segunda-feira, 14 de abril de 2014

A que ponto chegamos, ou melhor, que eles chegaram!


LINHA DIRETA

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Como afirmava Pitágoras, “os números governam o mundo”. Contra fatos não há argumentos, imagina contra números.
Mas parece que no Brasil a matemática sofre com a dinâmica governamental e política, principalmente quando as equações são formadas por empresas e “coisas” públicas.
Quando vemos uma empresa como a Petrobras sofrer o que vem sofrendo, a pergunta é clara, a que pontos chegamos? Mas na verdade a grande questão é, “a que ponto eles chegaram?”.
A matemática para responder à Petrobras é muito simples. Uma companhia que tem todos os condicionantes estratégicos para crescer, que tem uma nova oportunidade de exploração de riquezas energéticas, que tem um dos maiores e mais novos pólos de exploração em todo continente, que tem aceitação estratégica por parte de grandes investidores internacionais além de outras grandes petrolíferas, mas ao mesmo tempo, tudo isto não parece dar condições para a companhia avançar com o seu valor patrimonial. No final, seu valor de mercado é destruído, os investidores estão se afastando, o mercado está desconfiado, os últimos lucros obtidos não equilibram os erros de investimentos e recursos alocados de forma equivocada, milhares de trabalhadores perderam mais de 70% dos investimentos alocados através do FGTS, e todo o pólo do Pré Sal pode efetivamente não atender aos anseios de uma sociedade mais justa. Como pode uma empresa crescer com destruição do seu valor de mercado? Que matemática é esta, que cada ano que passa, em vez de crescer (avançar) a mesma volta para trás?
O caso Pasadena, na verdade escancarou uma série de problemas de ingerência por parte do governo, e também de outros “organismos” diabólicos e políticos em relação à empresa. Estas ingerências estão causando prejuízos nefastos à companhia, sem contar que coloca em risco uma série de projetos de desenvolvimento da própria empresa, e da sociedade, considerando que os tidos “lucros” do Pré Sal devem atender aos anseios sociais e econômicos da sociedade brasileira.
É muita corrupção escancarada. É muita violência contra o patrimônio público. É muito estupro da coisa pública. Quando vemos diretores da estatal, doleiros, deputados, e até mesmo ministros e senadores usando a coisa pública com um tom de perversidade no mesmo nível dos contos sadomasoquistas de Marques de Sade, percebemos que o futuro da Petrobras sempre será incerto.
Quando conversamos em “off” com diversos funcionários de carreira da companhia, o cenário é muito triste. Sem contar que o ambiente está poluído, e até mesmo com ar de KGB, onde todo mundo é ouvido, e sabe lá o que pode acontecer se você pensar diferente.
De novo, a que ponto eles chegaram. É muita incerteza, e na boa, o cenário do Brasil para os próximos 5 anos não é nada animador. A economia, se não mudar a plataforma, ainda teremos um Estado que se mete em tudo e amplia sua ingerência, destruindo os valores básicos da economia. As conquistas sociais continuarão se perdendo, pois as poucas conquistas que o governo cita, na verdade conforme dados dos organismos internacionais ainda é pífio perto da potencialidade do Brasil, mas a corrupção é tão grande junto com a falta de projeto de país, que qualquer projeto social tem mais cara de assistencialismo barato do que efetivamente resolver os problemas sociais do Brasil. Como diria Roberto Pompeu de Toledo em sua última coluna na Revista Veja de 16 de abril de 2014 com o sugestivo titulo “Vou atuar”, o governo Dilma está bichado. “O caso Petrobras, como último e culminante de uma série, revela quantos outros atuam. O espécime petista, tal qual conformado pela mutação sofrida, em simbiose com uma base aliada que no geral nem precisou mudar – já nasceu assim – fez do Estado brasileiro um mar nunca dantes visto de atuações. Pobre Dilma. Seu governo está bichado. A corrupção generalizou-se a ponto de ser parte sem a qual o sistema não sobrevive. E ainda tem a economia. E ainda tem a incompetência. Seu governo faliu”.
E o pior, debater isso hoje em dia, principalmente nas redes sociais é quase impossível. Em um país onde projeto de poder vale mais do que projeto de país, qualquer debate franco é irreal, ou quase irracional.
O que existe hoje é o debate do retrovisor, para combater, dialogar ou rebater denúncias, o governo atual lembra do passado sem apresentar soluções práticas, e até mesmo agendas passadas para resolução. Como o exemplo infeliz da idéia, também infeliz, da “Petrobrax”. No fim, o único X que tivemos foi de Eike com o garoto propaganda Lula, e no fim, nada. Pelo menos o X marcava o prejuízo.
O realismo no caso Petrobras, na verdade demonstra o quanto o Brasil perdeu o seu rumo, sua lógica alegre, e principalmente o cenário de um futuro mais justo, promissor e equilibrado do ponto de vista social.
Romeu Tuma Junior - Fonte: Veja
Romeu Tuma Junior – Fonte: Veja
Brasil no Mundo: O Brasil, e o mundo, vêem de forma estarrecida os acontecimentos nefastos contra a Petrobras. O que seria o grande “salto estratégico e de riqueza” para o Brasil, hoje está cercada de mistérios e negócios escusos. Como o senhor vê os últimos acontecimentos na Petrobras?

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