilma Rousseff convocou, para as 9h desta sexta-feira, uma reunião de emergência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
 A proposta da Inglaterra, que é tratada confidencialmente, pode ganhar força se novas cenas de violência comprometerem o sucesso da Copa das Confederações. Até agora, já houve vários incidentes, como a tentativa de cerco ao Castelão, em Fortaleza, onde o Brasil enfrentou o México, os furtos à seleção espanhola, no hotel do Recife, e a depredação de um ônibus da seleção brasileira, em Salvador, ontem à noite. A situação é tão grave que a Fifa já ameaçou suspender a etapa final da Copa das Confederações.

Perder a Copa, no entanto, depois de gastos de R$ 30 bilhões gastos na construção das arenas e em outros investimentos para o torneio, teria impacto devastador no mundo político. Seria uma demonstração de fracasso coletivo do Brasil como nação. Mais grave ainda seria a transferência para a Inglaterra, cuja imprensa tem feito campanha sistemática contra a condução da política econômica no País.

O risco é real. E cabe à presidente Dilma evitar que se materialize.


Fonte: Com informações do Brasil247
Publicado Por: Allisson Paixão     http://180graus.com

Luis Carlos Heldt   &   Blog:

 O senador Paulo Pain Afirmou na tribuna do Senado a FIFA, que o Brasil fará a copa. Ou a FIFA devolveria os 30 Bilhões que o Pais gastou?

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 STF libera tramitação de projeto de novos partidos

STF libera tramitação no Congresso de projeto que inibe novos partidos


Após os votos de três ministros na sessão desta quinta-feira (20), o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por sete a três, liberar o andamento no Congresso Nacional do projeto de lei que inibe a criação de novos partidos. A proposta prejudica a formação do partido Rede Sustentabilidade que a ex-senadora Marina Silva pretende criar.

Depois de quatro sessões do Supremo para discutir o tema, os ministros votaram pela retomada da tramitação do projeto, suspensa desde abril por liminar (decisão provisória) de Gilmar Mendes. Eles entenderam que não se pode considerar inconstitucional uma regra que ainda está em debate pelos parlamentares.
N
a semana passada, durante julgamento na Suprema Corte, a maioria dos ministros já havia se declarado favorável a liberar o andamento do projeto.

Para sete ministros (Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa), o questionamento só pode ocorrer depois que a proposta virar lei. Outros três ministros (Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello) votaram pelo arquivamento porque consideraram que o projeto fere o direito de minorias políticas.

Ao votar nesta quinta, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, destacou que os interessados devem esperar a lei ser publicada antes de questioná-la. Segundo ele, o instrumento adequado seria uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e não um mandado de segurança, como foi protocolado. O mandado de segurança é um tipo de ação para questionar abusos por autoridade pública.

"A Corte Suprema não foi pensada para almejar situações desse tipo [questionar lei ainda em discussão]. Se existe rito para declarar inconstitucionalidade das leis, deve ser seguido. Não observo qualquer tipo de violação ao sistema legislativo que justificasse a interrupção abrupta do processo parlamentar. [...] Admitir controle de constitucionalidade de proposta anda em debate em foro adequado [Congresso] causa ao meu ver desnecessária fragilização de nosso sistema democrático", afirmou Barbosa.

Antes, a ministra Cármen Lúcia disse que paralisar uma discussão no parlamento só seria juridicamente aceitável em caráter excepcional.

"Não consegui vislumbrar direito [do impetrante] porque o controle preventivo de constitucionalidade é medida excepcionalíssima e somente é legitimo quando há abuso inconstitucional do poder legislativo, o que não se tem nesse caso", frisou a ministra.

O ministro Celso de Mello, por outro lado, defendeu o arquivamento. Para ele, o Judiciário tem o dever de proteger as minorias. "Na democracia, as maiorias fazem as leis, escolhem os governantes. Mas as minorias, nesse sistema, aparentemente não teriam força. Sua única proteção reside no Poder Judiciário. [...] Não cabe ao Poder Judiciário agradar e nem cortejar maiorias. Seu único compromisso é com a Constituição. E, nesse aspecto, a Constituição ressalva a função protetiva das minorias."


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Tem Cabo Anselmo aos montes, nas ruas

Como diz o professor Wanderley: o odor é fétido. Cheira a Golpe.



Na foto, na porta da Prefeitura, o cabo Anselmo de sempre


O interlocutor do ansioso blogueiro levantou a lebre.

Tem mais gente que o MPL nas ruas, claro.

Tem muito agente provocador.

Você vê pelas roupas, pelo corte de cabelo.

Serão anarquistas apenas, ou tem policial ?

Ou o crime organizado, também ?, perguntou o interlocutor.

Mas, policial ?, perguntou perplexo ao ansioso blogueiro.

Tem policial que não quer trabalhar à noite, naquela “operação delegada” – quando o policial faz bico, oficialmente.

E, aí – continuou o raciocínio obliquo, tipico de um telefonema: “esse pessoal fica chutando pombo”.

E vai para a rua.

Clique aqui para ler “Suspeito de arrombar a Prefeitura é filho de empresário da área de transportes”.

E essa história de a Globo de pintar o rosto dos meninos com aqueles linhas verde e amarelo, do “fora Collor” ?, perguntou o ansioso blogueiro.

Você quer que eu responda com uma pergunta ?, ele respondeu.

O ansioso blogueiro foi dormir com essas observações na cabeça e acordou com um e-mail do amigo navegante Afonso:


Grande Paulo
estava na cara que essa meia dúzia de …do MPL não levaria mais de cinco mil pessoas para as ruas. Veja o que acabo de ler nos comentários de um site.
Você já ouviu falar em brucutus ?
Será que o Zé… da Justiça não deveria mandar investigar isso?
O pessoal da ABIN ?
Afinal, golpistas estão cometendo crime contra a democracia…ou não?
Bem, o Zé não vai investigar, claro. Quem será que poderia?
Abraço
Afonso

1.    Relato de como descobri os infiltrados nos movimentos do MPL pelas ruas do Brasil.


Artigo. 19.06.2013 às 21:25

Acredito que descobri quem são os infiltrados no movimento MPL. Quem esteve agitando na rua, quebrando tudo, é a direita! A infiltração no movimento de rua do MPL que vem causando transtornos em meio a passeata pacifica, tem vários nomes, movimentos, mas uma forma de agir, cooptar e incitar a violência. E só descobri isso porque lancei uma isca e deu certo!
Coloquei na minha página uma mascara do Anonymous, postei palavras de ordem, distribui a informação em grupos conservadores e não tardou para entrarem em contato. Para a turma que ainda acredita que tem uma divisão no MPL em São Paulo, que existe bagunceiros quebrando tudo, e que isso ocorre ao acaso, tenho uma bomba pra vocês. Não é divisão… é infiltração golpista. 

O que esta em ação, é o mesmo plano que levou o Jango a ter que aceitar o parlamentarismo em 1962 e posteriormente resultou no golpe em 1964, só que agora contra o PT. Estão inflamando jovens conservadores para criar o caos. Com o governo sem ação e com o discurso de que existe perigo de um golpe de esquerda à direita, associada a militares e religiosos surgira com o discurso de que precisam tomar o poder para limpar a casa. Mas a história, como todos sabem, se repete duas vezes, e a segunda como farsa. 

Estamos diante de uma revolução de fundamentalistas religiosos, aliados as elites golpistas conservadoras. Atentem aos sinais. A semana inteira estive informando que tem uma infiltração da direita dentro do movimento das ruas. Porem a dois meses cantei a bola, estão tentando um golpe de Estado conservador contra o governo Dilma. Isso surgiu com os boatos do corte do bolsa família e a mentira de que os 6 mil médicos cubanos que entrariam no Brasil, seriam agentes para ajudar em um golpe do PT (?!). Não tardou para pedirem aos militares a derrubada do governo.

Notem o movimento de leis conservadoras religiosas no congresso, agredindo o Estado laico. Ou o PEC 37 que querem acabar com os poderes de investigação do Ministério Público, tudo esta intimamente relacionado. Os agitadores, no entanto não são os comandantes. A retaguarda com orientação de partidos não mostra a cara, colocam idiotas uteis nas ruas para atrapalhar o MPL. Criam páginas secretas no facebook com nomes como “Brasil Comum”, “Basta”,“Chega”, “Fora Dilma”, “muda Brasil” entre outras dezenas encontradas. 

Procuram ativistas que estão reclamando da situação. Emitem uma isca para ver o perfil da pessoa. Eles estão criando pequenas células que ficam ocultas. Listas e eventos de facebook fechadas não podem ser identificadas nem localizadas. Se der errado a célula, podem apagar sem maiores estragos sem chamar atenção. Comecei a desconfiar dos contornos tomados pelos agitadores, que vem agindo contra as recomendações pacifistas do movimento MPL, quando fui procurado para ser suposto líder de um movimento revolucionário! 

Me procuraram aleatoriamente por que viram minha imagem do “anonymous” e minhas postagens das fotos do evento do MPL no meu perfil. Me acharam como um suposto “indignado”, sem saberem que sou de esquerda e não me oponho ao governo do PT, mas me oponho a violência da policia de Alckmin contra os manifestantes e também me oponho a qualquer ameaça contra a democracia. Ainda acredito que a política brasileira de lado a lado esta corrompida, indiferente aos partidos, mas isso deveria ser resolvido com uma ação de renovação da política através de processo eleitoral como ocorreu nas últimas eleições italianas. 

Dei corda e deixei eles escreverem, descobri que eles estão cooptando pessoas com diversos nomes de entidades e movimentos, buscando jovens para fazer estes atos. Justificando que o governo Dilma é corrupto e que é hora de se indignar e fazer uma revolução. Antes de entrar me fizeram uma pergunta. Se eu estava pronto para ser líder? Disse que
sim
, pra ver do que se tratava o grupo. Fui cadastrado na página após ter aceito o papel de “liderança”… dentro mensagens de ordem. Ou seja, eles estão cooptando com o pressuposto de incitar uma revolução, convidando as pessoas para uma suposta ação heroica. Chamam de “guerreiros”, falam em salvar a nação, luta contra corrupção, etc… 
 
Olhe o texto da postagem do rapaz que tentou me cooptar. Vou omitir o nome dele, chamando de anônimo: anônimo “Traçar os objetivos da Manifestação, os objetivos que são comuns a todas cidades e estados do Brasil. Recrutar os líderes das cidades com manifestação. Curtir · · Seguir publicação · há 7 horas” Olhe o texto dele In box, como me abordou: 

Anônimo “Manoel Neto, vc se sente pronto para ser líder dos manifesto? Importante uma resposta sua!” Após a resposta, me cadastrou no grupo. Este tipo de figura de direita, que esta articulando gente para as ruas. Eles pedem que as pessoas coloquem bandeiras do Brasil em seus perfis e recomendam que o movimento de rua mude o discurso do MPL para o foco contra a corrupção do PT. Até então, não tinha ideia com quem estava tratando. Apresentaram-se como pertencentes a organizações “sem nome”… após insistência me deram nomes de movimentos como “Basta Brasil” e “Brasil Bem Comum”. Logo em seguida ele se identificou, mas só após muita insistência: anônimo “somos da Curitiba Ativa, e organizadores do Dia do Basta E abrindo campo ainda…” 

Como todos dos movimentos sociais modernos sabem, o Dia do Basta, se valeu das mascaras dos anonymous e tentou forjar uma ação do grupo no Brasil, que de fato, não era do Anonymous (conforme nota do grupo original), mas sim, uma ação articulada pela direita. Tem a direita por trás disso… Até brincamos na época, que os ataques hackers que ocorreram no Brasil… eram os hackers da direita… O dia do Basta, tem PSDB e partidos de direita de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro no comando… era uma tentativa de levantar o povo contra o PT, usando a associação ao mensalão, com atual governo, como motivo pra gerar revolta popular e a derrubada do governo. 

Eles é que estão infiltrados no movimento de rua do MPL e Revolta do Vinagre… e só se abriram comigo, porque se enganaram com a imagem que eu coloquei no meu perfil… assim que viram minhas opiniões, pararam de conversar comigo. OS FORTES INDÍCIOS SÃO PÚBLICOS, PODEM SER ENCONTRADOS NA INTERNET: Páginas sugerem um golpe militar contra o governo eleito de Dilma Roussef, com a alegação falsa da nação correr risco de um golpe comunista. A página Golpe Militar 2014, deixa claro, que pretendem dar um golpe, “preventivo” contra os comunistas: “#QueremosOsMilitares BOA NOITE IRMÃOS PATRIOTAS! Enquanto não chega “A HORA”, vamos visitar a página oficial do Exército Brasileiro no Facebook e deixar comentários positivos e de apoio nos posts, com a HASHTAG:” 


Alas radicais, que apoiam anonymous e Dia do Basta, ficam indignados com a participação da esquerda em protestos, demonstrando ódio a partidos, e no entanto defendendo políticos como Fleiciano. Isso fica evidente no depoimento do auto intitulado “Patriota”: 


Os vídeos, links e manifestos, fazem conexões entre as organizações, mostrando que são a mesma rede de relações: 


A ligação com o anonymous é evidente. A própria página do grupo noticiava o dia do basta. Foi retirada do ar, mas pode ainda ser vista a imagem do evento via link do Google, Anonymous e Dia do Basta: 


Uma líder do MPL em São Paulo me confirmou suas suspeitas. E em seguida me deram outro nome que surgiu por lá, um tal de “Mudança já”, que é no fundo a mesma coisa que os outros grupos. São dezenas de células, todas com o mesmo discurso. Na página deles consta a seguinte informação: “MOVIMENTO APARTIDÁRIO por uma gestão pública decente, educação e cidadania SOMOS APARTIDÁRIOS!” Como todos sabem, suprapartidário é democrático e livre, partidário tem lado, e apartidário, sem partido, é fascismo, portanto totalitarismo. Estamos tratando aqui de extrema direita. 


É o mesmo grupo, assim como os outros, que pedem o abaixo assinado de impeachment da Dilma, é só ver as imagens de fotos das pessoas com bandeiras do Brasil, fotos do Anonymous e seguir as conexões. 

 
Quem montou a petição e Rogério Teixeira (M. Brasil), notem que isso é a abreviatura de Muda Brasil. Mais uma das células. Tem página no facebook: 

 
Na mesma página, existem conteúdos de cunho religioso, como a frase do novo Papa, conclamando que o cristão precisa ser revolucionário: 


Estranhamente, se fizermos as conexões, iremos acabar não apenas achando PSDB, partidos de direita, bem como ligações com a banca evangélica, representantes da igreja católica, evangélicos e políticos ligados a ditadura, entre outros, figuras como Bolsonaro, Feliciano, Alckmin, e até páginas conclamando o falecido Eneias… Esta tudo postado nas páginas citadas, é só entrar nos links, seguir membros e conexões externas. Existe um “nacionalismo”conservador, oculto, que pede mudança no Brasil via golpe militar, derrubada do PT, que na verdade quer dizer, ódio e xenofobia. 


Ou seja a razão que une estas pessoas é ódio a gays, negros, nordestinos, pobres, MST e programas sociais do PT em favor de pessoas carentes. Ou seja, quem se levanta alegando salvar o Brasil, odeia o povo brasileiro. O perfil típico dos envolvidos é classe média, branca, homem, de 16 até 45 anos, com ideias reacionárias, com maior concentração em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo. O grupo pretende lutar contra corrupção, mas só aponta pro PT, e não cita mensalão do PSDB, nem outros escândalos nacionais. Nem a corrupção geral da política e da podridão que existe hoje no congresso. Então o movimento alega ser apartidário, mas só ataca um partido (?) Notem que a página do Anonymous que é enviada para incitar os ataques é composta por denuncias e dados que atingem exclusivamente nomes do PT e aliados. 


Como o movimento alega ser apartidário, se os ataques são exclusivamente contra a esquerda? Diversas Rach Tags levam a pedidos de luta contra corrupção e no meio divulga discursos contra a Dilma, contra comunistas e contra aliados do governo: #OGiganteAcordou #AcordaBrasil #BrasilMostraTuaCara #EstamosEmTodosOsLugares #Naocorrupcao #Manifestacoes #Protestos #Direitos #Brasil #QueremosDemocracia #Democracia #VemPraRua #AmanhãVaiSerMaior #BRevolution #CopadasManifestacoes #mudança O caso me sugere mais sério do que um simples levante desordenado… e o movimento do MPL não é o movimento que esta criando a desordem. É evidente a forma que estão agindo infiltrados. Como os agentes da Cia na derrubada de Salvador Guillermo Allende do governo do Chile em 1973. Eles devem ter milhares fazendo isso… juventude e comitês do PSDB? Partidos evangélicos, cristãos? Extrema direita? Neo nazistas? Quem mais? Aliados internacionais? 


O próprio MPL entrou em contato, me confirmando a suspeita de infiltração: “Oi Manoel, legal! Seu relato já havia chegado a mim por outras vias. Eu já suspeitava desde o princípio!” Carol Cruz (MPL- SP) Isso é o que esta ocorrendo no Brasil. Existe o movimento legitimo, que esta lidando apenas na pauta das tarifas de ônibus e existe o movimento golpista, que pretende derrubar a presidente Dilma. Tome cuidado com discurso nacionalista e apartidário neste momento, pois este discurso é orientado por extremistas que querem acabar com a participação popular. A única fala que interessa no momento é democracia e preservação do Estado de direito. Temos constituição! O movimento precisa ser pela legalidade! Manoel J de Souza Neto 

http://www.brasilcultura.com.br/sociologia/relato-de-como-descobri-os-infiltrados-nos-movimentos-do-mpl-pelas-ruas-do-brasil-artigo/:




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Maioria decide: STF não pode barrar trâmite de projeto de lei no Congresso 

 Jornal do Brasil 

Luiz Orlando Carneiro, de Brasília






























Vão proferir seus votos, na próxima semana, além de Barbosa, os ministros Celso de Melo (decano último a votar) e Cármen Lúcia, que está num congresso em Veneza.

O ministro Gilmar Mendes, relator do mandado de segurança – e que concedera liminar suspendendo o trâmite no Senado do atual PLC 14/2013 – proferira na véspera um longo voto, reforçando o entendimento de que o mandado deveria ser acolhido, por se tratar de uma medida “preventiva na defesa de direito público subjetivo”, já que estava em causa ofensa a princípios fundamentais da Constituição, entre os quais a proteção às minorias parlamentares e à liberdade de criação, fusão e extinção de partidos.

Contudo, prevaleceu a maioria formada a partir do voto divergente do ministro Teori Zavascki, para quem, por mais relevantes que sejam os vícios constitucionais do projeto de lei em causa, o que se discutia era a independência e a harmonia dos poderes. Segundo ele, “nosso sistema não autoriza o controle de constitucionalidade, pelo STF, de projetos normativos”. Ele deu ênfase a acórdão antigo (Adin 466) do decano do STF, Celso de Mello: “Inexiste em nosso sistema jurídico a possibilidade de fiscalização abstrata preventiva de legitimidade constitucional de meras proposições normativas pelo Supremo”.

O voto de Zavascki foi acompanhado pelos ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio (Joaquim Barbosa já adiantou que votará com a maioria já formada). Ficou vencido, além do relator Gilmar Mendes, o ministro Dias Toffoli, O decano Celso de Mello deu a entender que ficará com a minoria.

Voto do relator

Na sessão de quarta-feira, o ministro Gilmar Mendes citara julgados do Supremo, nos quais se aplicou a norma constitucional de que não pode prosperar no Congresso nem proposta de emenda constitucional tendente a abolir a Federação ou a República. A seu ver, o mandado de segurança em julgamento deixou de ser propriamente preventivo no momento em que a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei. Assim, “a vedação constitucional dirige-se ao próprio andamento do processo legislativo”, por se constituir na “defesa do direito público subjetivo do parlamentar de não participar da votação de proposta de emenda constitucional ou de projeto de lei tendentes a abolir princípios fundamentais da Carta de 1988”.

Na condição de relator, Mendes afirmou não estar em jogo “uma questão meramente política como alguns dizem”, e acrescentou: “Não estamos inventando nada de novo na jurisprudência desta Corte, nem estamos interferindo em questões políticas. Aqui, é o caso de direito público subjetivo de parlamentar. Não há judicialização da política quando se trata de matéria eminentemente constitucional. E há “direito fundamental de participação política através de partidos livremente criados” (Artigo 17: “É livre a criação, fusão e incorporação de partidos políticos”).

O ministro-relator também deu ênfase à decisão tomada pelo STF, no ano passado (Adin 4.430), no sentido de que a forma de distribuição do tempo de propaganda eleitoral entre os partidos políticos não poderia prejudicar, totalmente os novos partidos. Ou seja, entendeu que legendas criadas depois de iniciadas as legislaturas (entre as eleições gerais) devem participar também do rateio de dois terços do tempo da propaganda gratuita que é dividido entre os partidos já com representação na Câmara dos Deputados, para isso contabilizando o número de deputados fundadores das novas siglas.

Voto vencedor

A divergência foi aberta pelo primeiro a votar, Teori Zavascki.

Segundo ele, o senador Rodrigo Rollemberg alegou o direito líquido e certo de não ser obrigado a votar o projeto de lei em causa, mas o “objetivo real” do seu mandado de segurança era bem outro, já que ele poderia até abster-se de participar do encaminhamento e votação da matéria.

“Por mais relevantes que sejam os vícios constitucionais da proposta, discute-se aqui a questão da harmonia dos poderes. Nosso sistema não autoriza o controle de constitucionalidade, pelo STF, de projetos normativos”, afirmou Zavascki, citando também parte de antigo acórdão do decano Celso de Mello: “Inexiste em nosso sistema jurídico a possibilidade de fiscalização abstrata preventiva de legitimidade constitucional de meras proposições normativas pelo STF”.

Assim, segundo Zavascki, “não pode haver controle preventivo de proposta de lei”, pois “as decisões políticas no plano da formação da lei pertencem ao Legislativo, e não ao Judiciário”.

“Não faz sentido atribuir a parlamentar o poder de provocar controle judicial sobre os projetos legislativos. Cabe,sim, ao parlamentar – se não está de acordo com um projeto de lei – votar contra ele, ou abster-se de votar no plenário. Em suma, ainda que se reconheça a inconstitucionalidade do projeto de lei em questão, e que ele é de interesse da maioria hegemônica do Parlamento e da presidente da República, isto não justifica que se abra precedente que permita a intervenção preventiva do STF”.

Assim, Teori Zavascki revogou a liminar anteriormente concedida por Gilmar Mendes, e denegou o mandado de segurança.

Maioria

Na mesma linha do voto de Zavascki pronunciaram-se – até o intervalo da sessão desta quinta-feira – os ministros Rosa Weber e Luiz Fux. No debate que se travou, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, sempre o último a votar, antecipou logo sua posição, afirmando que estava assistindo a “uma discussão bizantina” referente a uma “bizarra intervenção” na autonomia de outro Poder, no caso o Legislativo. A discussão ficou mais acalorada quando o relator Gilmar Mendes afirmou que o STF estava prestes a “chancelar uma lei casuística”.

A ministra Rosa Weber, ao acompanhar Zavascki, ressaltou também jurisprudência formada na corte no sentido de que é inviável a fiscalização preventiva de projetos de lei, o que é diferente do controle prévio de proposta de emenda constitucional, este previsto no artigo 60 da CF.

“Tenho a convicção de que a separação e a harmonia dos poderes impedem que o STF intervenha em matéria de tramitação de PL. Mandado de segurança não pode impedir debate e votação de um PL, até por que não se alega aqui vício formal na tramitação. Devemos dar chance ao Congresso, e permitir que o próprio Legislativo exerça o controle prévio de constitucionalidade”, afirmou Rosa Weber.

O ministro Luiz Fux, igualmente, rechaçou o pressuposto de que existe precedente da corte a autorizar o controle preventivo de constitucionalidade de projeto de lei ainda que tendente a abolir “cláusula pétrea” da Constituição. “O controle preventivo de PL efetivamente não é praxe da Suprema Corte”.

Na retomada do julgamento, o ministro Ricardo Lewandowski também assentou que projeto de lei não pode ser objeto de controle prévio de constitucionalidade, e que o STF “pode quase tudo, mas não pode tudo”.

E só está autorizado a examinar a compatibilidade do PL com a Constituição depois de sua transformação em lei ordinária.

Marco Aurélio fez uma detida análise de julgados similares do STF sobre matéria correlata, e concluiu o quinto voto pela rejeição do mandado de segurança. Segundo ele, “não estamos em falar de lei, mas de projeto ainda em tramitação”. Assim, “afastou-se o curso do processo legislativo”. Além do mais, “não há (na petição) qualquer argumento de violação ao devido processo legislativo”.

Votos vencidos

Ficou vencido - juntamente com o relator Gilmar Mendes – o ministro Dias Toffoli. Ele foi o relator da Adin 4.430, com base na qual o STF garantiu igualdade para os novos partidos no acesso ao fundo partidário, e afirmou que acompanhava o voto do relator Gilmar Mendes na íntegra, em toda sua “adjetivação”. Adiantou ainda que se o PL for aprovado, virar lei, e for objeto de ação de inconstitucionalidade no Supremo, votará a favor desta ação.

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AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA QUINTA-FEIRA DISCUTE SITUAÇÃO DA BR-319 

 O senador Acir Gurgacz lembrou que na inauguração do trecho entre Porto Velho e Humaitá, no dia 24 de março de 2010, a presidente Dilma Rousseff, que na época era ministra-chefe da Casa Civil, prometeu aos rondonienses e amazônidas que eles poderiam ir de automóvel assistir aos jogos da Copa do Mundo.

Atendendo a requerimento do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal realiza nesta quinta-feira (13), às 8h30min, audiência pública para  avaliar as atuais intervenções para a manutenção e reconstrução da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus. Na oportunidade serão discutidos os entraves para a licença ambiental e a programação de obras a serem executadas na rodovia pelo DNIT. Para o debate foram convidados os representantes do DNIT, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do IBAMA e do Sistema Fecomércio da Amazônia Legal. 
As obras de restauração da BR-319 foram interrompidas em 2009, quando o Ibama apontou inconsistência no Estudo de Impacto Ambiental executado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) para o trecho intermediário da rodovia, entre os quilômetros 250 e 655, no chamado “meião da floresta”. Um trecho de 204 quilômetros na ponta de Manaus, no Amazonas, e outro de 208 quilômetros na saída de Porto Velho, em Rondônia, foram recuperados e finalizados em 2010. 
O senador Acir Gurgacz lembrou que na inauguração do trecho entre Porto Velho e Humaitá, no dia 24 de março de 2010, a presidente Dilma Rousseff, que na época era ministra-chefe da Casa Civil, prometeu aos rondonienses e amazônidas que eles poderiam ir de automóvel assistir aos jogos da Copa do Mundo de 2014 na Arena da Amazônia, pela BR-319 inteiramente reconstruída, pois a obra estava no PAC. 
"Ainda tenho esperanças que isso possa ocorrer, mas vejo que a cada dia é mais difícil que isso ocorra. Por isso, faço um apelo para que todas as forças políticas de Rondônia abracem esta bandeira pela reconstrução da BR-319, para que possamos abrir novos horizontes para nossa economia e garantir o direito sagrado de ir e vir de todos os povos da Amazônia", frisou Acir. 
A audiência desta quinta-feira será transmitida ao vivo pela TV Senado. O público pode participar fazendo perguntas e comentários pelo fone 0800-61-2211 e pelo twitter @alosenado.

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Ponto fora da curva

Este blog reproduz texto de Celso Antônio Bandeira de Mello, extraído do JB online:

Celso Antonio Bandeira de Mello*




































O Ministro Luiz Roberto Barroso foi autor da mais comedida e respeitosa crítica feita ao julgamento do chamado "mensalão" - que, de resto, nem mensal foi. Com dizer que o Supremo tem tradição garantista (embora se possa discutir tal opinião) e que o julgamento em causa foi tão só um "ponto fora da curva", quis dizer, segundo me parece, que, no caso concreto, afastou-se desta linha, o que, todavia, não significa que pretenda repetir este desvio.
 Celso Antonio Bandeira de MelloNão houve até agora, nem parece que possa haver, uma crítica mais sintética, mais precisa e mais equilibrada do que esta. É pelo menos, a interpretação que dou ao comentário do Ministro. Creio, de todo modo, que ali se resumiu modelarmente o pensamento das pessoas especializadas em Direito. O que delas se escuta, na maior parte das vezes à boca pequena, porque os que militam nesta área compreensivelmente não desejam se indispor com os membros do Tribunal mais alto do País, é que se sentem escandalizados com a forma como foi conduzido o julgamento, com o desprezo em relação ao princípio da inocência até prova em contrário, com a aceitação da responsabilidade objetiva sem apoio em prova alguma e com a escandalosa desproporção das penas aplicadas em comparação com as que são impostas no País inclusive para crimes hediondos.

O fato da Grande Imprensa estar eufórica com o que ocorreu, não é de surpreender, até porque ela teve, como tudo indica, um papel preponderante no encaminhamento destes resultados. Resta agora esperar que a opinião otimista do Ministro Barroso sobre o possível caráter singular e episódico do ocorrido seja verdadeira para que o País não enverede pelo obscurantismo.


Celso Antônio Bandeira de Mello é professor emérito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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BRASIL

Queda de Gugu prenuncia terremoto na TV aberta 


:



A saída de Gugu é um marco na consolidação da Era Digital na Mídia

Por Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo


A saída de Gugu da Record é um marco no mundo da mídia, menos por ele e mais pelas circunstâncias.

O que está dito, ali, é que a Era Digital, depois do massacre da mídia impressa, vai avançar ferozmente sobre a televisão.

A lógica é a mesma, e o roteiro também.

A internet reduz a audiência da tevê e, com isso, deixa insustentáveis os patamares de receitas publicitárias com os quais as emissoras se habituaram.

Lembre. Se a mídia impressa tinha outra fonte de receita – os assinantes – a tevê aberta depende da publicidade.

E o crescimento avassalador da internet levou num primeiro momento os anunciantes a deslocar seus investimentos da mídia impressa para o universo digital.
Concluída essa transição, a próxima vítima do deslocamento das verbas é a tevê. Não há BV, não há nada capaz de convencer anunciantes a colocar dinheiro em programas de tevê que ninguém mais vê.

Alguns anos atrás, a queda da tiragem dos jornais e das revistas prenunciavam o desastre publicitário. Agora, é o colapso generalizado das audiências de televisão.

Parece que as audiências de 60%, 70% da Globo pertencem a uma passado remoto. Quase todos os campeões de Ibope da emissora são uma fração do que foram.

Repare quantas vezes você lê que uma novela teve o pior Ibope da história, ou que o Faustão desceu ao abismo da audiência lado a lado com o Fantástico e outras marcas que vão sumindo das conversas e se tornando anacronismos na Era Digital..

Recentemente, vimos o esforço da Globo para promover o novo programa de humor. O resultado do empenho se traduziu numa medíocre audiência de 12%, e que aponta para baixo.
Num artigo publicado na última edição da revista americana GQ, o jornalista e escritor Michael Wolff prestou um tributo a um 'mundo morto' em sua Nova York – aquele em que a capa da Time era esperada com ansiedade, e em que os figurões da mídia tradicional eram reverenciados.

"Acabou", lamentou ele. Ninguém mais na cidade conhece os jornalistas que causavam sensação. Quanto à Time, a empresa proprietária tentou se desfazer dela, mas não encontrou comprador.

Uma visita ao imperial prédio da revista mostrou a Wolff que a redação estava com aparência desoladora. Ele notou, melancólico, até a sujeira provocada por restos de fast food.

O sentimento de fim dos dias de que fala Wolff é facilmente percebido também no Brasil.
Quem ainda lê revista, quem ainda assina jornal — quem reserva a noite de domingo para ver o Fantástico?

As demissões que se estão sendo feitas nas empresas de mídia apenas refletem esse cenário.

Não se trata de enxugar para se curar. Trata-se, isso sim, de enxugar para adiar a morte.
É dentro desse quadro fúnebre que se deve entender a saída de Gugu da Record.
Não cabe, nele, um salário de 3 milhões de reais, fora as despesas de produção. Onde a audiência para convencer os anunciantes a comparecer, onde o dinheiro para honrar a folha de pagamentos?

Onde a esperança de qualquer melhora no futuro?
A desintegração do mundo da mídia tal como o conhecemos vai ser um processo longo, sangrento, sofrido.

Com o tempo, as coisas vão se ajustar digitalmente. O jornalismo não está morrendo, por exemplo, ao contrário do que alguns dizem: está migrando de plataforma, apenas.
Mas até que a nova ordem se estabeleça, no espaço de alguns anos transientes que serão turbulentos para os velhos protagonistas, muito drama ocorrerá sob nossos olhos.
Postado Por: http://saraiva13.blogspot.com.br



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Gilmar, o acrobata,
tenta reverter derrotas

 

Depois de declarar a Constituição inconstitucional, ele também quer sufocar a liberdade de expressão. Vai perder num e noutro ataque.


Do Juiz Luiz Renato Pacheco Chaves de Oliveira:

Justiça manda arquivar ação de Gilmar contra PHA


“… o artigo 220 da Carta Magna determina que a manifestação de pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão nenhuma restrição … o parágrafo 1º. do artigo 220 impõe limites à lei infra-constitucional, prescrevendo que não poderá conter dispositivo embaraçador da plena liberdade de informação jornalística…”

Da Procuradora da República Adriana Scordamagila:

“… e não faltaram reportagens questionando a atuação do ministro Gilmar Mendes e a ACROBACIA (ênfase minha – PHA) feita para legitimar a competência do STF na análise do HC (Canguru – PHA) impetrado em favor do mencionado (e imaculado – PHA) banqueiro. Pergunta-se, então, se todos os críticos do Governo deveriam ser processados e presos. A resposta, por obvio, é não.

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